Rio Pardo-RO: Duros enfrentamentos em consequencia do despejo de cerca de 400 familias

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Na pequena cidade de Rio Pardo, que já traz em sua historia recente um currículo de mortes, torturas e humilhações propiciadas pelos ataques do poder,numa região assolada pelo conflito agrário, onde inúmeras são as pessoas assassinadas por lutarem por poder viver e cultivar a terra como Maninho, Oziel Nunes, Oséas Martins, Dercy Francisco Sales, José Vanderlei Parvewfki, Nélio Lima Azevedo, Élcio Machado, Gilson Teixeira Gonçalves e Renato Nathan, no dia 13 de novembro um grande destacamento policial , composto por distintas forças policiais, alem da Força Nacional de Segurança, procede a desocupar uma área habitada a mais de 10 anos por mais de 400 famílias, pertencente a Floresta Nacional Bom Futuro , gente que tem sido alvo constante de torturas, humilhações e prisões arbitrarias. Diante de tal acúmulo, as pessoas que ocupavam este lugar se rebelaram reagindo à investida do poder com belíssimos e furiosos atos de revolta. Pontes foram derrubadas para impedir que se levassem as pessoas que haviam sido presas, uma viatura da Força Nacional em conseqüência disso, caiu em um córrego. Um carro e uma viatura da Força Nacional foram incendiados, um prédio em construção que seria a nova sede da policia militar também foi incendiado, as forças de segurança tiveram que bater em retirada, por serem incapazes de conter a rebelião neste dia. O asqueroso policial militar, Luis Pedro de Souza Gomes, que estava a serviço da Força Nacional, morreu em conseqüência dos ferimentos que sofreu durante os enfrentamentos.  Na manhã do dia 15 um comboio de 47 viaturas, da Policia Federal, Policia Rodoviária Federal, Força Nacional de segurança, Policia Civil, COE além de dois helicópteros do exército e ICMbio, num efetivo de 140 homens, adentrou a cidade; moradorxs foram interrogadxs a mira de fuzil, barreiras policiais impediram as pessoas de entrarem ou saírem do lugar , 10 pessoas presas durante o protesto foram levadas para o presídio de Pandinha, na capital Porto Velho.  Neste mesmo dia após as sessões de tortura, foi preso o camponês Eronildo Francisco de Paula, acusado de porte ilegal de arma de fogo. A população da cidade afirma que em meio aos enfrentamentos houveram incontáveis disparos de munição letal, ficando uma pessoa ferida.   Posteriormente a isso, no dia 25 de novembro, 14 camponeses foram presxs em um ataque repressivo da policia militar na fazenda Formosa, na mesma região.

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