Recebido no email:
endereço e contatos: https://feriaanarquistamvd.wordpress.com
Confirmem a sua presença!
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Estamos passando por um momento em que se falam muito de prisões políticas no Brasil, principalmente na nossa cidade, o Rio de Janeiro. Para nós, toda prisão é uma prisão política, atualmente temos ouvido muito essa frase, mas discutimos muito pouco o que ela realmente significa. Gostaríamos de aprofundar as questões relacionadas ao cárcere dentro da nossa sociedade e entre nossas companheiras e companheiros. Por isso, convidamos todas as pessoas a participarem das atividades da semana internacional em solidariedade axs presxs aqui no Rio de Janeiro, de 23 a 30 de agosto.
Essa data não foi escolhida por acaso, no dia 23 de Agosto de 1927, Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti foram executados como parte de uma campanha anti-anarquistas do governo americano. Ano passado, vários coletivos “Cruz Negra Anarquista” se reuniram para chamar uma semana de solidariedade internacional axs presxs anarquistas. Essa semana foi pensada para dar visibilidade e apoio internacional à essxs anarquistas sequestradxs pelo Estado, além de discutir questões relacionadas à prisão. Nós, da Cruz Negra Anarquista, queremos participar desse evento internacional organizando atividades aqui no Rio de Janeiro. Queremos sim dar apoio axs nossos companheirxs de luta que se encontram presxs de qualquer forma hoje (detentas, foragidas, respondendo à processos onde riscam anos de prisão, etc.), mas gostaríamos também de discutir a própria existência das prisões. Para nós, toda prisão é uma prisão política porque cometer um crime significa fazer algo que vai contra as leis que o Estado impõe. Quem dita as regras é o Estado, e quem decide quem vai para a cadeia ou não também é ele. E como o Estado defende somente os interesses de uma determinada classe social, no Brasil a maioria das pessoas que vão para a cadeia são negras e pobres. Isso não é por acaso…
Pior ainda é a situação dxs presxs indígenas. Elas não são nem repertoriadas nos cadastros das prisões. No Brasil, a justiça diz que não existem presxs indígenas. No entanto sabemos que uma parte da população carcerária do norte e do nordeste têm origem indígena. Essas pessoas também são vitimas de exclusão e racismo e acabam indo muito mais para a cadeia. Uma das ideias da semana é falar de presxs indígenas, um assunto muito pouco explorado no pais.
A partir do dia 23 de agosto teremos varias atividades em lugares diferentes, como debates, filmes, muralismo, teatro, shows e muito mais. Nos dias 28, 29 e 30 de agosto queremos fazer um encontro com companheiras de outros estados e países. Esse encontro sera no CESAC (Centro de Etnoconhecimento SocioAmbiental Caiuré). Haverá um local para dormir e cozinha coletiva durante os três dias de encontro. Todas e todos estão convidadxs, desde que não sejam pessoas que tenham atitudes racistas, homofóbicas, machistas, normativas, ou de cunho autoritário e fascista.
Quem quiser propor outras atividades é só escrever para nós. A Programação ainda está aberta e gostaríamos muito de receber sua contribuição. Aqui vai a primeira proposta de programação.
Nos vemos em breve!
Mandado ao email:
“NÃO ESQUECEREMOS! – Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzzetti”
No dia 23 de Agosto de 2014, completará 87 anos da morte de Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti; o assassino de ambos trabalhadores italianos foram os Estados Unidos da América. Forjando documentos e provas, munidos de uma jurisdição xenófoba e conservadora, condenaram os dois a cadeira elétrica. A metodologia de criminalização do Estado, especialmente aos anarquistas, não é uma novidade. Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti não foram os primeiros a perderem sua vida e liberdade diante da justiça burguesa.
No Brasil, a ação de repressão aos movimentos sociais ocorre principalmente no início da República velha e o começo da consolidação do Estado brasileiro. Diante da política de branqueamento social e da abolição da escravidão, imigrantes de outras partes do Mundo chegavam nos principais portos do país. Dentro de suas bagagens, além de sonhos e esperanças de uma vida melhor, traziam a experiência histórica da classe operária europeia. A realidade apresentada no país foi o oposto do esperado, e perante esta situação, começaram a organizar sociedades de resistência. As manifestações proletárias evoluíram de forma crescente até irromper na Greve Geral de 1917. A repressão acompanhou *pari passu* esta evolução. Invasões de sedes de sindicatos, infiltrações de policiais em reuniões, torturas, prisões, deportações, exílios e mortes eram constantes no país. O Estado novo varguista deu continuidade a metodologia de repressão, perseguindo os anarquistas que agora se organizavam principalmente nos Centros de Cultura Social, após a integração dos sindicatos ao Estado, da criação do Ministério do Trabalho, e da CLT. O Estado de Bem Estar começava a se modelar, imitando a ideia de Mussolini na Itália fascista. Mais adiante, o período mais marcante da repressão brasileira: A ditadura civil-militar. Sob a orquestração da CIA, montando um pânico generalizado no país a respeito de uma “ameaça comunista”, os militares juntamente com a instituição estadunidense deram um golpe de Estado que perdurou por mais de 20 anos.
De 1964 a 1988, militantes de várias organizações sociais, desde a igreja a partidos políticos, foram espancados, torturados, dilacerados moral e psicologicamente, mutilados, abusados, perseguidos e mortos. Em 1988, no entanto, com o fim da abertura política e com a eleição do primeiro presidente civil desde 64, dá-se início à “democracia”, sob a esperança de liberdade política, e o fim das repressões. Enganaram-se. Em 26 anos, a democracia brasileira, para os movimentos sociais nada mais é do que o acúmulo prático de 126 anos de sufocamento das lutas e intenções dos que desejam um mundo pautado na justiça e igualdade social, isto é, desde à constituição da república à democracia burguesa. Em junho de 2013, um levante popular marca um novo ciclo de lutas sociais no país.
A autonomia, o classismo, a combatividade e a cooperação mútua são características não somente da maioria dos movimentos sociais atuantes na onda de protestos que perdura até o momento, mas também os princípios organizacionais dos trabalhadores estrangeiros que aqui desembarcaram na Primeira República: O anarquismo. E assim como os Mártires de Chicago, Nicola Sacco, Bartolomeo Vanzetti, e tantos outros que foram presos ou mortos no esquecimento, o Estado continua massacrando os que lutam; sua repressão se estende ainda às periferias, em todas as cidades do país e do mundo, pois a intenção de qualquer Estado, é se manter intacto, nem que seja preciso enganar toda uma população. Em meio a prisões políticas, torturas, e demais meios de coerção apresentadas pelo Estado brasileiro, assim como um ato em solidariedade a todos os povos que sofrem com a repressão em seus Estados e países, e apoio permanente axs pres@s polític@s desde as manifestações de Junho de 2013, o GEAPI – Grupo de Estudos Anarquistas do Piauí constrói uma roda de debates chamada “NÃO ESQUECEREMOS! – Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzzetti”, em vista dos 87 anos do homicídio de ambos os anarquistas. Será realizado no dia 16 de agosto de 2014. A programação será a seguinte:
• 08h30 – [Palestra] A vida pela liberdade: Nicola Sacco & Bartolomeo Vanzetti;
• 09h30 – Exibição do Filme “Sacco & Vanzetti”. (Por volta das 11:30h, faremos uma pausa para o almoço e retornaremos pela tarte).
• 14h30 – [Palestra] Repressão e criminalização dos movimentos sociais: Ontem e hoje.
• 16h – Reunião Pró-Comitê Popular de Auxílio axs Pres@s Polític@s. O evento ocorrerá no Auditório da Universidade Estadual do Piauí, é aberto para tod@s @s interessad@s a contribuir e conhecer. Entrada franca.
“Primeiro levaram os Black Blocs, Mas não me importei com isso, eu não era Black Bloc. Em seguida levaram alguns Anonymous,Mas não me importei com isso, eu também não me intitulava como Anonymous.Depois prenderam os militantes de grupos sociais,Mas não me importei com isso porque não me associei a ninguém.Depois agarraram manifestantes comuns, Mas como não saí as ruas também não me importei.Agora estão me levando, mas já é tarde. Como eu não me importei com ninguém, ninguém se importa comigo*”.
C o n t a t o s E-mail: geapi.phb@riseup.net Site: http://anarquia-pi.blogspot.com.br/
Retirado de CNA-RIO
Nota da CNA POA
Achamos que a informação sobre o que acontece no RIO é muito importante. Se bem os companheirxs foram liberados com o recurso de habeas corpus, elxs ainda tão sendo processados e desenrolar todo o que aconteceu com eles sempre ajuda para uma maior segurança. Só olhando bem os erros, as fraquezas podemos nos posicionar em uma confrontação menos desigual contra a repressão e a sociedade carcerária que dia-dia é mais grande. agradecemos a companheirx que mandou a informação com a que contamos agora. Força a para xs que resistem e combatem! Atualização da informação sobre Rio de Janeiro e alarme pelas colaborações com a policia. No dia 23 de Julho o habeas corpus foi novamente concedido (após das apelações contra o primeiro habeas corpus), xs cinco que ainda estavam presxs foram soltxs e xs foragidxs puderam voltar, assinando termos de responsabilidade com determinações como a proibição de sair do Rio de Janeiro, entregarem seus passaportes para a ‘justiça’, comparecerem ao tribunal quando foram chamadxs, etc..A maioria das pessoas presas fazem parte de organizações formais e com alta visibilidade, como a OATL (Organização Anarquista Terra e Liberdade) e o MEPR (Movimento Estudantil Popular Revolucionários – que é maoista, entre outras e tão sendo acusadas de organização criminosa, depredação, porte de artefato explosivo, corrupção de menores, de serem pontes entre organizações sindicais (dsx pofessorxs, rodoviárixs etc)e os atos/manifestações, incitação ao crime, destruição de 500 ônibus na greve dxs rodoviárixs, etc, mas principalmente de serem xs mentores das manifestações violentas. Na saída dxs prexs em Bangu teve treta com a mídia, algunxs compas tentaram impedir xs abutres-jornalistas de seguirem com o circo, o que acabou dando mais munição para a argumentação de que se tratam de marginais perigosxs e violentxs.. No meio dessa merda toda, ficou se sabendo alguns nomes, de delatorxs, uns desconhecidxs, outrxs que foram bem próximos, pessoas que faziam parte das mesmas organizações incriminadas deram vários nomes e “funções”… Fora disso, a maioria das pessoas que foram denunciadas e presas também estavam com o telefone grampeado, e, mesmo com outras pessoas falando sobre cultura de segurança, deram moles gravíssimos, e acabaram botando pessoas que sim se preocupam com sua segurança, na reta das investigações. A repressão e a caça da bruxas ainda se vive no Rio, informar para não ser cumplices da policia é importante assim como a solidarizar e a firmeza contra a policia.
“A traição, a delação, a difamação não podem ganhar espaço em nossos espaços autônomos, em nossas individualidades por isso mesmo é preciso ataca-las, discuti-las, saca-las na luz e elimina-las para que não se repitam. Ao deixar passar por alto esse tipo de atitudes estamos endossando as mesmas.”
Na sexta-feira, 4 de Julho de 2014, como muitxs já saberão, foi comunicado axs nossxs compas, Mónica Caballero e Francisco Solar, através de um Ato de Processamento do juiz de instrução do Tribunal Nacional, que finalmente seriam processadxs por terrorismo.
Para além disso, teriam de prestar declarações na semana seguinte, na sexta-feira, 11 de Julho, no Tribunal Nacional de Madrid. Assim, no começo da semana da declaração, foram transferidos para Madrid: Mónica para a prisão de Soto del Real e Francisco para a de Navalcarnero. Ao que parece, a declaração foi um mero formalismo, já que nem sequer se encontrava presente o juiz de instrução que leva o processo avante, apenas um secretário judicial.
Hoje (sábado, 26 de Julho) Mónica continua em Madrid à espera de ser transferida novamente a Brieva (Ávila) onde se encontra há meses. Francisco chegou na quinta-feira a Villabona (Astúrias) depois de ter passado, desde segunda-feira, por três prisões (Valdemoro em Madrid, a CP de León e a prisão de Teixeiro na Galiza).
Sabemos que os recursos que as advogadas apresentaram contra o Ato de Processamento foram subestimados pelo juiz e que se encontram em fase de apelação.
Se alguém estiver interessado em saber mais acerca da situação dxs compas:solidaridadylucha@riseup.net
Aproveitamos para fazer eco da convocatória a partir de diversos colectivos de solidariedade com presos e presas anarquistas de diferentes partes do globo. Trata-se de uma semana de solidariedade de 23 a 30 de Agosto (recordando que a 23 de Agosto foi a data de execução nos Estados Unidos dos anarquistas italianos Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti):
“Dada a natureza e a diversidade dos grupos anarquistas em todo o mundo, propomos uma semana de ação comum, em vez de uma única campanha num dia específico, tornando mais fácil para os grupos poder organizar um evento dentro deste período. Por isso, chamamos a todxs para divulgar a Semana Internacional dos Presos Anarquistas entre outros grupos e comunidades, bem como a pensar sobre a organização de eventos na sua cidade ou região. As atividades podem variar em rodas de informações, projeções de filmes, concertos de solidariedade até ações diretas. Deixe a sua imaginação correr livre.
Até que todxs estejam livres!”
Mónica Andrea Caballero Sepúlveda*
Ávila-Prisión Provincial
Ctra. de Vicolozano s/n Apdo. 206
05194 Brieva (Ávila) – Espanha
Francisco Javier Solar Domínguez
C.P. de Villabona Finca Tabladiello
33480 Villabona-Llanera (Asturias) – Espanha
* Embora acreditemos que Mónica seja transferida, de novo, para a prisão de Brieva, durante os próximos dias, à data deste texto a compa encontra-se todavia em Madrid.
Retirado de CNA-RIO:
No dia 12 de julho, na véspera da final da Copa do Mundo, a Polícia do Rio de Janeiro prendeu 19 ativistas, sob a justificativa de que elxs teriam participado de atos “violentos” nas revoltas do ano passado e de que estariam planejando outras ações na manifestação da final da Copa do Mundo. No total cerca de 60 mandados de busca e apreensão e de prisão temporária foram expedidos contra pessoas acusadas de participar de movimentos sociais, os mandatos eram de 5 dias de prisão preventiva. Desses 60 mandados, 23 foram cumpridos, e 4 pessoas conseguiram escapar do sequestro da policia.
Xs ativistas foram levados à Cidade da Policia no Rio de Janeiro, um grande complexo de delegacias construído para dar conta da repressão àquelxs que contestam os mega-eventos e a lógica da cidade mercado. Nesse grande complexo se encontra a DRCI, Delegacia de Repressão aos crimes de Informática, que desempenha atualmente o papel da histórica Delegacia de Ordem Política e Social, a famigerada DOPS criada em 1924 para reprimir xs anarquistas, utilizada principalmente durante o Estado Novo e mais tarde no Regime Militar de 1964, com o objetivo de controlar e reprimir movimentos políticos e sociais contrários ao regime no poder. Em seguida foram todxs encaminhadxs para o complexo penitenciário de Bangu.
Alguns dias depois foi concedido um habeas corpus que libertou 18 dos ativistas que estavam presxs. Logo em seguida, a justiça decretou novamente a prisão dessas 18 pessoas, que até agora conseguiram escapar da farsa judiciaria. Camila, Igor e Elisa continuaram presxs até o dia 23, quando foi concedida liberdade provisória à todxs. Mais prisões podem surgir daqui pra frente e xs ativistxs perseguidxs pelo Estado estão passando por difíceis momentos perante a criminalização, podendo ainda ser condenados. A Polícia afirmou que as prisões são baseadas em investigações que vem ocorrendo em segredo de justiça desde Setembro contra a Frente Independente Popular (FIP), black blocs e outros grupos de ativistas, acusados de formação de quadrilha. A metodologia da polícia é o monitoramento, e a quebra do sigilo e da privacidade das pessoas.
O estado que fez mais presas e presos políticos no Rio pra que pudesse ocorrer uma partida futebol é o mesmo estado que fecha escolas, que mata nas favelas e que fez a Copa. Com essas prisões o Estado brasileiro escreveu mais uma página em sua história, foi o dia em que todas as máscaras caíram, nem só a do Estado, mas também de partidos e grupos que o querem como ele é, que participam dessa tal democracia, dessa tal representatividade parlamentar. Neste dia o Estado disse com todas as letras “GUERRA CONTRA O POVO”, não de forma subliminar, mas pra quem quisesse ouvir. Nas favelas já se sabe disso há muito tempo, as marchas de junho/julho de 2013 também tentaram avisar, mas dessa vez foi em horário nobre e com todas as letras. Onde toda a população viu que o mesmo Estado que cria as leis às rompe quando bem entende, assim como sempre fez com a população pobre e negra durante toda a história de genocídios do Estado brasileiro.
Convidamos à todxs a organizar ações em solidariedade xs presxs da Copa em sua cidade. Não podemos nos calar diante da terrorismo de Estado do governo brasileiro e da ditadura da FIFA. Todos sabem da importância das revoltas em massa que ocorreram no Brasil desde junho de 2013 até agora, pois foram um marco na história desse povo, um momento de ruptura com as estruturas vigentes, um grito de basta para diversas opressões e violências históricas contra o povo. As forças de repressão querem a todo custo conter a indignação da população amedrontando xs ativistxs por meio da perseguição, querem retomar o controle e conformar as pessoas à voltarem a miséria da vida cotidiana e para isso estão dispostas a jogar na cadeia todxs aquelxs que não recuarem nessa luta. Nossxs companheirxs precisam de todo o apoio para vencermos mais essa batalha e se manterem nas ruas, nas assembléias e na mobilização popular.
Nenhum passo atrás! Ninguém fica pra trás! Pelo fim imediato das perseguições!
Para mais informações sobre o caso: https://cnario.noblogs.org/presxs-na-final-da-copa/
Nota de Cumplicidade:
Não queremos ficar repetindo as nossas diferenças de ideias e práticas com o que propõe, nesse texto, a OATL, já se fizeram evidentes em outras ocasiões. Porém, os momentos que muitas pessoas que lutam estão enfrentando são momentos onde o silencio não cabe… Não se trata de pedir a “legitimação” da existência da anarquia para o governo, como se fosse algum partido político, mas sim, ressaltar e entender como operam os mecanismos de controle e perseguição que o Estado põe em marcha com tal de proteger a sua soberania. Dentro de tudo, sabemos que se o Estado se sente tão ameaçado como para mandar perseguir “ativistas” e “manifestantes” é que de alguma forma ou outra estamos criando nossa historia, uma historia na qual um Estado com os policiais supostamente mais trenado de latino-america se sente ameaçado por ideias que brotam pelas ruas de diversas cidades de um território controlado e colonizado pelo estado brasileiro. Outros mundos não cabem na perspectiva do Estado, isso, esta claro desde a chegada sangrenta dos portugueses nessas terras. O único caminho para uma vida diferente é o conflito permanente… Não buscamos aceitação, nem legitimação dos movimentos sociais por parte do Estado brasileiro, buscamos a sua destruição…
Nos vemos nas ruas…
Força axs perseguidxs e processadxs que seguem lutando enfrentando as consequências de uma postura em conflito contra o sistema!
Retirado de Autogestao
São tempos duros, companheirxs. É difícil encontrar as palavras que transmitam a nossa indignação frente às absurdas prisões políticas dxs lutadorxs, iniciadas no último 11 de julho.
Onde um Estado cujas palavras de ordem são a arbitrariedade e a violência, e onde a Lei é a inconstitucionalidade, para nós, que nunca acreditamos na Justiça burguesa, o que nos fortalece é o apoio mútuo e as redes de solidariedade axs presxs, foragidxs e aos seus familiares que se formaram em vários setores da sociedade civil. É urgente que façamos uma campanha anticarcerária nacional e forte, contra a criminalização dos movimentos sociais, dxs lutadorxs e das organização da classe trabalhadora, como também pelo fim imediato de todos os processos e inquéritos.
Para muitos é uma surpresa assustadora que o momento de maior repressão política desde a instauração do AI-5 se dê no governo do PT. Para nós isso não é uma surpresa, é apenas a consequência lógica do jogo estatal, quem aceita fazer parte da farsa eleitoral, automaticamente se coloca ao lado dos torturadores. Um exemplo é o atual secretário de segurança pública do Rio, que era agente infiltrado da ditadura no movimento estudantil e, assim como todos os torturadores e outros crápulas do regime, continuou seu trabalho sem grandes mudanças sob o dito regime democrático. A farsa da redemocratização está escancarada, a mesma PM que matava em na ditadura civil-militar é a que mata hoje, que é a mesma que matava na ditadura varguista que é a mesma que matava com Arthur Bernardes, que é a mesma que caçava escravos fugitivos e índios rebeldes. A repressão não surgiu em 64 e não acabou em 85.
Nos marcos desse exemplo histórico de caçada aos movimentos reais de luta do povo, hoje as organizações anarquistas voltam a ser criminalizadas, como foram desde o acenso do movimento operário anarquista brasileiro, na década de 1920. Xs anarquistas sempre estiveram organizadxs atuando como fomentadorxs da luta do povo, desde os lugares de trabalho e moradia, contra o extermínio do Estado e contra exploração de classe. Nós anarquistas éramos e somos um perigo para o poder constituído, pois defendemos a negação deste – o poder popular -, que não é obra de líderes, mas sim de um trabalho árduo e contínuo de mobilização e de luta ao lado do povo, incentivando sua ação direta e sua organização revolucionária contra o Estado e por um mundo novo, justo e livre. É essa a Justiça que queremos, a que o povo faz na sua luta, onde o povo decide e onde ninguém fica para trás. O poder popular nega o Estado e constrói toda a organização social de forma federativa e de baixo pra cima, toda propriedade é coletivizada e o povo reparte entre os trabalhadorxs o fruto de seu próprio suor. Sem patrões, políticos enganadores, corruptos ou corruptores, sem depender dos mandos do capitalismo financeiro global. Carregamos um mundo novo em nossos corações e com Terra e Liberdade nós construiremos a Comuna Popular do Rio de Janeiro.
Nos termos do Estado burguês, isso é um absurdo e por isso a perseguição ao anarquismo é necessária. É preciso marcar a carne de toda uma geração com a passividade que eles tanto prezam, amedrontar a juventude combativa com prisões « exemplares ». Mas, nós atingimos a espinhal dorsal da reação, na sua crença de que não há saída para a política, para nossas condições materiais e sociais. O levante popular de 2013 levou ao desespero todxs aquelxs que buscam manter a ordem atual, trazendo consigo uma nova materialidade política, novas lições estratégicas, novas possibilidades de vitória.
Solidarizamo-nos a todas as organizações e lutadorxs que estão sendo criminalizadas por meio desse sádico espetáculo policial-midiático, pois sabemos que o objetivo de toda essa perseguição é reprimir a quem luta e quem acredita que é preciso dar um BASTA à exploração de classe e a todas as opressões. Perseguem-nos porque denunciamos o papel nefasto que cumpre as polícias, porque estamos cansados de ser esculachados perdendo casa, escola, hospital para que meia dúzia de capitalistas lucrem durante os dias de Copa do Mundo!
Xs militantes da OATL têm participado, a cada dia, da organização do povo. E sabemos que não somos só uma organização! Somos o povo revoltado, somos o povo que não vai se calar! A OATL estará na rua, porque o povo estará. Não tem Estado ou Burguesia que possa conter a legítima revolta do povo, pois eles mesmos provocaram essa revolta! A longa experiência amarga do povo fez com que ele mesmo criasse suas armas de autodefesa e resistência. A ação direta, as ocupações, as comunas, as greves e os atos de rua não foram invenção dos anarquistas, mas do povo em luta contra as opressões. Não somos nem nunca desejamos ser os responsáveis pela revolta popular, somos mais um na multidão indignada.
É intolerável que deixemos passar o terrorismo de Estado que mata todos os dias o povo negro e com a mesma brutalidade se volta contra xs lutadorxs sociais. Estamos ao lado do povo! Criminosas são as leis que defendem os inimigos da classe trabalhadora. A criminalidade está na cor que colore nossos corpos, negros na pele, negros na bandeira, negros no coração. Quadrilha armada é o Estado e o Capital que se utilizam de métodos fascistas de controle de nossas vidas com escutas, agentes infiltrados e quebra de privacidade das comunicações, perseguição, coação e tortura aos familiares dxs presxs e foragidxs! Os crimes quem os comete são as grandes corporações de mídia, os governos federal, estadual e municipal! Não se pode criminalizar um povo que se rebela e se organiza contra a exploração e a opressão de todos os dias. Não se pode criminalizar a justa revolta do povo!
E frente a toda essa ofensiva repressiva, concluímos que o único crime é NÃO LUTAR! É preciso que nós tomemos novamente as ruas! A pressão popular é fundamental para desarticular a máquina repressiva do Estado, denunciar o espetáculo forjado pelas grandes mídias para confundir-nos, alienar-nos e convencermos de que a luta não leva à mudanças. Convoquemos nossas organizações, coletivos, órgãos de base, grêmios, equipes esportivas, grupos de advogadxs, associações de bairro e toda a sociedade civil. Publicizemos nosso apoio, denunciemos o terrorismo de Estado e, sobretudo, saiamos às ruas!
LIBERDADE PARA TODXS PRESXS E PERSEGUIDOS POLÍTICXS!
FIM DOS PROCESSOS POLÍTICOS!
NINGUÉM FICA PRA TRÁS!
Nota de Cumplicidade:
Decidimos publicar um texto retirado do site de contrainfo Autogestao junto com a reivendicação de um ataque a uma sede de um canal televisivo em Atenas, como uma maneira de conectar dois mundos em luta… Esperamos que a práxis do Núcleo de niilista possa ser uma impulsão para algumas individualidades a pensar a destruição física e material dos símbolos ( e não somente símbolos) do poder não somente como uma possibilidade, mas como uma necessidade latente à continuidade da luta contra o Estado-Capital nas terras dominadas pelo estado brasileiro.
Contra o espetáculo criado pela mídia burguesa
Desde de sempre, sabemos que a mídia burguesa desempenha um papel importantíssimo na manutenção de nossa alienação cotidiana, criando fatos, nos conduzindo a pensar de certa forma entre outras coisas. Desde do começo dos levantes do ano de 2013, a mídia burguesa cumpriu um papel fundamental na criminalização da população nas ruas. Junto com alguns partidos políticos e com organizações que tremiam ao ver a revolta do povo, a mídia criou termos para separar a população, como dividir os manifestantes em pacíficos e não-pacíficos, forjou líderes e ideias, que na verdade nunca existiram, tentando de todas as formas criminalizar a população que estava nas ruas.
Agora, no ano de 2014, a mídia burguesa cria seu novo espetáculo. Com a criminalização de anarquistas e dos movimentos sócias a mídia, de maneira canalha, forja informações. Criando lideres, e transformando manifestantes em monstros, a mídia burguesa ajuda ao estado a criar todo o aparato para criminalizar e sequestrar as companheiras que lutam todos os dias por igualdade social, contra o racismo, contra a lesbo-homo-transfobia, que constroem vestibulares sociais, que lutam para destruir todas as opressões que o estado e o capital nos oprime todos o dias.
O espetáculo midiático cria uma imagem fictícia de nossas companheiras, endeusando assassinos que matam nas favelas todos os dias e criando uma atmosfera de medo para tirar a população das ruas. A Globo e outras emissoras e jornais trabalham para a população rica e desempenha um papel exencial para que os ricos se mantenham explorando e nos escravizando.
Contra a midia burguesa e todos seus espetáculo.
Pela Libertação de Rafael Braga Vieira e todas as pessoas perseguidas pelo estado!!!
Atenas: Ataque com granada à sede do canal de televisão SKAI
Babacas-caguetes-jornalistas
“o meios de comunicação de massa são para a democracia o que são os tanques para a ditadura.”
Os “núcleos de niilistas” assumimos a responsabilidade pelo ataque com granada da sede central do canal de caguetes SKAI, no sábado, 12 de julho, na madrugada.
Na era do imperio dos mass merda se escrevem muitas coisas para dizer somente umas poucas e esconder a maioria. Os jornalistas se apresentam como os únicos donos da verdade. O que não aparece nas camaras de televisão, simplesmente não existe. Se apaga… se silencia… se cala…
Tal como passou com a greve de fome maior (4500 presos) que se realizou nas prisões gregas contra a lei pela construção de prisões de máxima segurança. A noticia dessa greve de fome sem precedentes foi escondida entre as publicidades de celulares, detergentes, maquinas elétrica e os ritmos festeiros da copa do mundo, para que acabe fragmentada, esmagada e finalmente silenciada por completo.
A luta dxs presxs para que nao se enterrem e não se esquecem como mortos viventes dentro de toneladas de cemento e grades parece que não encaixa na narração televisiva da vida. Ai, onde a mentira constrói seus bastiões ideológicos, o único que cabe é o medo e o abobamento da sociedade do espetáculo. As imagens das pessoas que buscam a comida entre o lixo se alternam espetaculares desfiles de moda e galas de caridade, enquanto a noticia do suicídio de Miles de neo-desesperados ex pequenoburgueses se esquece sob a ressonância das fofocas do lifestyle, num sem fim negocio televisivo de afasia social… E a vida continua fora da tela, num fundo branco e preto. Uma maneira de pensar massiva e sentimentos com instruções de uso… essa é a fabrica social dos meios de comunicação massiva.
SKAI com seu time jornalístico de lacaios e caguetes esta exercendo a propagando do conservatismo e do medo. Solteronas sagaçes (I.Mandrou), submissos conselheiros (A. Portosalte), agentes de serviços de informações (Papahelas), nojentos lambebotas (G.Aftias), recém chegados pretensiosos cobardes (T.Chatzis), banqueiros histéricos (M. Papadimitriou), todos sob a guia do contrabandista Alafouzos (dono do canal) elogiam e santificam as ordens do Poder, mandando a Inquisição a qualquer que se atreva a lhe desafiar.
Podríamos gastar miles de palabras para los pagados tele-fiscales. Pero ninguna oveja se salvó balando. En el combate contra lo existente no vence quien habla “mejor”, sino quien transforma sus palabras en praxis. Por eso a nosotrxs no nos gustan los discursos decorados, los análisis complejos, la retórica social y la aparentemente seria terminología política para “justificar” nuestras acciones o para ser agradables a las masas.
Poderíamos gastar milhares de palavras para os pagados tele-fiscais. Mas nenhuma ovelha se salvou balindo. No combate contra o existente, não vence quem fala “melhor”, senão quem transforma as suas palavras em práxis. Por isso, nós não gostamos dos discursos decorados, as análises complexas, a retórica social e a aparentemente seria terminologia política para “justificar” nossas ações ou para sermos agradáveis às massas.
Estamos com a minoria de aquelxs a quem não lhes importa as condições objetivas e as etapas intermédias da “revolução social”, e levamos a experiência direta da insurreição anarquista no aqui e agora…
Desde o filo da navalha, onde buscamos a experiência verdadeira do ataque, enviamos nossos abraços e expressamos nossa cumplicidade com os compas do núcleo de prisão da Conspiração Células do Fogo, com Andreas Tsavdaridis e Spyros Mandylas que se encontram no modulo A da prisão de Koridallos, com a compa Olga Economidou da CCF, e com todxs aquelxs amigxs dentro das prisoes que nao se ajoelham diante da tirania do Poder e o desgaste do tempo. Solidariedade e força ao sector em clandestinidade da CCF, axs compas na Alemanha, Itália, Indonésia, Inglaterra, que reforçam ao “projeto Fénix”, à rede internacional da FAI/FRI e ao guerrilheiro urbano Christodoulos Xiros, que esta em busca com uma recompensa pela sua cabeça.
Pensa revolucionariamente, atua ofensivamente
Núcleos de Niilistas
PD (1). A presencia de alguns pedestres que por casualidade passavam pelo lugar e o perigo que se ferissem nos obrigou a não ampliar o ataque como tínhamos organizado e nos limitamos na ousadia dessa granada… A próxima vez não nos limitaremos a um simples simbolismo de assustamento…
PD (2). Cada arresto de guerrilheiros urbanxs, como o de Nikos Maziotis, é uma razão mais para a aguçação dos ataques. Força e cumplicidade com xs compas que assumem a responsabilidade política da luta armada.