Mandado no email:
Comunicado:
Companheiro está sob custódia por homicídio frustrado contra merda uniformizada
Às 23h40 da última sexta-feira (20 de dezembro), um grupo de aproximadamente 20 encapuzados realizou um corte [uma intervenção] de rua desde a Universidade de Santiago do Chile (USACH), especificamente na saída da rua Matucana com Romero. Uma vez que a polícia começou a se movimentar, um grupo se mobilizou até a entrada principal da universidade, na esquina da Alameda com Matucana, onde, além de cortar a rua principal, foram lançados diversos coquetéis molotov contra a árvore de natal que anualmente fica em frente do Shopping Estação Paseo. A ação foi reivindicada como um ataque ao consumo massivo que toma conta nas chamadas “festas de fim de ano”. Além disso, com o ato, também foram lembrados presos políticos e companheiros caídos na luta, entre eles Sebastián Oversluij.
Durante os distúrbios, um esquadrão das Forças Policiais Especiais [Carabineros] arremeteu contra os encapuzados, conseguindo deter nove deles. No dia seguinte, por volta das 14h e com um sala repleta de policiais (6 deles uniformizados) e jornalistas, foram formalizados os nove companheiros (em sua maioria de 19 anos) detidos por distúrbios graves. Eles foram defendidos por membros da Defensoria Popular Washington Lizana e Maria Rivera. Todos ficaram com “assinatura quinzenal”, exceto o companheiro Felipe Adasme Troncoso, de 19 anos e estudante de Química da USACH. Felipe foi formalizado por distúrbios graves, infração a Lei de Armas e Explosivos (por supostamente transportar 12 bombas de gasolina e uma faca) e tentativa de assassinato de um policial. Isto porque segundo declararam os esbirros, foi Felipe que, quando foi preso, esfaqueou o miserável das Forças Especiais que tentou abatê-lo e ficou levemente ferido. Devido a isso, Felipe está sob custódia, pelo prazo de duração do período de investigação.