Chile: Vídeo: Eluwun. O funeral de um Guerreiro Mapuche. Homenagem a Rodrigo Melinao

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eluwun-documental-melinao

Sinopse:

Na terça-feira, 6 de agosto de 2013, o *weichafe* mapuche Rodrigo Melinao foi assassinado, causando muita dor, incerteza e comoção no povo mapuche e na sociedade em geral. Enquanto o Estado chileno tenta calar a voz do povo mapuche, que luta para recuperar suas terras ancestrais e apesar de toda a raiva e impotência de seu assassinato enigmático, tudo isso tornou-se uma enorme marcha em apoio, respeito e solidariedade pela morte deste lutador mapuche. Um marco que assinala a história deste povo guerreiro, um funeral que se despede de um *comunero* perseguido judicialmente, um povo ferido que se ergue de novo e de novo, que é enaltecido ao receber uma nova geração de lutadores mapuches, com o objetivo de continuar o caminho de seus antepassados. Os mapuches não morrem, seu espírito sempre renasce. Duração: 18 minutos Veja o vídeo aqui: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=XBweyxeGVZ4

 

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Porto Alegre: Breve relato dos acontecimentos do dia 30 de agosto na praça matriz de Porto Alegre ou “como seguimos sendo colonizadxs..”.

como anarquistas, não pedimos nem esperamos nada por  parte do Estado, nos pareceu interessante divulgar essas informações assim como para mandar uma força para xs guerreirxs Kaingangs, Guaranis e Quilombolas que lutam diariamente pela reconquista das suas terras e a preservação e/a recuperação  dos seus modos de vida ancestrais, fora do sistema capitalista.Nos irmanamos na luta contra a colonização e o Estado e pela libertação da Terra e mandamos toda força a digna luta dessas comunidades. Agradecemos este emocionante relato enviado ao nosso e-mail.

898 Por Bernardo Jardim RibeiroPor Bernardo Jardim Ribeiro

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Quinta feira passada, diversos grupos indígenas (Kaingang e Guarani) junto com pessoal Quilombola e pessoas solidarias ocuparam e acamparam na praça matriz, pretendendo “cobrar as promessas”(feitas no mês de junho) pelo governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro com respeito ao tema das demarcações de terras indígenas. Muitos grupos  chegaram do interior do Estado, depois de uma larga viagem pra tentar recuperar as suas terras, hoje em dia, nas mãos dos fazendeiros, obviamente, aliados do governo… (a exploração da terra também precisa dos seus funcionários…)

Os diferentes povos se uniram e escreveram uma carta que entregaram pra os políticos e pras pessoas presentes no ato (ver carta).

Sexta feira, tinham marcado o encontro com o governador pra ele assinar o documento e se comprometer, “no papel” (porque como bem dizem alguns índios:  “os brancos precisam de caneta porque não têm palavra”…) a demarcar as terras indígenas e quilombolas (algumas dessas terras, aldeias e acampamentos estão em processo de demarcação faz mais de trinta anos!). O pessoal Kaingang começou uma dança na frente do palácio Piratini, o qual estava “protegido” por  brigadianos . Juntou-se uma galera solidaria, varias crianças também estavam lá apoiando e dançando. As 3.30pm, vimos as portas do palácio se fecharem, uma galera saiu da dança agitando as grades que separavam o pessoal do palácio, elas foram derrubadas. Como se a brigada militar não fosse o suficiente covarde, respondeu com uma típica estratégia de guerra (colonial), jogando gás lacrimogêneo na criançada do outro lado da praça pra tentar acabar com os confrontos. Mas os enfrentamentos seguiram frente ao palácio; lanças, flechas e pedras foram lançadas nas caras dos policiais, bombas de efeito moral, gás e balas de borracha foram atiradas pelos policiais. Três deles (segundo a mídia corporativa) foram mandados para o hospital (desejamos profundamente que fiiquem com seqüelas já que um deles ficou em uma cadeira de rodas, atingido por uma flechada!). Do nosso lado, três pessoas e algumas crianças tiveram que ir para o hospital, um dos índios mais velhos recebeu uma bala de borracha nas costas e quase se desmaia na hora. (esperemos que melhorem!)

No meio da confusão, a mídia corporativa chegou armada de câmaras e microfones, difundindo a realidade que xs que se crêem governantes querem que xs cidadãxs ouçam. Distorcendo os acontecimentos ao absurdo,  “vitimizando” os policiais, lamureandos coisas absurdas tais como “os índios hostilizaram o governo” ,dito por um repórter da Record que estava difundido ao vivo os enfrentamentos, alguns destes lacaios foram jogados fora da praça a gritos e chutes.

Logo, políticos de vários partidos chegaram ai, pra “conversar” com as lideranças indígenas, ou seja, pra tentar dividi-los, como sempre, tratando de jogar de um lado xs índixs amansadxs e do outro xs bravxs e selvagens, agora acusados de serem terroristas.

Essas diversas práticas e estratégias políticas não mudaram nada desde a época colonial, estamos frente à típica estratégia do: “dividir para conquistar”.

Ficou marcada uma reunião entre o governador e os distintos caciques pra quarta feira que vem (dia 4 de setembro), a maioria dos grupos indígenas já voltaram para suas aldeias, com lagrimas de raiva nos olhos e por alguns, a certeza que não têm que esperar nada mais do Estado…

Essa repressão policial, que acontece todos os dias nas favelas do pais e que hoje ficou visível e talvez mais evidente para quem mora no centro da cidade e estava presente, se transforma  no motor de mais rebeldias, apoio e solidariedade.  Porque surdos e cegos, gritamos mais forte, porque as suas balas de borrachas não fazem nada mais senão incendiar a nossa raiva solidaria.

SOLIDARIEDADE COM OS POVOS INDIGENAS E QUILOMBOLAS EM LUTA!

MORTE AO ESTADO, AXS POLITICOS, AXS POLICIAIS, AXS JORNALISTAS (CORPORATISTAS)  E A TODXS QUE APOIAM ATIVA OU PASSIVAMENTE ESSA INDUSTRIA DA MORTE.

Alguns vândalxs solidarixs.

Por Bernardo Jardim Ribeiro Por Ramiro Furquim/Sul21 Por Ramiro Furquim/Sul21

carta dos povos indigenas e quilombola:

PAUTA DE REIVINDICAÇÕES DOS POVOS INDÍGENAS E QUILOMBOLAS DO RS

copa Por Ramiro Furquim/Sul21

link de um vidio dos enfrentamentos:  http://www.youtube.com/watch?v=jZxMjOr4X1I&feature=player_embedded

 

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Pequena entrevista da rede tradutora de contra-informação Contra Info com os/as membros da Conspiração de Células de Fogo, dez compas encarcerados/as na Grécia

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Retirado de http://pt.contrainfo.espiv.net/:

link para ler o pdf: entrevista_pt

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Chamado a colaboração!!

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Compas, mais uma vez ressaltamos a necessidade e a importancia da colaboração para termos noticias quentinhas de todas as multiformes barricadas que andam ardendo pelo territorio dominado pelo estado brasileiro. Estimulamos com toda nossa energia que mais gente se anime a escrever, sejam relatos,analises, impressões…Nos impressiona que ainda seja muito pouca a contra-informação de locais onde semanalmente tem acontecido enfrentamentos , como rio e sao paulo, e nos entristece que muitas vezes nos chegue a versão do poder, atraves de sua lacaia: a Midia corporativa ou que a “midia-independente” se faça inocentemente pelo facebook ou algum outro lixo similar. Tambem ressaltamos que a luta nao se resume a estes momentos assim que tambem são bem vindos relatos e divulgações de atividades,encontros,feiras, alem da difusão de publicações, cartazes e qualquer material de propaganda e agitação. Mandamos um sinal de força as iniciativas de contra-informação que tem surgido neste territorio, como o blog Recife Resiste. Que proliferem projetos como este!

 

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Espanha: Os 5 anarquistas de Sabadell completam 100 dias na prisão

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Xavier Gonzalez foi preso em Sabadell, na Operação Bandeira Negra do Tribunal Superior. Os cinco detidos permanecem na prisão no mesmo regime que terroristas.

ManianarquistesSabadell

As cinco pessoas presas na Operação Bandeira Negra, contra o grupo anarquista Bandeira Negra, liderada pelo Tribunal Superior, permanecem detidos. Entre eles, Xavier González, preso em um prédio do bairro de Gracia em Sabadell, em 15 de maio. Gonzalez está na prisão de Navalcarnero. Completa 100 dias de detenção, realizada em uma operação com muitas interrogações. González foi detido em uma casa que ocupava no bairro de Gracia, enquanto dezenas de Mossos d’Esquadra [tipo de polícia regional da Catalunha] registravam, sob a ordem do Tribunal Superior, o Ateneu Llibertari de Sabadell. O Ateneu, propriedade da CNT, é o local de reunião do 15M local, bem como outras entidades, tais como a Xarxa d’Intercanvi de Sabadell ou o coletivo Amazigh. Os Mossos registraram o local durante toda a manhã e levaram documentos, mas não prenderam ninguém. Posteriormente, o registro do Ateneu, os ocupantes definiram como ilegal essa prática sem a presença de um oficial de justiça ou os proprietários; não deu em grande coisa e as coisas voltaram ao normal. Os Mossos não encontraram nenhuma informação relevante. González foi preso em Sabadell e o restante em outros municípios como Avinyonet del Penedès. Foram transferidos para Madri na quarta-feira e na sexta-feira disponibilizados ao Tribunal Nacional para interrogatório pelo juiz Santiago Pedraz, que decretou a prisão por risco de fuga. Foram acusados de adesão à grupo terrorista, porte de substâncias explosivas, apologia ao terrorismo e recrutamento e doutrinação, além da “possibilidade” de estar por trás de incidentes em diversas manifestações anticapitalistas, greves e revoltas. Os Mossos acrescentaram que o grupo preparava ações de guerrilha urbana.

O polêmico auto de Pedraz

O auto de prisão é considerado pouco rigoroso pela defesa e simpatizantes do anarquismo, que o consideram vago, cheio de juízos de valor e exemplos de perseguição política à essa ideologia. Pedraz se baseia em comentários feitos em redes sociais pelos cinco detidos, principalmente no Facebook. Tampouco indica a relação entre os detidos e tumultos ou incidentes violentos. Apesar das dúvidas, os prisioneiros pegam 100 dias de prisão em um duro regime penitenciário. Além disso, com o passar do tempo várias plataformas web são criadas, exigindo a libertação dos detidos e fazendo algumas manifestações, tanto em Sabadell como em Barcelona ou Madri.

Regime FIES: a prisão dentro da prisão

Em meados de junho, os cinco presos foram dispersos, cada um para uma prisão diferente: Brieva (Ávila), Estremera (Madri VII), Alcalá Meco (Madri II), Aranjuez (Madri VI) e Navalcarnero (Madri IV). Segundo garante o advogado Manuel Galera, que defende Xabier González – conhecido como ‘Edu’ – foi solicitado amparo ao Tribunal Constitucional, mas a autorização ainda está pendente. Galera pede a liberdade para González. Afirma que falou com ele em junho e seu ânimo era “baixo”. Falará novamente em setembro. González está em regime de confinamento FIES 3, para grupos armados, os mesmos usados há anos para os presos da ETA. O que é o FIES? É um arquivo criado pelas Instituições Penitenciárias: “Fichero de Internos de Especial Seguimiento” (Registro de Presos sob Especial Investigação). Foi originalmente criado para evitar motins, tentativas de rebelião e tentativas de suicídio nas prisões. Mas, na prática, constitui um sistema penitenciário que limita visitas, roupas ou livros que podem receber os prisioneiros ou suas comunicações, que são também intervindas… A população carcerária, bem como familiares e outras entidades de defesa dos direitos humanos, rejeitaram o FIES desde a sua criação. Até que em 2009 foi declarado “nulo de direito” pelo Tribunal Supremo. Mas, apesar disso, tem continuado a funcionar (por meio de várias alterações introduzidas pelo Ministério da Justiça), por exemplo, no caso dos cinco anarquistas de Barcelona.

Endereço prisional dos 5 anarquistas de Sabadell:

• Yolanda Fernandez Fernandez CP Brieva Ctra. de Vicolozano 05194 Brieva (Ávila)

• Xabier González Sola C.P. Madrid IV, Navalcarnero Ctra. N-V, km. 27.7 28600 – Navalcarnero – Madrid

• Silvia Muñoz Layunta C.P. Estremera – Madrid VII Ctra. M-241, km 5.750 28595 – Estremera (Madrid)

• Juan José Garrido Marcos Centro Penitenciario Madrid II, Alcalá de Henares Ctra Alcalá-Meco, Km. 4,5, 28805 – Alcalá de Henares (Madrid)

• José Carlos Recio Minguez Centro Penitenciario Madrid VI, Aranjuez Ctra. Nacional 400, Madrid-Toledo, km. 28 28300 – Aranjuez (Madrid)

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Que as ideias voltam a ser perigosas: Zine de Recife.

Mandamos aqui um zine que compartilha o que foi vivido nos protestos de Recife e que ao mesmo tempo nos oferece algumas ideias pra afiar a nossa luta nas ruas. Saudamos a iniciativa dxs compas, que as palavras escritas sirvam de combustivél pra transformar nossas ideias em ação! A luta segue!!!!!!

retirado de http://reciferesiste.org/

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[Uruguai] Comunicado sobre as detenções de anarquistas no dia 24 de agosto

enviado pela agência de noticias anarquistas:

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[Uruguai] Comunicado sobre as detenções de 24 de agosto em Montevidéu

Hoje perseguição e tortura tal qual na ditadura.

O 24 de agosto à tarde, no marco da passeata que recorda e denuncia omassacre do Filtro ocorrido em 1994, foram sequestradas 12 pessoas que sedirigiam à concentração no Obelisco, em Montevidéu. Todos os detidos saíram da “La Solidaria” (centro social que se encontra emFernández Crespo e Cerro Largo). Em alguns dos casos haviam sido seguidospelos agentes de inteligência desde as primeiras horas da manhã, o que foiconfirmado pela própria polícia.

O operativo foi realizado em diferentes pontos de Montevidéu, levado adiante por vários grupos de policiais vestidos à paisana, em diferentesveículos do Departamento de Inteligência. Estes não explicaram o porquê dadetenção e em muitos casos não se identificaram (à moda da passada ditaduracívico militar). Foram levados a Chefatura sob hostilidade contínua. Umavez finalizada a passeata, o advogado e alguns familiares foram à ditadependência, onde o policial que os atendeu, informou que havia 12 pessoasdetidas e se negou a comunicar ao advogado a razão das detenções,falando-lhe de forma grosseira e arrogante, enquanto tampava um frasco debebida.Por volta das 12h30 os detidos foram liberados sem acusação, na rua osesperava um numeroso grupo de manifestantes. Uma vez fora puderam relataros fatos, enquanto estiveram detidos receberam pauladas nas costas etortura psicológica. Sofreram ameaças de todo tipo, começando com possíveisprocessos judiciais, o estupro e até a morte. Os fizeram despir-se.Utilizando um pau, um oficial simulava um fuzil enquanto outro cantava amarcha militar. Um dos detidos foi posto de plantão nu e apoiaram uma armaem sua cabeça e diziam que iriam violentá-lo, “matar em qualquer esquina” eo ameaçavam com aplicar-lhe “submarino seco” (afogamento com um saco).Estes fatos não são isolados, estão no contexto de várias ações repressivasonde se busca criminalizar os protestos: perseguições, detenções, montagensmidiáticas e processos. Inteligência e o D.O.E. há tempos vêm fazendoinvestigações sobre as pessoas que participam em qualquer tipo demobilização, tirando fotos e introduzindo policiais nas manifestações.Mas além da repressão, sinalizamos que as manifestações e mobilizações não se deterão, porque as causas que as originaram continuam e se intensificam.Basta de repressão aos que lutam.

Tocam em um/a, Tocam em todos/as

Tradução > Sol de Abril

 

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Terrorismo de Estado em Recife: Manifestantes sequestradxs e torturadxs

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Nota de Cumplicidade: É animadora a expansão da revolta por todas regiões do território dominado pelo estado brasileiro desobedecendo e ofedendo o poder. A guerra social cria significado para muitxs e ascende a relevos mais expressivos. Guerra ao poder é afinal uma declaração forte e será assim entendida pelos senhores e seus lacaios, pois não há sentido em considerar-se vítimas xs que se posicionam em ofensiva, mas sim hão de ser indíviduos conscientes do conflito que assumem. Não nos causa estranhesa as atitudes dos aparatos repressivos sabemos por infinitos exemplos que são capazes de tudo para defender o poder de seus senhores, para defender esta sociedade baseada na dominação representada hoje pela democracia lembramos que tanto a democracia como a ditadura são formas, expressões, gestões do poder.

 Recebemos e publicamos a noticia deste acontecimento como gesto de cumplicidade com aquelxs que por dar guerra ao poder são perseguidos e frisar que não nos passa desapercebido estes sequestros.

 Força a todxs que não se rendem frente ao poder suas instituições e aparatos repressivos.

 Retirado do blog: reciferesiste.noblogs.org

A ditadura existe aqui e agora.

24 de agosto de 2013

Desde quarta-feira (22), quando acorreram manifestações populares no centro de Recife, vem sendo publicamente denunciado que POLICIAIS ESTÃO SEQUESTRANDO E TORTURANDO MANIFESTANTES.

Pelo menos 4 pessoas foram SEQUESTRADAS POR POLICIAIS À PAISANA. Os relatos contam que as vítimas estavam em casa ou na rua de casa quando foram abordadas violentamente, derrubadas e algemadas, depois forçadas a entrar em um carro grande e preto.

Enquanto davam voltas pela cidade, aconteciam as SESSÕES DE TORTURA com espancamento, choque com taser e ameaças de morte com arma de fogo apontadas para as vítimas.

Algumas pessoas ainda estão DESAPARECIDAS!

Uma vítima foi encontrada, horas depois do seu desaparecimento, jogada inconsciente em uma rua e com marcas de agressão por todo o corpo.

Uma outra foi torturada com o objetivo de conseguirem informações sobre novos protestos e sobre o grupo Anonymous-PE e Black Block, inclusive informações sobre outros membros.

Outra vítima foi levada pelos POLICIAIS SEQUESTRADORES até uma delegacia cujo delegado não estava presente na ocasião (nem mesmo o substituto, o que é muito estranho). Foi jogada ao chão de uma sala e espancada violentamente pelos policias com chutes na cabeça. A tortura só acabou quando outro policial que estava presente na delegacia interviu e disse para pararem.

Sabemos que policiais são responsáveis por sequestros, torturas e assassinatos dioturnamente, contribuindo para o genocídio das/os jovens, pobres e negras/os. Amarildo foi sequestrado, torturado e assassinado, e ainda teve o corpo ocultado, por PMs da UPP-Rocinha. Mas a ação desta quarta FOI ORQUESTRADA, pois contou com o apoio do serviço de inteligência do Estado, que mapeou manifestantes e teve acesso a todos os seus dados, como fizeram questão de deixar claro para as vítimas, sendo usados, inclusive, para ameaçar, como parte da tortura.

A ordem de sequestrar, ameaçar e torturar manifestantes para conseguir informações ou para simplesmente amedrontar (depende da situação) veio de cima e foi dada diretamente aos policiais responsáveis pela “missão”. Acreditamos, portanto, que tais ordens vieram DIRETAMENTE DO GABINETE DO GOVERNADOR Eduardo Campos (PSB), que além de ter utilizado a PM como milícia pessoal para dispersar a manifestação do dia 22, utilizou métodos das ditaduras para desbaratinar as organizações mais radicais de manifestantes.

Dois casos semelhantes aconteceram no Rio de Janeiro, em Junho, quando estouraram as grandes manifestações populares. O primeiro foi o sequestro relâmpago de um sociólogo, que sofreu ameaças do tipo “não volte a dar declarações sobre a PM”, pois a vítima tinha declarado que a PM era violenta e deveria acabar alguns dias antes do ocorrido. O segundo caso foi o sequestro de um militante do PSOL, que sofreu ameaças para não voltar a participar de protestos. Ambos os casos aconteceram no centro da cidade, as vítimas foram abrigadas a entrar em um carro preto com insulfilm escuro. Existem fortes suspeitas de participação de policias e outros agentes do estado.

Videos do protesto em Recife que se seguiram os sequestros:

http://youtu.be/WN3T1roiKYE

http://youtu.be/FJv3VmGKBww

 

 

 

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