[Uruguai: Lançada coletânea solidária com a resistência à tentativa de desocupação do espaço La Solidaria

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Recebido no email:

Já está disponível a coletânea musical solidária com a resistência à tentativa de despejo do espaço autogestionado La Solidaria. localizado em Montevidéu. Você pode baixar o disco da internet ou encomendá-lo por este e-mail: publicar@ainfosuruguay.tk.

O preço sugerido (você pode oferecer mais ou menos) é de 100 pesos (mais ou menos 10 reais).

Toda a receita arrecada com a venda do disco vai para a resistência ao despejo.

Okupa e Resiste!

Ediciones del Monte

Link para download: http://www.mediafire.com/?lpd7ur2cclryflj

Nota: vários dos temas desta compilação foram “cedidos” pelas bandas para uma coletânea que estava sendo preparada, como mais uma ferramenta para resistir às tentativas de despejo das famílias do Remanso (2010-2011). Esta compilação não veio à luz, porque a luta foi capaz de deter os despejos e sentimos que era melhor guardá-la para um futuro (hoje, presente).

 

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Dia dos Professores é sacudido por revoltosos protestos em varias cidades.

 

Recebido no email:

O dia 15 de Outubro foi marcado por agressivos protestos em diferentes capitais do território controlado pelo estado brasileiro.

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No Rio de Janeiro se estima que entre 5 e 10 mil pessoas acudiram a passeata convocada pelxs professores que já mantém 2 meses de greve.  A passeata terminou em ferrenha batalha,  quando nos arredores da Av.Rio Branco, próximo a Cinelândia, grupos de encapuzadxs acenderam barricadas e começaram a atacar a polícia,  terminando com agências bancárias depredadas e incendiadas, um carro e um micro-ônibus da PM incendiados. Posteriormente a isso, a polícia cercou as escadarias em frente a Câmara Legislativa, levando a cerca de 200 pessoas detidas, das quais 64 foram encaminhadas  a diferentes presídios, atualmente a maioria já foi liberada.

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Em São Paulo, a manifestação contou com 2000 pessoas,  e houve confronto entre encapuzadxs e a polícia, quando manifestantes bloquearam a marginal Pinheiros, xs guerreirxs atacaram a polícia com pedras,rojões e coquetéis molotov. Uma concessionária Honda e agências bancárias foram atacadas. 56 pessoas terminaram detidas, algumas que buscaram refúgio em uma loja de móveis Tok & Stok.

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Em Porto Alegre mesmo com apenas 100 pessoas, um grupo de encapuzadxs ao final do ato arrancou os tapumes do edifício onde vive o prefeito e atacaram as vidraças do mesmo a pedrada, sendo dispersados pela polícia.

Em Belo Horizonte cerca de 500 pessoas se reuniram na praça Sete, bloquearam ruas e um ônibus tentou furar o bloqueio, sendo atacado o que provocou a prisão de um manifestante, posteriormente encapuzadxs travaram combate com a polícia, atacando-a com pedras e rojões.

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São Paulo: Contundente manifestação pela Libertação Animal.

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Recebido ao email:

Dezenas de ativistas realizavam um protesto contra a experimentação animal , em frente ao laboratório do Instituto Royal, em São Roque- SP, a 59 KM de São Paulo, na rodovia Raposo Tavares; desde o dia 12/10. O protesto culminou com que na madrugada da Sexta-Feira dia 18/10, cerca de 120 pessoas invadissem o laboratório e liberassem 178 cachorrxs da raça beagle que seriam usados para testes.

Na manhã seguinte  muitas pessoas se concentraram em solidariedade ao ato da noite anterior, o número que as 10h30 da manhã segundo a estimativa dxs vermes policiais era de 200 pessoas, uma hora depois já havia triplicado, entre essa concentração havia mais uma vez a expressiva presença de caras tapadas e bandeiras negras.  Dezenas de Policiais isolavam a área e quando um grupo de 5 supostxs “líderes” do manifesto se aproximou para dialogar com representantes do laboratório, aguerridxs manifestantes avançaram rompendo o cordão de isolamento e atacando xs vermes a pedradas, com a chegada da Tropa de Choque, xs guerreirxs aproveitaram-se da dispersão para incendiar uma viatura da PM, e dois carros da TV TEM, afiliada local da Rede Globo. O ato terminou com 2 manifestantes detidxs, e com 2 cães “recuperados” pelas forças policiais. Xs manifestantes presxs tiveram que pagar uma fiança no valor de R$678,00.

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RS: O que matou Samuel Eggers?

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Retirado de Contra-Info

Reflexões sobre o assassinato de um anarquista

No dia 13 de setembro de 2013, aos 24 anos, Samuel Eggers foi assassinado na cidade de Caxias do Sul. Desde então a mídia e a polícia vem inventando histórias fantasiosas sobre sua morte, buscando enquadrá-la em um latrocínio qualquer com mentiras. Muitas são as evidencias de que são histórias falsas. Tudo nos leva a crer que Samuel morreu pelas mãos da brigada militar do estado do Rio Grande do Sul, ou por algum assassino vinculado à elite local, simpatizante de ideias fascistas, protegido e salvaguardado por esta instituição.

Tudo leva a crer que Samuel morreu por se declarar abertamente anarquista, mesmo em um ambiente acadêmico, durante um congresso científico de psicologia. Envolvido no movimento estudantil desde sua graduação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Samuel foi pouco a pouco se identificando com causas ambientais e sociais, tendo cada vez mais como norte os ideais de liberdade, mutualidade, igualdade e autonomia próprios da filosofia libertária.

Há cinco meses atrás, mais de trinta manifestantes que protegiam centenas de árvores na orla do Guaíba, junto a usina, foram violentamente abordados no meio da noite pela tropa de choque, sequestrados e humilhados, com autorização do governador e do prefeito, para que arrancassem as árvores com enormes retroescavadeiras. Samuel estava entre estas pessoas que protegiam as árvores, este é seu “antecedente” para essa mídia porca e suas mentiras. Ele tinha como costume compartilhar com amigos e leitores, suas várias reflexões e leituras através de vários blogs, entre eles, o Tempo de Rebeldia. Foi por meio deste blog que denunciou os abusos de autoridade e a reconheceu a verdadeira função da violência policial.

“É possível que alguém que tenha tomado um “atraque” da polícia militar, daqueles que apontam uma espingarda calibre 12 na sua cara, e ainda acredite que tal ato foi fruto do despreparo de um policial individual. Que foi um erro num sistema que, de maneira geral, funciona bem. Mas, quando se tem o privilégio de ser atacado por uma operação deste porte, passa-se a ver a polícia com outros olhos: como um sistema cruel que corrompe boas pessoas. Em última análise, a função da polícia não é manter a população segura, mas mantê-la com medo e obediente. Por isso nós, baderneiros acusados de desacato à autoridade, fomos tão humilhados – em uma sociedade baseada em obediência e silêncio, não existe crime maior do que falar a própria opinião e defendê-la de forma minimamente efetiva.” em Notas sobre o Terror do Estado (parte 2) – 10 de junho.

Com a repressão vivenciada em decorrência do corte das árvores, e mais tarde, diante da reação da polícia frente às manifestações de junho em Porto Alegre, a compreensão de Samuel sobre o estado em uma sociedade autoritária, bem como o funcionamento do aparato repressor se consolidou.

“Não, não é por acaso, equívoco ou erro tático: essa é, e sempre foi, a estratégia da Brigada Militar. O objetivo dessa corporação não é proteger a população, mas mantê-la assustada e dócil, com os indivíduos isolados entre si e fáceis de capturar quando se tornam ameaçadores demais. A polícia militar não é a guardiã do nosso sono tranquilo, mas o exército que ocupa nossas cidades, e patrulha nossas ruas em busca de rebeldes. Seus soldados são doutrinados a acreditar que o que fazem é pelo bem de todos, para livrar nossa sociedade desses vagabundos que ficam fumando crack por aí, roubando quem trabalha. Aqueles policiais que desceram o cacete, que jogaram bombas e prenderam inocentes provavelmente acreditam, do fundo da sua alma, que o que estavam fazendo ali era o melhor – a coisa certa. Na massa que se movia entre cartazes, bandeiras e gritos, os homens e mulheres de farda não viam nada além de vagabundos que mereciam apanhar por não se comportarem direito. Por isso foram tão eficientes em seu trabalho, e tão determinados em varrer o centro de Porto Alegre daquela corja.” em Quando Porto Alegre anoiteceu laranja – 25 de junho.

Podemos não saber quem exatamente matou Samuel, mas sabemos o que matou. Foi morto pelo fato de ter ideias, ideais e práticas libertárias de contestação. Samuel, que abertamente se autodeclarava anarquista, morreu graças à irresponsável campanha midiática antianarquista do Grupo RBS através de seu jornal, a Zero Hora, que a todo custo buscou criar uma imagem distorcida do anarquismo e dos anarquistas. Também sua memória foi vítima desta mídia. Depois de seu cruel assassinato, ele que era uma das pessoas mais tranquilas segundo quem o conhecia, é descrito por reportagens como alguém “violento” por lutar kung-fu, um “portador de antecedentes criminais”. Para saber mais sobre seu crime, bastam suas palavras.

“Entrei para o grupo de pessoas que foram presas porque ousaram desafiar a tirania e combater a injustiça. Finalmente, sinto-me um igual, não apenas diante de homens e mulheres como Gandhi, Emma Goldman e Thoreau, mas também daqueles camaradas que há muito tempo gritavam para que eu me somasse à luta. Se queriam me assustar com ameaças, e fazer com que eu me recolhesse para dentro do meu mundo, fracassaram, pois hoje descobri que não quero viver numa “democracia” em que eu tenha que me calar e seguir as ordens dos meus superiores. Jurei que farei tudo que estiver ao meu alcance para tornar o mundo um lugar onde eu quero que meus filhos cresçam. Guardarei um lugar aqui pra ti, no dia em que perceberes o mesmo, e seguirei lutando enquanto você não acorda.” em Notas sobre o Terror do Estado (Parte 1) – 29 de maio.

O que matou Samuel, alguns meses depois, foi seguir firme com esta intenção: desafiar a tirania e combater a injustiça. Está cada vez mais claro que este tipo de intenção é considerada inaceitável para sádicos e sociopatas, para os adoradores da ordem que escondem suas perversões atrás de distintivos, verdades rasas e propaganda institucional.

Mataram-no e buscaram esconder esta morte nos índices de latrocínio aceitaveis, na indiferença das estatísticas que ocultam os crimes e o terrorismo dos criminosos que se escondem atrás do poder. Para iludir os vivos criaram uma história tao incoerente que constrange qualquer pessoa minimamente antenada. As incoerências nas informações contidas reportagens sobre a investigação da morte de Samuel sao evidentes. Os acontecimentos nao batem, um ladrao que com uma arma no carro sai para assaltar de mao limpa, uma suposta reaçao violenta de Samuel nao condiz com sua personalidade, um latrocínio em que nada é levado. Dois jovens sao apontados como suspeitos. Teriam eles recebido para matá-lo? Ou estariam sendo ameaçados empurrados de forma a assumir um crime que nao cometeram? Policiais civis e militares colaboram para esta farsa, e a mídia se esforça para torná-la lícita.

O mal que abateu Samuel poderia ter se lançado contra muitas outras pessoas, todxs aquelxs que defendem e se identificam publicamente com os ideais libertários. O que matou Samuel poderia nos ter matado a qualquer um. Entre nós paira uma certa ingenuidade, a quem prefira acreditar que não se morre por ser anarquista, a quem prefira acreditar em “liberdade de expressão”, “democracia representativa”, “estado de direito” e em outros contos de fada.

Nos dias de hoje, como muitas vezes antes, pessoas são mortas por se colocarem contra a tirania, jovens são mortos por abraçarem estes ideais. O mal que matou Samuel, é o mesmo que matou tantos outros antes dele. Este mal fardado e engravatado, está no autoritarismo e na violência institucionalizada, na ignorância premiada, no exército de sádicos recrutados e amestrados para “proteger e servir” os interesses dos parasitas sociais a que chamamos de “elites”, como se fossem seus.

E se nos matam nas ruas o que devemos fazer? Devemos permanecer pacíficos e deixar que nos martirizem? Nao é a autodefesa um princípio anarquista? Devemos nos esconder da tirania dos cleptocratas, esperando que por qualquer descuido nos encontrem, que se abatam sobre nós e sobre as pessoas que amamos? Enquanto isso seguem aumentando seu exército de sádicos, estao pelas ruas com armas em punhos, apoiados pelos pacifistas espectadores, caguetas e infiltrados infestam todos os atos públicos e manifestações organizadas, generais de dez estrelas fantasiam conspirações.

Como escreveu o poeta Maiakóvski

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Antianarquismo é o nome deste mal que precisa ser a todo custo combatido. O que aconteceu com Samuel Eggers é algo a ser contado, recontado e conhecido. É hora de gritar, é hora de lutar, é hora de não nos deixarmos tomar pelo medo. Sempre que um dos nossos é morto lembrem-se das palavras de Émile Henry em seu julgamento, aos 22 anos em 1894, rotulado de terrorista e guilhotinado por lutar contra a tirania, pelo estado frances:

“Enforcados em Chicago, decapitados na Alemanha, estrangulados em Xerez, fuzilados em Barcelona, guilhotinados em Montbrison e em Paris, nossos mortos são muitos; mas vocês não foram capazes de destruir a Anarquia. Suas raízes são profundas; brotam do íntimo de uma sociedade podre que está caindo aos pedaços; esta é uma oposição violenta contra a ordem estabelecida; e uma defensa das aspirações por igualdade e liberdade daqueles que se ergueram contra o autoritarismo vigente. Ela está em todos os lugares. Isso é que a faz indomável, e por fim ela irá derrotá-los e assassiná-los.”

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RJ: A policía mata a um garoto de 18 anos a pauladas.

Retirado de Contra info:

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Na primeira hora do 17 de outubro de 2013, Paulo Roberto Pinho de Menezes, de18 anos, morreu a paulada dos agentes da UPP na favela Manguinhos no Rio. Os policiais imobiilizaram ao garoto e levaram ele por um beco escuro, onde o mataram a paulada. As circunstancias exatas do assassinato ainda não estão claras. Porém, sua mãe e outrxs vizinhxs têm confirmado que Paulo Roberto se encontrava entre um grupo de garotxs quando os policiais da UPP local realizaram um controle na favela.

Nas ultimas oras da tarde do 17 de outubro, xs jovens começaram a se rebelar e atacaram aos policiais com pedras, cheixs de raiva por causa do assassinato de Paulo Roberto. A brutal violência das forças repressivas aumentou mais ainda quando os policiais usaram munições reais causando feridas em varias pessoas. Uma menina de 17 anos recebeu o impacto da bala da policia numa perna e tiveram que mandar ela para hospital. Os desgraçados não duvidaram em ameaçar inclusive á irmã de Paulo Roberto, apontando-a com uma pistola.

O funeral do garoto se programou para a sexta 18 de outubro, dia no qual também foi convocado um protesto pela manha para denunciar o ultimo assassinato a cargo da policia.

Tem mais informações sobre o papel exato da UPP na limpeza das favelas em nome da preparação deste pais para a copa do mundo de 2014 e os jogos olímpicos de 2016, aquí. Também, pode ver aquí um video  sobre outro assassinato na favela de Manguinhos em marzo de 2013.

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RJ: Ninguém ficará para trás!

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Nota de Cumplicidade:

Recebemos no nosso email esse texto sobre os ultimos acontecimientos no Rio, acontecimientos que mostram mais de que nunca a necessidade de nos organizar e criar estrategias frente à repressão. Nenhuma lei é justa,  nenhum ato de vandalismo terá comparação com a violência da vida que levamos cotidianamente neste sistema miserável. Não devemos  esperar nada da “justiça” institucionalizada,  esse sistema esta criado  para encarcerar e matar  qualquer ato de revolta, nesse sentido, é preciso nos organizar de maneira informal e buscar estratégias de lutas fora da legalidade. Pois, a justiça, a faremos com as nossas mãos, já é a hora de apontar com a nove milímetros na cara dos policiais!

Aproveitamos pra saudar a iniciativa de algunxs guerreirxs que criaram uma nova pagina de contra-informação no Rio: “é tudo nosso”: http://tudonosso.noblogs.org/post/2013/10/17/ninguem-ficara-para-tras/.

Porque sabemos que a melhor defesa é o ataque… Força para os guerreirxs em conflito nas ruas e Liberdade para xs vandalxs presxs!

 Ninguém ficará para trás!

Afirmar que vivemos uma guerra não é uma ameaça, é reconhecer o que está diante dos nossos olhos. A dominação não demonstra nenhuma intenção de ceder, assim como nós não temos nenhuma de desistir. No acirramento dessa disputa muitas quedas virão, mas é preciso ter em mente que os fracassos nunca são definitivos e que fazem parte da história das vitórias.

No dia 16 de outubro, o Rio de Janeiro viu novamente o que a repressão é capaz. As informações ainda divergem de acordo com a fonte, mas segundo o grupo de advogados “Habeas Corpus” foram 195 detidos e desses 84 estão, nesse momento, presos. As acusações variam: formação de quadrilha ou bando, roubo, incêndio, dano ao patrimônio público, lesão corporal e corrupção de menores. A nova lei de organização criminosa está sendo usada para criminalizar muitos dos que foram pegos, o que está gerando absurdos como a busca de um líder do grupo e a invenção de supostos ganhos materiais obtidos com os“vandalismo”. Durante o protesto os policiais usaram as armas de sempre: bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo, balas de borracha, armas de choque e – para não restar dúvidas quanto ao não-diálogo – armas de fogo.

Esse é o resultado catastrófico que o Estado impôs a uma passeata convocada pelos professores estaduais e municipais. A greve começou no início de agosto e tem como objetivo impedir a imposição de um modelo empresarial de educação. As propostas do governo não dialogaram com nenhuma das demandas do movimento; para eles só importa o que eles querem. Essa greve, porém, não pode ser entendida isoladamente, ela faz parte de um ciclo de revoltas que explodiu na cidade e no país desde junho. Os motivos da indignação são muitos, mas está claro que a intransigência do capital será cada vez menos aceitável.

Nessa mesma semana, 17 mandatos foram expedidos contra manifestantes. Aparelhos eletrônicos foram apreendidos e,foi revelado um esquema de investigação que contava com escutas telefônicas desde julho. A partir do momento em que estar nas ruas é ser suspeito, fica claro o quão grave é a nossa situação. Não vamos pedir autorização para resistir, resistiremos. Nenhuma grade aprisionará nossa luta pela dignidade.

Agora é urgente a construção de uma rede de solidariedade aos presos. Devemos ficar atentos aos seus destinos e realizar uma campanha massiva pelas libertações. Provavelmente eles só sairão com fiança, portanto é necessário que nos organizemos para uma arrecadação massiva de fundos. No sábado (19/10) haverá uma vigília em Bangu: contamos com a presença de todos.

Ninguém ficará para trás!

 

 

 


 

 

 

 

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4 Feira do livro anarquista de POA: Chamada para oficinas

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Comunicado:

É com a necessidade de combater qualquer forma de poder e relação hierárquica, e com a vontade e ânsias por compartilhar diversas experiências de luta,  que convidamos aos diversos grupos e individualidades que gostariam de propor alguma atividade, oficina ou debate que impulsionam e intensificam a criatividade e procuram constantemente uma vida liberada, para que a teoria desborde na pratica das nossas vidas cotidianas.

Envie para nos as suas propostas para a participação na feira do livro anarquista de Porto Alegre, nos dias 15,16 e 17 de novembro!

Por uma questão pratica de organização, pedimos axs interessadxs mandar suas propostas antes do dia 20 de outubro no nosso email:  flapoa@libertar.se

Por nossas vidas!

Saude e Anarkia!

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Carta de integrantes do blog culmine

Leopardo en pareja

 

Traduzimos ao português o comunicado dos integrantes do blog de contra-informação Culmine, depois de vários meses encarceradxs acusadxs dentro da chamada Operação Ousadia, golpe repressivo que encarcerou a cerca de 10 anarquistas, acusando-xsde envolvimento em distintos ataques a estabelecimentos e representantes do poder. De nossos corações nossa mais sincera solidariedade e ânimo por sua resistência e perseverança em seguir levando adiante um projeto de difusão e contra-informação anárkika.

Queridxs companheirxs,

Como já muitxs sabem o blog “Culmine” saiu da cadeia por vencimento do prazo da prisão preventiva. Entretanto, não se pode dizer que foi posto em liberdade, dado que pensaram bem ao aplicarem as restrições: proibição de expatriação, obrigação de ficar no lugar escolhido e duas assinaturas diárias (NT:na delegacia).

Para justificar tal “liberdade restringida”  não puderam fazer menos que demarcar o fato de que nunca  renegamos o trabalho feito por “Culmine” desejando a continuação da contra informação anarquista.

Considerando “a personalidade dos investigados, deduzida também pela profissionalismo demonstrado no crime”  insistem em aplicar-nos outra forma de cárcere, simplesmente por que tem alternativas: as investigações de fato estão ainda abertas e obviamente, ainda tem trabalho a fazer , dado que representamos “elementos com grande capacidade de conseguir apoio” e que “não abandonamos nossos propósitos anarquistas e subversivos” .

Eles mesmos afirmam que suas miseráveis grades não são suficientes para deter um “crime” como a apologia: mas não querem aceitar que as ações de libertação total não necessitam serem instigadas!

Aproveitamos a oportunidade para expressar nossa solidariedade a todxs que lutam como anti-autoritárixs e a todxs prisioneirxs dignxs que não deixam de resistir e atacar sem baixar a cabeça.

Também agradecemos a todxs xs indivíduxs afins que nunca deixaram de expressar sua solidariedade e cumplicidade!

Um forte abraço rebelde!

Culmine, princípios de outubro de 2013

Stefano Gabriele Fosco

Elisa di Bernardo

 

 

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