[Barcelona] Chamado à solidariedade insurreita com xs companheirxs anarquistas Mônica Caballero e Francisco Solar

Retirado de Publicacion Refractario e traduzido por Cumplicidade:

panxoymonica

Nos dias 8, 9 e 10 de março de 2016, xs companheirxs anarquistas Mônica e Francisco enfrentam o juízo diante da Audiência Nacional de Madri.

Desde Barcelona, fazemos um chamado à solidariedade e a ação anárquica, a romper com a espera, inação e passividade.

O chamado não está marcado dentro de uma semana especifica mas, se prolonga desde a última semana de fevereiro até os dias do juízo.

Nem a distancia, nem as fronteiras impostas têm sido um freio às diversas mostras de solidariedade com xs companheirxs Mônica e Francisco.

Em distintos lugares do mundo, jà seja com bombas, fogo, luta nas ruas, diferentes individualidades e grupos insurretos fizeram da solidariedade com xs presxs anarquistas uma prática confrontacional que ataca ao Estado e seus esbirrxs.

Solidarizemos com xs companheirxs Mônica e Francisco, que a solidariedade seja mais que palavra escrita.

 

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[Grécia] “Por sempre culpavel” Texto do companheiro Panagiotis Argirou no juizo pelos 250 ataques de CCF/FAI-FRI

O texto foi traduzido do inglês ao espanhol por Sin Banderas Ni Fronteras e do espanhol ao português por Cumplicidade.

Por sempre culpável.

Os juízos dxs presxs anarquistas que escolheram dar uma forma violenta a suas ideias e valores, que optaram por associar ao fogo, explosivos e balas seu odeio do poder, são outros exemplos de uma guerra entre a Revolta Anarquista e o mundo da dominação.
é por isso que, chegando ao fim dum juízo deste tipo, o terceiro numa lista que devo enfrentar devido ao meu acionar como membro do grupo anarquista de ação direta Conspiração de Células de Fogo, sinto a necessidades de que minhas palavras se encontrem novamente com cada companheirx anarquista fora dos muros.
Desde setembro de 2009, quando dei o passo em direção à liberdade enquanto estava com ordem de busca e captura, escolhendo continuar a ação anarquista através da participação na Conspiração de Células de Fogo, até agora, passaram seis anos. Seis anos, cinco dos quais transcorreram pelo tempo e o espaço concreto e a realidade asfixiante do encarceramento. 1.825 dias caminhando quilômetros sem fim em círculos debaixo de um pedaço de céu talado com arame de puas. Ao redor de 1.825 dias encerrado antes do anoitecer.

São cinco anos desde andar vagando nas ruas selvagens da ação anarquista, longe destes belos momentos onde o ataque rompe a normalidade. Cinco anos, onde a aparição de companheirxs, amigxs e seres amadxs se reflexa nas janelas das predeterminadas horas e dias de visita, completando um puzzle de retratos descoloridos de tantas pessoas que têm uma razão vivente para cruzar o umbral da prisão com a esperança de “estar juntxs de novo em algum momento”.
Porém, nestes cinco anos, não houve um momento no qual tenha olhada para trás duvidando de se tudo valeu a pena. Porque o valor e a beleza da revolta anarquista não podem ser substituídas pelas matemáticas frias das sentencias judiciais.
Nestes cinco anos de processamentos contínuos, de décadas de sanções impostas sobre mim, de juízos que têm aumentado mais décadas, mais anos, mais dias, mais exílio nesta blindada Terra do Nunca Jamais, sigo estando orgulhoso das minhas eleições e de ser parte da Conspiração de Células de Fogo e de todo seu acionar, que é submetido nos juízos uma e outra vez a repetição constante dos mesmos e mesmos cargos: Terrorista, terrorista, terrorista…
PELO TANTO, ESTA é A FORMA NA QUE SUCEDERÁ SE PENSAM ASSIM.

Pela sua própria civilização apodrecida

Pelos ideais e valores envenenados que representam

Pela brutalidade e o horror no qual construíram suas carreiras

EU SEMPRE SEREI UM TERRORISTA
Porque mesmo estando enjaulado, meu coração está onde as Conspirações anarquistas estão sendo urdidas contra a cultura do Poder, junto a quem incendeiam o plano, do lado de quem incitam de qualquer modo à insurreição anarquista permanente, e do lado dxs que vivem ao limite através do ataque contra a dominação, e por esta razão…
SEMPRE SEREI CULPÁVEL
Enquanto à ação global da Conspiração de Células de Fogo, sou uma parte viva dela, igual que ela é minha própria parte vivente. Porém, isso, somente me concerne a mim e a meus companheirxs, e, de maneira alguma estou disposto a ajudar às autoridades judiciais no seu trabalho. Mas Todxs xs juízes que têm ajudado ativamente na guerra contra a insurreição anarquista devem ter em conta que as responsabilidades nunca se retiram e sempre irão atrás de elxs.
E sei pela historia que sempre ao longo dos anos, têm consciências que optam por caminhar nas trilhas da revolta anarquista e armam seus desejos. Para todxs aquelxs companheirxs que talvez já se movem nas sombras ou talvez se movem aí no futuro, tenho que dizer que se de vez em quanto sinto alguns momentos de liberdade é através dos ataques anarquistas que me lembram que a Rebelião Anarquista Permanente está sendo continuada.
Assim que me sinto orgulhoso de que, inclusive agora, depois de cinco anos de encarceramento e vários mais anos que pesam sobre mima inda posso gritar através das rachaduras dos seus muros reforçados com cama dupla de cimento e triples filas de arame de puas:
NEM UM MILIMETRO ATRÁS

9MM NAS CABEçAS DOS JUEZES.

Panagiotis Argirou

Orgulhoso membro da Conspiração de Células de Fogo- FAI/FRI

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Grécia. “Apelo” do companheiro anarco-nihilista Spyros Mandylas no juízo pelo Projeto Fénix

Traduzido do inglês para o espanhol pelxs compas do blog “Irakunditxs” através do blog “Insurection News” e por Cumplicidade do espanhol ao português.

Nota de Insurrection News:

O projeto Fénix começou em Atenas, Grécia, no dia 7 de junho de 2013 quando um veículo, propriedade do diretor da prisão de Korydallos, Maria Stefi, foi explodido pela Conspiração Células de Fogo FAI-FRI e as Pandillas da Consciencia da FAI-FRI, célula “Sole Baleno”, que logo se fizeram conhecer lançando um comunicado que anunciava o projeto. Declarou-se como objetivo “o renascimento e a remontada dinâmica da guerrilha urbana”, um projeto que criaria as condições para o levantamento da Conspiração Células de Fogo a partir das cinzas que ficaram após a repressão da policia. O projeto Fénix, se estendeu aos ataques que acontecem novamente na Grécia mas também em outros lugares como Indonésia, Rússia, México, Reino Unido, Itália, Chile e Alemanha. O Projeto Fénix ainda está em curso, com a ação mais recente realizada no dia 10 de janeiro de 2016 no Chile, um ataque explosivo contra uma empresa de segurança privada em Santiago, reivindicado pela Célula Anarquista de Ataque Incêndiario “Fuego y Conciencia”- Federação Anarquista Informal/ Frente Revolucionário Internacional-Chile.

O companheiro anarco-nihilista Spyros Mandylas foi detidx junto com o companheiro Andreas Tsavdaridis na Grécia no dia 11 de setembro de 2013. Foi acusado de participar no Projeto Fénix em base a provas inexistentes e cargos ridículos, entre os quais se incluía a possessão de explosivos, os quais nunca foram encontrados. Spyros foi acusado de pertencer à Conspiração Células de Fogo, de um atentado homicida com paquete bomba contra Dimitris Chorianopoulos- ex chefe da agencia antiterrorista- que foi reivindicado pelo Comando “Mauricio Morales FAI-FRI”. Foi acusado também de tentativa de atentado (pelo paquete bomba enviado a Dimitris Chorianopoulos) e possessão de explosivos (pelo paquete bomba enviado a Dimitris Chorianpoulos). Spyros negou todos os cargos.

Sypros foi detidx preventivamente durante 18 meses, logo do qual foi libertado por falta de provas, poém mais tarde voltou a ser detidx e levadx de volta à prisão, e voltou a ser libertado mais uma vez na primeira metade do ano de 2015. Durante sua última prisão fez uma longa greve de fome que o teve muito próximo da morte. Finalmente, o dia 21 de dezembro de 2015, na sala especial da prisão de Korydallos, o apelo do anarquista-nihilista Spyros Mandylas pelo Projeto Fénix aconteceu, aqui está a transcrição completa.

******

Presidente da Corte:  Você conhece os cargos. Que tem para nos dizer?

SpyrosMandylas: Antes de chegar no ato de processamento, primeiramente vou a mencionar a crônica das minhas ações políticas desde 2004 até a atualidade. Além disso, como já tenho dito no meu posicionamento político no primeiro dia nesta corte, durante uma perseguição política o único apelo que me representa é o de mostrar a minha atividade política.

Participei nos círculos anarquistas desde o ano 2004. Meu primeiro contato foi com o movimento em contra dos Jogos Olímpicos de Atenas no ano 2004. Depois de isso, participei em vários grupos coletivos e em lutas sobre muitos temas. Durante estes dez anos, organizei e participei de muitas ações diferentes, tais como chamados à manifestações, o reclamo de asilo político para xs refugiadxs políticos, o apoio a várias greves de fome de companheirxs anarquistas em prisão, a organização de eventos-debates, reuniões políticas anarquistas, gig para arrecadação de ajuda financeira para xs presxs anarquistas, distribuição de textos políticos, apresentações de livros e publicações.

Desde o ano 2005 participo do espaço anarquista Nadir e desde o ano 2008 estava participando no projeto de contra informação autoorganizado Radio-Revolta. Desde o começo de Nadir, nos propusemos a solidariedade com xs presxs anarquistas em guerra como um dos pilhares básicos. Concretamente, desde 2005 a 2009, participei de varias estruturas de solidariedade que se encarregaram de mais de 30 casos de presxs anarquistas.

A partir do ano 2009, como Assembleia do espaço Anarquista Nadir, consideramos que devíamos nos centrar no “Caso Halandri”. O “caso Halandri” era, em realidade, o começo das operações repressivas contra a Conspiração Células de Fogo (CCF). Estas operações começaram no dia 23 de setembro de 2009 com a invasão na casa situada em Halandri. Durante este período e depois de ter tido contato por telefono com xs 3 detidxs do caso, fizemos um evento na Politecnica de Tesalonica, onde todxs eles interviram telefonicamente. Ao redor de 200-300 anarquistas chegaram a esse evento, no qual um defensor do caso falou sobre a segunda modificação da lei antiterrorista.

Desde 2009 até faz pouco tempo escolhemos nos dedicar ao caso da Conspiração Célula de Fogo. Isso foi por duas razões, por um lado, queríamos falar das ações e das palavras da CCF. Por outro lado, este assunto tinha muitas extensões. Por exemplo, com este caso como pretexto, o Estado levou a cabo uma caça de bruxas contra muitxs companheirxs anarquistas. Além disso, as detenções de vingança no ano 2010 são bem conhecidas, quando o Estado esteve arrestando a qualquer pessoa depois de cada ataque da CCF.

Depois do primeiro evento, continuei o contato por telefone com mais membrxs de CCF que foram detidxs no período que seguiu. Mais tarde visitei a membros de CCF nos tribunais. Também a raiz de uma demanda ao Ministério de Justiça, tinha várias horas de visita com elxs dentro da prisão de Korydallos.

Presidente: Por favor nos diga em relação às horas de visita:

Mandylas: Ao redor de um ano antes da minha detenção, comecei a ter as horas de visita (aprox. 5) com o membro de CCF Christos Tsakalos. Durante estas horas de visita, falamos de vários temas, tais como várias questões relativas aos círculos anarquistas, a preparação de alguns eventos, inclusive temas que nem sequer estavam relacionados com círculos anarquistas.

Quero mencionar também algumas coisas relacionadas com ditas horas de visita.

 

Durante a última hora de visita discutimos em relação a um evento e a publicação de um livro anarquista. Estou falando da publicação do livro de Alfredo Bonanno, “O Prazer Armado”. CCF, que formam parte de Internacional Negra Edições, nos ajudou muito com esta publicação, que foi produzida por Edições Okupa Anarquista Nadir.

 

A apresentação do livro aconteceu em Nadir na quarta 3 de julho de 2013, e à qual assistiram muitxs companheirxs. Neste caso, 4 anarquistas presxs na Itália aportaram com seus textos e também teve uma comunicação por telefone com a companheira, parte da CCF, Olga Economidou. De forma resumida, este evento teve os seguintes temas:

  • Apresentação do livro de Alfredo M. Bonanno “O prazer armado”
  • Contribuição das redes de tradução à permanência da insurreição anarquista
  • Informação sobre a repressão na Itália

 

Neste ponto, quero dizer outra coisa, o evento que acabo de mencionar aconteceu uma semana antes da minha detenção. Este evento teve demasiados pontos de atividade, já que havia uma necessidade de coordenar muitas tarefas ao mesmo tempo.

Esto significa coloca-se em contato com companheirxs presxs em Grécia e Itália, escrever a introdução, o contato com os projetos de tradução que participam no evento, a recopilação de livros de diferentes edições, a realizações de flyers, edição e impressão do livro e muito mais.

 

Porque digo tudo isso? Devido a que no mesmo período de tempo os ataques com bombas me são atribuídos. Como era de esperar, ter toda esta carga de atividades mais as intervenções durante este tempo ( tenho mencionado nos meus textos a “discreta” intercepção da força antiterrorista), também devido às horas de visita nos tribunais e na prisão com CCF, seria praticamente impossível fazer qualquer outra ação. Porém, Dendias fez informes sobre meu arresto falando de um ataque levado a cabo por uma rede de terrorismo internacional. Em primeiros termos me acusaram por 3 ataques com bombas e um incêndio provocado na Indonésia…

No que se refere aos cargos, acho que o que sucedeu é que a maquinação estabelecido pelo Ministério de Justiça junto com a força antiterrorista ficou exposta. Desde o primeiro momento da minha detenção, se sabia que o dia no qual o paquete-bomba foi enviado desde Tesalonica (ao ex chefe da unidade antiterrorista, Dimitris Chorianopoulos), eu estava em Atenas durante uma hora de visita com Christos Tsakalos. Desde o primeiro dia, pelo tanto, havia um documento formal emitido pelo Ministério de Justiça e as autoridades da prisão de Korydallos que confirmam o fato de que eu estava em Atenas. Isso significa que minha coartada são o ministério e a prisão de Korydallos em se mesmos. Para os outros três ataques, como também sabem, os cargos já tinham sido demitidos 6 meses depois do começo da minha detenção preventiva. Ainda mais, não se encontraram minhas digitais nem meu DNA. Inclusive se teriam sido encontrados, não teriam comprovado nada, e digo isso porque muitxs anarquistas têm cargos por só uma digital ou uma parte de DNA encontrado em algum lugar.

Outra coisa que gostaria de dizer é que no arquivo tem uma referencia a que em Nadir se encontrou uma tapa de livro com uma arma de fogo. Este livro não é outro que a tapa do livro “O prazer armado”. Entreguei uma copia da criação da arte da tapa.

Sei que você me perguntará qual é minha posição em relação à violência. Minha posição neste assunto é clara. Estou de acordo com a violência revolucionaria armada. Todas as revoluções se fizeram pela força. Na minha situação poderia dizer outras coisas, mas neste caso não seria coerente com minhas ideias. Minha posição é clara. A insurreição anarquista se leva a cabo por qualquer meio e , obviamente com a violência também.
Procurador: Que opina você em relação aos danos colaterais? Por favor, nos diga sua opinião sobre o caso de Thanos Axarlian.

Mandylas: Para o caso especifico de Thanos Axarlian, a Organização Revolucionaria 17 de Novembro já tem falado a fundo sobre isso. Não tenho nada mais a dizer sobre isso. Sobre a questão dos danos colaterais, é obvio dizer que umx anarquista está em contra de tal lógica e praticas. Para ser mais específicos, grupos tais como CCF e a FAI são conhecidos por dar uma alta prioridade a este problema fazendo chamadas de alerta, etc.

Gostaria também dizer que a lógica de dano colateral é uma pratica dxs chefes. Embora não seja “obreirista”, o que vejo é que quem tem adotado esta tática são os patrões. Pelo geral numa fabrica, as medidas de segurança dxs empregadxs se reduzem para que o negocio tenha um maior benefício. Também ficamos sabendo de trabalhadores que morrem todo o tempo.

Procurador: Isso é certo…

Procurador: Você, como anarquista. Que é o que acredita que se deveria fazer? Qual é sua posição?

Mandylas: Sou anarco-nihilista. Acreditamos que primeiro devemos destruir tudo, só então vamos a falar sobre o como e o que vamos a criar. Se não acreditasse em isso, então eu acreditaria nas reformas e nas mudanças graduais, mas, obviamente isso não me representa, para nada.

Presidente: Durante a intercepção da policia, estava com você Andreas Tsavdaridis?

Mandylas: Com Andreas não tive contato muito intensamente. O conhecia desde faz 4 anos antes da minha detenção. Não estava com ele na intervenção que menciona.

Presidente: Qual é seu estado civil e qual é sua relação com sua família?

Mandylas: A que aponta esta pergunta?

Presidente: Quero formar seu perfil melhor para o juiz …

Mandylas: Só o fato de que não haja nenhuma prova contra mim no expediente do caso já é suficiente. Para terminar gostaria de falar de qual foi a racionalidade do Estado ao realizar a invasão a Nadir e ao proceder a minha detenção preventiva. Como falei no inicio, eu sou parte dos círculos anarquistas desde faz uns 10 anos. Em todos esses anos, os eventos e atividades que levamos a cabo enquanto Espaço Anarquista Nadir atraíram o interes das pessoas. O Estado, observando como nossa solidariedade se dirigia em direção aos grupos armados, quer derrubar esta comunicação. A vinculação entre o publico e o ilegal é considerada uma mistura explosiva.

Durante esses anos, depois de ter adquirido uma muito boa ideia das tácticas do Estado respeito à perseguição dxs combatentes, o que posso dizer é que esta é a única vez na qual, sem que uma peça só da prova, um anarquista esteve em prisão preventiva durante 18 meses.

Presidente: Que é o que a Conspiração Células de Fogo proclama ser?

Mandylas: anarquistas nihilistas. Porém, pessoalmente considero que uma das minhas virtudes é de não falar dxs demais, pelo qual, pode perguntar para eles diretamente.

Procurador: Você falou antes concorda com a violência revolucionaria armada. Creio que tudo isso cria uma situação de estancamento que não somente não conduz a nenhuma parte, mas à criação de novas leis e a que os direitos se reduzem ainda mais. Que pensa sobre isso?

Mandylas: Eu acho que a única maneira de resistir é lutar. Somente quando se luta se ganha. Os únicos que não têm culpa da constante criação de novas leis e da redução dos direitos são os que resistem.

Procurador: Creio que estas organizações são inofensivas e que o Estado não lhes teme…

Mandylas: Você quer dizer que os rebeldes não ameaçam ao Estado? Então me responda, qual é a razão que haja uma detenção uma trás outra de CCF e porque o Estado lhes mantém encarceradxs durante tanto tempo?

Procurador: Obrigado, não tenho nada mais que perguntar.

Presidente: Não tenho mais perguntas.

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[México] Segundo comunicado dos Individualistas Tendendo Para o Selvagem (ITS)

Retirado de Kataclysma:

Chikomoztok
Lua crescente de Fevereiro

“Individualistas Tendendo Para o Selvagem” se responsabiliza pelos seguintes atos:

28 de Janeiro de 2016:

– Artefato explosivo ativado por sistema de relógio contra a “Comissão Nacional de Água” (Conagua), localizada na Av. Insurgentes Sur, Delegación Tlalpan, México, D.F.

O artefato gerou mobilização da polícia.

– Explosivo artesanal detonado na “Secretaria de Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Rural, Pesca e Alimentação” (Sagarpa), na Avenida Presidente Juárez de Tlalnepantla de Baz, Estado do México.

O explosivo deixado em frente a Secretaria em pleno centro de Tlalnepantla, por volta das 21 horas, explodiu com sucesso deixando a dois civis feridos, a explosão e estilhaços atingiram a alguns carros próximos gerando grande mobilização policial e militar na área.

3 de Fevereiro de 2016:

– Detonamos uma carga explosiva em frente ao conglomerado de departamentos chamado “Tec Siuts”, onde vivem estudantes do Tec de Monterrey, este localizado na rodovia Lago de Guadalupe en Atizapán, Estado de México.

– Um artefato explosivo de fabricação caseira foi detonado em uma das entradas do Tec de Monterrey, assim como na rodovia Lago de Guadalupe no mesmo município.

Com estes dois atos lhes fazemos recordar a todos os ligados com esta instituição acadêmica privada que, seguimos em Guerra contra os que promovem e desenvolvem o Progresso Científico-Tecnológico, os quais se escondem atrás das paredes desta aberrante universidade (e de outras).

8 de Fevereiro de 2016:

– Um pacote-bomba de ativação eletromecânica composto de dinamite, foi abandonado nas oficinas centrais de Sagarpa na Colônia Tabachines do município de Zapopan, Jalisco. O pacote estava dirigido ao titular da instituição federal.

– Um pacote-bomba de ativação similar, porém composto por um tubo de papelão maciço preenchido com pólvora negra foi abandonado nas oficinas do “Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia” (Conacyt), dirigido ao encarregado da instituição, na Colonia Vallarta San Jorge em Guadalajara, Jalisco.

Embora ambos explosivos não lograram seu objetivo (segundo informou a mídia), o qual era ferir ou privar da vida as pessoas-objetivos, se gerou grande mobilização policial e militar em ambos municípios, a imprensa cobriu a história afirmando: “um especialista em explosivos da polícia comentou que embora os artefatos não continham uma grande quantidade de elementos explosivos, eles poderiam haver causado danos letais a quem estivesse em um raio muito próximo”.

Que se saiba que o ITS também se encontra em Jalisco, esta foi apenas uma prova, seguiremos empenhados em aterrorizar, ferir, mutilar e inclusive assassinar aos cínicos responsáveis que por trás de uma instituição se dizem “preocupados” com a natureza, mas que sem mudança alguma, são responsáveis diretos pela devastação e a domesticação dela.

Nada acabou, a Guerra continua!
Axkan Kema, Tehuatl, Nehuatl!!

Individualistas Tendiendo a lo Salvaje:
– Bando Feral-Delincuencial (Jalisco)
– Grupo Oculto “Furia de Lince” (DF)
– Ouroboros Silvestre (Estado do México)

Posfácio para as agências federais de segurança:

Nervosos porque os grupos de ataque e terrorismo contra a civilização estão a multiplicar-se?

Nervosos porque a aberrante e asquerosa visita do papa está a virar a esquina, porque seguimos nas ruas, e porque não conseguiram nos parar?

Lhes sobram razões para estar e seguirem nervosos…

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[Grécia] Texto da Conspiração das Células de Fogo – Célula de Guerrilha Urbana

Retirado e traduzido de Kataklisma:

Este texto foi traduzido do grego para o espanhol por Sin Banderas Ni Fronteras. Agora compartilho ele do blog dxs compas do Por la Anarquía. Traduzido para o português por Kataklysma.

Por Conspiração das Células de Fogo – Célula de Guerrilha Urbana

O plano.

Para o “espaço” anarquista.

1. A chamada

Cada chamada à ação, como o “Dezembro Negro”, é uma tentativa de coordenar nossas forças. É um esforço para interromper o fluxo normal da realidade. É um plano para invadi-la com nossas próprias características e subvertê-la. É uma investigação de nosso desejo pela anarquia, aqui e agora, e de nossa capacidade para fazer frente às forças de ordem. É uma ocasião para que xs indivíduxs se conheçam ou não, se reúnam no terreno da ação e tratem de atacar aos palácios do Estado, organizadxs e abruptamente. É um sinal internacional de cumplicidade para todxs xs companheirxs dentro e fora dos muros que fortalece nossa solidariedade. É um acordo anarquista que confirma que há pessoas em todos os cantos da terra que, sem falar o mesmo idioma, coordenam o pulso de seu coração, alinham seu olhar para o inimigo, cerram os punhos, usam um capuz e realizam ataques contra o motor social da autoridade, suas estruturas e suas relações. O chamado do “Dezembro Negro” teve esses momentos…

E agora? Voltar à normalidade?

Cada chamada à ação pode ser só uma fotografia da revolta repetindo a si mesma, esperando o próximo aniversário, a próxima oportunidade, a próxima “chamada” ou pode se transformar em um encontro com a história…

Para todxs aquelxs para quem a anarquia significa “queimo por atrás de mim as pontes da rendição e da paz social”, a ação anarquista não tem nenhuma data de começo nem final…
Portanto, a aposta do “Dezembro Negro” abre na verdade uma aposta maior. Uma aposta para aquelxs cujo calendário de ataque permanece preso no constante hoje, aqui e agora. O desafio de criar um polo anarquista autônomo para a organização da guerrilha urbana anarquista.

2) A memória não é lixo

O “Dezembro Negro” foi uma convocatória aberta para todo o mundo, porém se registrou principalmente como um ponto de referência para xs insurrectxs, xs anarquistas-niilistas, xs companheirxs jovens, xs não alinhadxs, xs “desordeirxs” contra o Estado (e em parte contra a inatividade do “âmbito anarquista” oficial, contra sua transformação pacifista). **

Não vamos nos referir tanto ao chamado do “Dezembro Negro”. Cada chamada à ação é uma instância de uma história maior que a precedeu e talvez o acelerador da perspectiva que se segue.

Não haveria “Dezembro Negro” se não houvesse um Novembro, Outubro, Setembro… Não haveria guerrilha urbana anarquista se não houvesse confrontos em manifestações, barricadas e coquetéis molotov, não teria havido nenhuma revolta em 2008 se não tivesse havido incendiárixs e ataques iniciais nos três anos anteriores, não haverá perspectivas se não há memória.

Ao longo do tempo, a anarquia dá à luz –internamente- a sua superação anarquista. Dá-se à luz a tendências com os extremos mais afiados (individualismo anarquista, niilismo anarquista, anarquia insurrecional, etc.), que optam por se deslocar pela margem do movimento, do “espaço”, da revolução… Às vezes estas tendências atuam como um gatilho para a anarquia, levantando a lança do ataque anarquista e às vezes canibalizando entre si cheias de presunção e arrogância…

Na Grécia, a aparição de tendências heréticas dentro do “espaço” anarquista é tão antiga quanto o próprio “espaço” em si… Tendências que, ou se reduziram e se converteram em círculos de intelectuais artísticos (por exemplo, xs situacionistas) ou foram assimiladas e integradas ao “espaço” oficial… Todas elas, no entanto, deixaram a sua marca em uma história que nunca termina.

Em 2005, um círculo de pessoas abre em público de uma maneira muito visível (cartazes, revistas, participação em reuniões) o desafio de maximizar a violência anarquista, com o slogan de “pense revolucionário, atue ofensivo”. Uma tendência insurrecional que apontava não só ao Estado e a autoridade, mas também a cumplicidade da apatia social aparecia agora mais organizada e com uma presença pública constante. Enquanto isso, a questão de negação ao trabalho era mostrada em público, com assaltos a bancos armados com sua borda cortante… Na verdade, a temática parcial de rejeição do trabalho reluz nos olhos e é em realidade o prólogo das discussões sobre a difusão da guerrilha urbana anarquista. Fora desta mobilidade difusível (incêndios intencionais, roubos, ataques de comando, assembleias com a Coordenação de Ação) foi em janeiro de 2008 quando nasceu a Conspiração das Células de Fogo. A Conspiração das Células de Fogo aparece como uma expressão organizada de uma tendência anarquista herege com um claro foco na luta armada e nas referências ao individualismo anárquico, ao niilismo, a revolução da vida cotidiana e a crítica ao complexo Estado-sociedade.

Claro, não foi esta tendência a que deu origem à insurreição de dezembro de 2008. Uma revolta não pode ser apropriada nem ter direitos autorais.

Mas foi, acima de tudo, a tendência que teve os reflexos para acelerar alguns dos eventos mais conflituosos que se produziram em dezembro de 2008, já que as pequenas estruturas básicas já estavam operando com ataques coordenados regulares.

iii) Ficando em dia com o presente

As primeiras detenções de membros da Conspiração das Células de Fogo em setembro de 2009 (o caso Halandri) criaram uma tempestade de medo. A maioria das tendências hereges (anarco-niilistas, anarco-individualistas, antissociais, etc.) se inclinaram pelo pânico da repressão integradxs na segurança do movimento “oficial” anarquista, e suas grandes palavras sobre “revolução ou morte” foram deixadas para trás como um cadáver em decomposição, olhando para a traição.

Foram algumxs xs companheirxs que permaneceram firmes e quiseram continuar o que se havia iniciado… Mas, para todas estas coisas, muito se tem dito e escrito… Hoje em dia, uma grande parte do movimento anarquista tem estado vivendo com a marca da derrota, com o medo da repressão, com a oportunidade perdida de um levante que nunca se formou nestes tempos de crise econômica, de introversão, de hegemonias informais. No entanto, o slogan que se tornou escasso não pode ser determinado a quando seja de utilidade e, certamente, nada se perde para sempre.

Os últimos dois anos, uma nova geração de nossa tendência anarquista está fazendo uma aparição desde os restos do passado, fazendo seu próprio curso. Uma tendência que foi criada não tanto por características políticas mútuas, mas pelo mútuo desejo de algo diferente do que já existe no movimento anarquista na Grécia. Uma tendência que parece mais homogênea do que realmente é devido aos que a criticam. Na verdade se trata de uma onda de pessoas que vão desde companheirxs conscientes até pessoas que simplesmente odeiam a polícia e querem entrar em erupção…

iv) O choque de velhos e novos

Todo nascimento é violento. Cada nova onda que nasce está questionando e confrontando contra seu ventre, querendo cortar o cordão umbilical. Através da temporalidade, todas as heresias que nascem no interior do movimento anarquista têm apontado com sua crítica incandescente às velhas estruturas. (…) Especialmente hoje em dia, parece que a conexão da comunicação entre o antigo e o novo se perdeu de forma permanente… As razões são muitas, mas a história não espera por nossa introversão. O que é urgente é uma nova ideia, um plano para a continuação da luta. Cada nova onda anarquista frequentemente descobre a si mesma ao afirmar o que odeiam no movimento anarquista “oficial”. A crítica contra a imobilidade do movimento muitas vezes supera a crítica contra a tirania da autoridade. Agora pensamos que a situação interna do movimento anarquista se polariza mais do que nunca. É por isso que é o momento para o próximo passo. A nova tendência anarquista pode abolir a introversão, ser autodeterminada e criar seu próprio movimento político anarquista autônomo.

A memória é um componente fundamental deste esforço. Recordamos nossas experiências passadas, não para imita-las, mas para superá-las. O fato de que a nova onda anarquista está sofrendo de falta de organização nas ações e assembleias, porque pensam que esta é uma característica da burocracia do movimento anarquista oficial, é como se aquelxs estivessem concedendo isso a elxs.

A organização, a assembleia, o atuar político não tem direitos de autor. São meios de luta que se determinam através das pessoas políticas envolvidas neles… O aforismo e as atitudes supostamente não convencionais do tipo “não me importam os procedimentos, vou fazer o que eu quero…” é uma perversa conservação e temor frente à pontualidade e a responsabilidade que um anarquista necessita com o fim de participar da guerrilha urbana. Uma ferramenta não tem um tom positivo ou negativo, pelo contrário, o tom se forma a partir do uso que se dá a cada ferramenta. Uma assembleia política é burocrática quando as pessoas que participam dela são burocratas. No entanto, uma assembleia pode ser um mecanismo da formação, da coordenação e a propulsão da análise, um meio de desenvolvimento pessoal e coletivo. Acreditamos agora em nossos próprios mecanismos políticos, sem burocracia, nossas próprias assembleias sem bisbilhoteiros, nossas próprias organizações sem hierarquias… Construamos nossas próprias infraestruturas para a revolta armada contra o império da autoridade.

v) Os 5 pontos para uma tendência anarquista autônoma e ofensiva

O anarco-niilismo, o anarco-individualismo e, em geral, as heresias anarquistas mais ofensivas, não são “acidentes” na história da anarquia, mas pelo contrário, são as partes mais estimulantes dela. Estas tendências podem agora constituir um movimento político autônomo. Um movimento que não busca o acordo absoluto na verdade do evangelho teórico e os estatutos da clareza ideológica. Um movimento que não chantageia para uma identificação total com seus pontos de vista, mas que reconhece a afinidade política dos grupos e indivíduxs que participam e se encontram em cinco características básicas.

Primeiramente, somos anarquistas, independentemente de nossa particular denominação (niilistas, insurgentes, individualistas, etc.). Como anarquistas não reconhecemos somente ao Estado e a autoridade, mas também nenhum comitê central da “revolução”, nenhum/a experto/a ideológico, nem nenhuma relação hierárquica em nosso interior. Organizamo-nos baseadxs na informalidade e a coordenação de grupos e indivíduxs com afinidade política.

Em segundo lugar, a polêmica contra o Estado e autoridade não deixa intacta a cumplicidade social do silêncio, a apatia e a submissão. Atacamos com ações contra o estado dos/as dignitários/as e suas estruturas, mas ao mesmo tempo queremos explodir as relações sociais que xs fazem aceitáveis e às vezes reproduzem a autoridade na vida cotidiana.

Em terceiro lugar, apoiamos a Federação Anarquista Internacional. Desejamos que nossas hostilidades no interior dos Estados em que estamos vivendo se conectem internacionalmente como momentos de uma guerra anarquista global. Estamos trocando ideias, estamos compartilhando experiências, estamos criando relações de solidariedade e buscamos constituir uma federação anarquista internacional em que os fragmentos de uma explosão em Santiago do Chile cheguem até Atenas e logo se multipliquem.

Em quarto lugar, não nos damos por vencidxs com nossxs companheirxs presxs. Nossa solidariedade ofensiva é a vingança por suas prisões. Isto não significa uma identificação com suas visões. Xs prisioneirxs não são ídolxs sagradxs nem símbolos da luta, mas são xs que faltam ao nosso lado… A consequência de todxs aquelxs companheirxs presxs que permanecem irredutíveis nos cárceres e não fraquejam é uma prova de que a luta vale a pena…

Por fim, promovemos a diversidades nas ações anarquistas. Somos capazes de criar nossos próprios okupas, nossas próprias instâncias políticas, assembleias, grupos, nossos projetos editoriais, nossos meios de informação. No entanto, pelo motivo de que muitas vezes a invocação da diversidade se converte em uma desculpa para marginalizar as práticas anarquistas armadas, há que deixar claro que a diversidade não reproduz a si mesma. Os okupas, os posters, os eventos, os materiais impressos, os meios de informação que são replicados nas fronteiras da perseverança de seus projetos estão se tornando ilhas de suposta liberdade sem ameaçar a autoridade***. A diversidade autêntica da luta tem essencialmente que apoiar e promover o enfrentamento armado com o sistema. É o encontro do movimento com o campo insurgente. É o rito de passagem da teoria à ação, do aleatório ao organizado, desde o casual ao planificado.

É a propaganda através da ação.

Estes cinco pontos chaves (alguns foram expostos previamente em textos da Conspiração das Células de Fogo e da FAI – consulte “Fuego y Pólvora”) são os elementos de uma proposta que está aberta a todxs xs interessadxs em participar, em enriquecê-la, critica-la, trabalha-la.

Em nenhum caso não é um cerco ideológico, mas uma oportunidade para a discussão prática. No núcleo da proposta para o estabelecimento de um espaço autônomo das tendências anarquistas heréticas está a consciência.

O primeiro projeto coletivo onde a consciência é realmente posta a prova, é um grupo anarquista. No contexto da propulsão desta discussão, vamos publicar nos próximos meses uma série de textos pessoais de algumxs companheirxs presxs da Conspiração das Células de Fogo (Olga Economidou, Georgios Polidoro, Christos y Gerasimos Tsakalos).

As experiências, preocupações e a perspectiva do projeto de um grupo anarquista através de narrativas pessoais não são instruções para a prática armada, mas sem dúvida tem que contribuir ao debate sobre a guerrilha urbana e sua propulsão. Além disso, a experiência não pode ser transferida. É por isso que a aposta é passar da teoria à ação.

Como início desta discussão vamos dar a conhecer em uns dias o folheto “Individualidades e Grupos Anarquistas” do companheiro Gerasimos Tsakalos membro da Conspiração das Células de Fogo que será publicado em breve…

Da leitura… à cumplicidade….

Conspiração das Células de Fogo – Célula de Guerrilha Urbana
Federação Anarquista Informal – FAI

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[GOIÂNIA-GO] ATO A FAVOR DA LIBERDADE IMEDIATA DE WENDEL

Recebido no email:

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jNo último dia 17, aconteceu mais uma manifestação contra o aumento da passagem em Goiânia, que chegou ao valor de R$3,70, e em solidariedade às 31 pessoas (professoras, secundaristas e universitárias) que haviam sido presas na ocupação da Secretaria de Educação do Estado, no dia 15.
Mesmo ocorrendo tudo bem durante a manifestação, a Polícia Militar aproveitou-se de um tumulto para prender 16 pessoas e dispersar a manifestação com bombas de efeito moral, deixando várias pessoas machucadas.
Depois de libertar todas e todos presos políticos da manifestação do dia 17/02, o promotor de justiça Frederico decidiu manter apenas um preso: Wendel, estudante secundarista do Colégio Estadual Francisco Maria Dantas, para servir de exemplo, uma vez que a acusação que pesa contra o adolescente é que ele teria agredido um policial. Mesmo não havendo provas de tal agressão, o judiciário tem feito esforços para manter o jovem preso, que permanece no DEPAI (Delegacia de Polícia de Apuração de
Atos Infracionais) possivelmente sofrendo ameaças dos próprios policiais!

Portanto, na próxima segunda-feira (22/02/2016), às 9h da manhã, estaremos nos concentrando na porta do DEPAI para apoiar Wendel levando comida e água, e nos manifestarmos a favor de sua liberdade imediata, repudiando a criminalização da luta popular e mostrando a força coletiva que temos!
Pela vida dos meninos de periferia, pedimos a LIBERDADE DO WENDEL!

Data: 22/02/2016 (segunda-feira)

Horário: 09h da manhã

Local: DEPAI – Rua 72, Qd. A, Lt. A, Parque da Criança, Jardim Goiás – Goiânia, GO. 

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[ESPANHA] DATA DO JULGAMENTO DE MÓNICA CABALLERO E FRANCISCO SOLAR

Recebido no email:

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Na última quarta 3 de fevereiro foi definida a data do julgamento dxs anarquistas Mónica Caballero e Francisco Solar, em que terão que enfrentar uma petição da promotoria de 44 anos de prisão sob as acusações de “pertencer a organização terrorista, danos, lesões e conspiração”. O julgamento será levado a cabo na sede da Audiência Nacional de San Fernando de Henares nos dias 8, 9 e 10 de março e nos próximos dias serão transferidxs a um cárcere em Madrid.
Quase 6 anos depois da construção do chamado Caso Bombas pelo Estado chileno, onde ambxs foram encarceradxs, julgadxs, condenadxs e finalmente absolvidxs, e mais de 2 anos depois de suas detenções pelo Estado Espanhol, Mónica e Francisco voltarão a estar em um tribunal ante a juízes e promotores. O processo legal contra xs companheirxs deu visibilidade ao trabalho de festão conjunta dos Estados chileno e espanhol
na questão antiterrorista, acompanhado do habitual linchamento midiático próprio destes casos. Foi também ponta de lança do atual contexto repressivo que se usa contra as lutas, já que se tratou da primeira da série de operações antiterroristas preparadas pelo Estado durante estes dois últimos anos contra anarquistas e antiautoritárixs, acusando em torno de 40 pessoas por terrorismo.
Ante as investidas do Estado e suas diferentes formas de isolar, intimidar ou perseguir as lutas e as pessoas que fazem parte delas, nós anarquistas e lutadorxs temos a capacidade de afiar nossas palavras e práticas questionando seus moldes cidadãos, encontrando nosso próprio alfabeto para a superação da linguagem do inimigo e defendendo nossas lutas e
vínculos evitando cair em posturas vitimistas, para além da lógica de inocência ou culpa. Deste lugar Mónica e Francisco tem enfrentado o encarceramento e desta forma impulsionamos a solidariedade.

Negando a autoridade e sua legitimidade criada para nos julgar, reafirmando as ideias, práticas e cumplicidades rebeldes, pela agitação constante e solidariedade combativa. Sempre com xs que lutam!

FORÇA E LIBERDADE PARA MÓNICA E FRANCISCO, E TODXS XS LUTADORXS PRESXS E
PERSEGUIDXS! LIBERDADE PARA TODXS!

ABAIXO OS MUROS!

Barcelona, fevereiro de 2016

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[POA] Ataque incendiario a um tanque do exercito

Recebido no email no dia 05 de fevereiro de 2016

Quem sabe faz a hora não espera acontecer.

Definitivamente somos imprestáveis para o funcionamento desta sociedade baseada na dominação de tudo, da terra, dos seres.
Somos parte da terra, da imensidão da natureza. A terra, os seres vivos, não estão ai para servir, ser domado e transformado em valor monetário.
Esta doentia maneira de viver, que é a regra da máquina, não é a nossa, nos ofende, maltrata e assassina com extrema violência.
Não te parece?
Realmente não podemos nos calar e conformar mantendo as misérias que nos condicionam na busca de recursos básicos.
A passividade, a obediência, a apatia não tem espaço em nosso vocabulário.
Não vamos cooperar para o domínio e o controle! Tudo pelo contrário.
Atuamos pela destruição, pelo vandalismo, às estruturas e valores do reino do dinheiro.
Sua cidadania é uma humilhação que muitos escravos ainda sonham. Não nos enganam com tamanho engodo. Não desejamos sermos servos de nenhum rei, de nenhum estado, de ninguém de nada.
Na madrugada de 18 de janeiro fomos ao encontro de um tanque de guerra estacionado na Avenida Perimetral esquina Ipiranga ao lado de um quartel do exército em Porto Alegre.
O tanque estava exposto na avenida e segundo as notícias ali ficaria como um presente para a cidade.
Abandonamos um artefato incendiário com um dispositivo de retardo sobre o tanque. Sabemos que acionou, porém de alguma maneira, que ignoramos, sua força incendiária e destrutiva não iluminou com toda sua beleza.
Três dias depois o tanque foi retirado da rua sem mencionarem este fato.
Através das notícias percebemos que outros foram até lá contribuir para sua destruição. Nossa alegria era ter o carbonizado.
Com este ato aprendemos uma vez mais que somos capazes de atacar e ferir os que impõem este colapso organizado. Aprendemos que nossa ação surte efeito, que o que realizamos com determinação balança seu entorno.
Quem sabe faz a hora não espera acontecer.
Nos querem amedrontados, escravizados. Rompa as grades que te rodeia!
Dentro de você e na sua volta.
Esta ação não foi um caso isolado, nos irmanamos com esta ação e intenção com uma rajada de ações por todas as partes do mundo.

Nos irmanamos no ataque contra a dominação pela libertação total.

Um salve à todos indomáveis que não sossegam somente com as palavras e as ideias em sua mente. Estejam onde estiverem. Estamos vivos!

Nos bosques da Alemanha, nos cortes de estrada e nos acampamentos na Argentina contra a Monsanto, na Itália contra as linhas de trem, na França contra um novo aeroporto, pelas ruas de Exarchia na Grécia, nas barricadas no Chile, nas pichações em Guayaquill, no alto dos Andes ou nas terras dos xiximecas, nas prisões de Espanha.

Vândalos Selvagens Antiautoritários

Fevereiro 2016

Noticia na midia: http://zh.clicrbs.com.br/rs/porto-alegre/noticia/2016/01/tanque-exposto-na-avenida-ipiranga-como-monumento-sera-retirado-do-local-apos-vandalismo-4955270.html

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