RJ: Nota sobre a situação da Aldeia Maracanã

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Nota de Cumplicidade:

No dia 15/12 a aldeia Maracanã, ocupação indigena urbana no Rio foi desalojada, faz dois dias, os indigenas moradores reciberam um documento dizendo o desalojo não tinha mandato e que aquela terra era de posse do povo originário. Recopilamos aqui varias noticias e atualização do site Autogestão. Mandamos uma força solidaria para xs moradores e solidarixs à aldeia Maracanã!

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Retirado de Autogestão:

No Domingo, dia 15/12, a polícia tentou invadir a ocupação Aldeia Maracanã, porem com esta se encontrava com bastante apoio, pois o encontro da F.I.P. (Frente Independente Popular) estava ocorrendo no local e, junto com os moradores, ajudaram na resistência, não deixando que o desalojo ocorresse.

Hoje (dia 16/12)  pela manhã, em um esquema de guerra contra a população,foi fechada a Radial Oeste e o Choque preparou o despejo. Cerca de 20 companheirxs foram detidos e levados para a 18 DP que se encontra na Praça da Bandeira.

Pedimos a todxs que apareçam na delegacia para que façamos peso para libertar nossos companheirxs!

Aldeia Maracanã Resiste!!!! Viva a resistência indígena!!!

Toda a solidariedade e força necessária! Aldeia Maracanã Resiste!!!

Hoje, dia 16/12/2013, mais uma vez, vimos a ação violenta do Estado. A ocupação indígena Aldeia Maracanã foi desalojada.

Mais uma vez a população indígena e popular e massacrada pelo poder do capital e deixada sem sua terra, seu teto, seu lar. Xs companheirxs foram presos e levados para 16 D.P. onde apoiadores da ocupação se encontram na porta, para dar o apoio necessário, porem, continuamos sem mais informações, e fazemos o apelo para todxs que se puderam somar na porta da delegacia seria de grande ajuda.

VIVA A RESISTÊNCIA INDÍGENA !!!

CONTRA O ESTADO E O CAPITAL!!!

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Após a retirada truculenta do Indigena Urutau Guajajara da arvore da Universidade Indígena Aldeia Maracanã, que ontem foi de forma ilegítima desocupada, Apoiadores como um todo, O ATL e Indígenas okuparam a reitoria da UERJ. O reitor recebeu uma comissão formada por alunos, professores e funcionários da Universidade que exigiram seu posicionamento perante que ocorrera ao lado da UERJ. E Como forma de pressão popular a UERJ está ocupada. -Posicionamento oficial da reitoria(UERJ) quanto ao despejo arbitrário da Universidade Indígena Maracanã; -Assistência aos alunos e professores da Universidade Indígena Aldeia e UERJ; -Convite Oficial para o encontro da resistência indígena, que acontecerá no dia 18/12/13 na concha acústica, às 7h.

Aldeia reocupada, todo o apoio é bem vindo.

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No dia 23/12/2013 os indígenas moradores da Aldeia Maracanã, que havia sido despejada à alguns dias, receberam um documento dizendo o desalojo não tinha mandato e que aquela terra era de posse do povo originário.

Ao receber este documento os moradores e apoios se dirigiram para porta da Aldeia onde foram barrados pelo batalhão do choque que afirmou que deveria haver um promotor para fazer tal reintegração. Após irem na aos locais onde os polícias disseram que deveria ir para a retirada das tropas e a entrada dos moradores o Comandante do Batalhão de Choque Paulo Alvez declarou que agora o documento deveria ser entregue para o Batalhão da Polícia Militar. Enquanto alguns moradores foram até o Batalhão para resolver o problema, o mesmo comandante se dirigiu ao resto das pessoas que estavam na porta da Aldeia para dizer que só poderia pegar os pertences que estavam dentro do prédio e após pegar deveriam ir à delegacia para dar baixa nos pertences.

Após protocolado o documento no Batalhão da Polícia Militar, o choque se negou a sair dizendo que estavam lá cumprindo ordens e defendendo o patrimônio, no caso o prédio. Visto isso os indígenas reivindicaram o terreno o que também foi negado.

Passado algumas horas uma moradora resolveu pegar seu pertence sem ter que ir a delegacia, o que foi permitido pelos policias. A moradora voltou chorando pois a maioria dar coisas tinham sido quebradas, as barracas e alguns pertences queimados além de ter que ouvir, depois de reclamar com o policial o estado dos seus pertences, que este “odiava aquele lugar” e que ela deveria pegar suas coisas e ir embora de um local que, pelo documento que os moradores tinham em suas mão, pertence a eles. Ao sair indignada e falar para todxs do estado das coisas foi exigido que se pudesse entrar para filmar, o que após muita insistência foi permitido.

Enquanto um morador filmava o local, o soldado do choque Martins (O+) assediou verbalmente uma companheira se dirigindo a ela dizendo que gostaria que começasse a chover para que a blusa dela ficasse transparente, o que gerou mais revolta entre os moradores e apoiadores que foram exigir explicações do policial que respondeu se retirando de perto.

Os moradores e apoiadores continuam na porta da Aldeia exigindo a reintegração de posse e a saída da polícia militar de lá.

PELO FIM DA POLÍCIA!!!

PELO FIM DA COLONIZAÇÃO DOS POVOS ORIGINÁRIOS PELO HOMEM BRANCO!!!!

ALDEIA RESISTE!!!

 

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