RJ e SP: Crônicas de um 7 de outubro negro

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RJ e SP: Crônicas de um 7 de outubro negro

Na noite de 7 outubro em meio a greve dos professores no Rio de Janeiro e em São Paulo grupos de encapuzados “black bloc’s” se solidarizaram com xs professores em luta nas ruas enfrentando a policia e todo seu aparato repressivo. Diversas expressões do sistema de dominação foram destruídas em um ato criativo e combativo.

No Rio de Janeiro … ” A atuação dos black blocs havia sido convocada pelo Facebook (te liga mané), em um evento intitulado Ato em Apoio aos Professores. Importantes vias do centro, como a Avenida Rio Branco, foram interditadas conforme a passeata encabeçada pelo grupo de preto avançava pelas ruas do entorno da Câmara.”

A câmera de vereadores teve um acesso severamente atacado com molotovs e artefatos explosivos diversos. Ainda 12 agências bancárias foram devastadas, uma loja de telefonia Nextel foi arrombada e saqueada, além de praticamente todos os pontos de ônibus da Cinelândia danificados .Placas de sinalização em ruas do entorno da Câmara dos Vereadores também foram arrancadas ou derrubadas e usadas nos combates. Várias lixeiras ficaram destruídas. O Consulado dos EUA no Rio de Janeiro foi atacado. Pelo menos dois coquetéis molotov foram lançados no prédio. O Consulado de Angola também foi alvo. Antes, a sobreloja do Clube Militar teve as vidraças quebradas e um coquetel molotov lançado para dentro do prédio. O fogo foi contido. Minutos depois, um ônibus foi incendiado na avenida Rio Branco, a principal da região central da cidade. Dois onibus são manobrados por encapuzadxs e largados atravessados bloqueando uma avenidade o incendio eminente foi coibido pela PM.

Por causa da repressão policial, dezenas de mascarados seguiram correndo para a Lapa, região boêmia, também no centro. Os restaurantes fecharam suas portas. Os manifestantes quebram telefones públicos e colocam fogo em lixo espalhado no meio da avenida.

Das 18 pessoas detidas pela PM, cinco foram autuadas.

A intenção dos agentes do estado é violentar aos seus sequestrados nas manifestações por debaixo da recente Lei de Organização Criminosa, número 12.850. Segundo eles é mais severa, porque pune o infrator com mais rigor, com pena de três a oito anos de prisão. É o caso de quem comete furto qualificado e incêndio ou é flagrado com a posse de artefato explosivo, o que tem acontecido nos protestos, segundo a Policia Civil carioca.

E os agentes do sistema de dominação choram com o saldo alcançado neste 7 de outubro …”Tumultos generalizados provocados por black blocs já custou ao Rio de Janeiro pelo menos R$ 1,31 bilhão desde junho”

Secretaria de Segurança Pública estima que já tenha gasto R$ 15 milhões para reforçar o policiamento durante manifestações. Ao todo, 53 PMs ficaram feridos. Para se ter uma ideia, os R$ 15 milhões representam a soma que a PM pagou para soldados trabalharem fora de seu horário de serviço na Copa das Confederações e na Jornada Mundial da Juventude. O valor corresponde ainda ao orçamento de dois meses, em adicionais pagos, para reforçar os efetivos de PMs nos batalhões do Estado. Os gastos com armamento não letal não foram divulgados.

A conta com a depredação do mobiliário urbano já chega a cerca de R$ 3 milhões. Na Alerj (Assembleia Legislativa), os ataques ao patrimônio público representaram um prejuízo de R$ 594,4 mil segundo estimativas feitas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Os confrontos provocaram uma queda de cerca de 20% no movimento de hospedagem em cerca de 20 estabelecimentos no Centro. Além do mais as lojas tem que fechar as portas mais cedo e isso dá prejuízos

Enquanto isso …PF investiga atuação de grupos anarquistas baseados no Rio. A partir do rastreamento das ações de grupos com perfil anarquista baseados no Rio, como Anonymous e Black Blocs, a Polícia Federal do Rio distribuiu na semana passada, por meio da representação da Interpol no estado, um comunicado alertando autoridades de segurança para o risco de ocorrerem manifestações violentas no próximo mês. O documento foi repassado à Secretaria de Segurança e aos ministérios públicos do estado e federalSegundoo relatório de inteligência produzido pelos policiais federais do escritório da Interpol, a data provável dos protestos é 5 de novembro. A difusão das informações que constam das investigações incluiu, além das autoridades do Rio, a embaixada dos Estados Unidos, em Brasília, e o escritório do FBI nos Estados Unidos.

Ainda sobre controle social e perseguição aos “vândalos mascardos”

Numa reação aos quebra-quebras ocorridos em protestos, o Ministério Público e o governo do estado criaram um grupo para combater os vândalos, a Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (Ceiv). O grupo, no entanto, já foi extinto. Em outras palavras transformado.

Sexta-feira 11 de outubro: Policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) protagonizaram incursão repressiva, desde o início da madrugada  desta sexta-feira (11/10), uma operação para cumprir 17 mandados de busca e apreensão na residência de supostos integrantes de Black Blocs.

Segundo informações da corporação, até o momento, seis pessoas foram detidas e foram apreendidos vários computadores, pen drives, cds e dvds. Foi solicitada pela policia a quebra de sigilo telefônico e de dados de informática dos envolvidos.Seis pessoas foram levadas para a delegacia, mas liberadas após prestarem esclarecimentos. Dos 17 mandados, 13 foram cumpridos na manhã desta sexta.

O diretor-geral de Polícia Especializada da Polícia Civil, delegado Fernando Reis, disse – A investigação será minunciosa. Queremos saber o que cada um fez, que ato de vandalismo cada um cometeu –

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E nas bandas de São Paulo … nas palavras dos vozeros do sistema:

O ato reuniu dois grupos. Um deles era formado por estudantes da Universidade de São Paulo (USP). Eles iniciaram o ato na região da Avenida Paulista. A manifestação foi realizada em apoio aos estudantes que invadiram a reitoria na semana passada e aos professores em greve no Rio. O outro grupo de manifestantes se concentrou inicialmente em frente ao Teatro Municipal, no Centro, em protesto por melhores salários para os professores do ensino público.

Houve confronto com a Policia Militar após a reunião na Praça da República. Na Avenida Ipiranga, duas agências bancárias e um Mc Donald’s foram depredadas. Na mesma via, manifestantes colocaram fogo em sacos de lixo para bloquear a passagem.

Um carro da Polícia Civil foi virado na Avenida Rio Branco. Os manifestantes se dispersaram pela região central por volta das 20h40. Outras quatro agências, sendo duas do Santander, uma do Itaú e outra da Caixa Econômica Federal, foram depredadas na Avenida Duque de Caixas. Outras duas agências também foram alvo de vandalismo na Avenida Consolação. Ao menos oito agências bancárias ficaram destruídas na região central da cidade. Um posto de gasolina e um mercado também foram alvo do protesto.

Segundo a Polícia Militar, seis policiais ficaram feridos nos protestos. Eles foram atingidos por pedras, principalmente, no rosto, cabeça e pés. Com escoriações leves, nenhum dos policiais foi encaminhado a hospital.

Durante o tumulto, as portas de algumas estações de Metrô no Centro foram fechadas. O Metrô diz que houve uma contenção de fluxo, com seguranças nos acessos, para evitar que a manifestação invadisse a estação e garantir a integridade física dos usuários. A operação não foi afetada, segundo a companhia.”

Ao todo, 11 manifestantes foram detidos nos atos que terminaram em confronto com policiais militares e três pessoas seguiam presas sob a acusação de aproveitar os tumultos para praticar roubos.

Humberto Caporalli, e Luana Bernardo Lopes, detidos na noite de segunda-feira (7) em protestos na Praça da República, no Centro, vão responder inquérito por infringir a lei nº 7.170, conhecida como Lei de Segurança Nacional, de acordo com o delegado Antônio Luis Tuckumantel, titular do 3º Distrito Policial.

Promulgada em 1983 durante a ditadura militar, no governo do então presidente General João Figueiredo, a lei define como crime “depredar, provocar explosão ou incendiar para manifestar inconformismo político ou manter organizações subversivas”.

Eles foram autuados especificamente no artigo 15º da lei de Segurança Nacional, que trata de sabotagem. Mas, também vão responder por outros artigos previstos no Código Penal: dano qualificado, incitação ao crime, formação de quadrilha e porte ilegal de explosivo (gás lacrimogênio o qual os policiais haviam usado).

O delegado diz que a dupla será enquadrada por infringir o artigo 15º da lei, que trata da prática de “sabotagem contra instalações militares”. Na lei está configurado como agravante o “dano, destruição ou neutralização de meios de defesa ou de segurança”.

[A ação de ontem foi] uma forma de afrontar as instituições [nas esferas] municipal, do estado ou federal. Isso é uma desordem, que, se formos analisar, realmente dá para enquadrar na Lei de Segurança Nacional. Não é admissível que fatos dessa natureza venham ocorrendo e venham prosperando”, afirmou Tuckumantel.

O delegado Antônio Luis Tuckumantel disse que a principal prova contra a dupla serão imagens gravadas pelos próprios detidos. Segundo o delegado, na câmera dos jovens havia ainda imagens da ação de protestos no Rio de Janeiro e em São Paulo. Na filmagem realizada na segunda-feira, segundo o delegado, é possível ouvir a estudante incentivando a depredação.

Segundo a polícia, Humberto participou de protestos violentos no Rio de Janeiro. Em seu perfil no Facebook, se apresenta como Humberto Baderna. Há imagens dele em outras manifestações.

A polícia faz a parte dela e encaminha para a Justiça. Se acaso a lei admite a liberdade ou pagamento de fiança isso é questão da lei”, afirmou. “Eu entendo que não vão ser liberados. Pelo material que temos em mão, seria uma decepção eles irem para a rua”, disse.

Na tarde de quarta-feira (9 outubro) a “justiça” do estado de São Paulo “concedeu” relaxamento de prisão a Humberto e Luana.

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> Um alerta à todxs que se rebelam … que não cultivem provas contra si próprixs <

Não tem flagrante porque a fumaça … não facilite para nossos inimigos.

Pela expansão da revolta que viva a anarquia !!!

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