Espanha/Chile/Grécia: Solidariedade ativa com Mônica, Francisco, Gerardo, Rocio e Valeria

Nota de Cumplicidade:

Desde as terras controladas pelo estado espanhol nos chegam turbulentas noticias de ação insurrecional de ataque e repressões dos guardiões do sistema de dominação. No dia 13 de novembro foram detidos em um apartamento cinco companheirxs em Barcelona Mônica, Francisco, Gerardo, Rocio e Valeria. Sendo acusadxs da ação com artefato explosivo contra duas igrejas (Pilar e Almudena), na Espanha, e envio de vibradores recheados com pólvora ao diretor de um colégio dos Legionarios de Cristo e ao Arcebispo de Pamplona. Mônica e Francisco são compas do Chile e estavam entre xs 14 acusadxs do afamado  e desmentido “Caso Bombas” que se desenrolou em 2010. Como vingança do Estado-Capital e por este passado xs dois estão sendo mantidos encarcerados e diretamente acusadxs. Já Gerardo, Rocio e Valeria não estão detidxs porem são obrigadxs a assiduamente apresentarem-se na delegacia para assinarem papeis. Por distintas regiões Chile, Grécia, Espanha solidarixs se agitam  com manifestações diversas, faixas e contra-propaganda nas ruas emanando a força da solidariedade ativa com nossos companheirxs atacadxs pelo poder. Publicamos a seguir informações sobre distintas atividades:

Grécia:

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Na 2ª feira, 18 de Novembro, alguns membros de Contra Info colocaram uma faixa na praça de Exarchia, Atenas, em solidariedade com os/as 5 compas detidos/as a 13 de Novembro em Barcelona, acusados sob a lei anti-terrorista, pelas ações reivindicadas pelo Comando Insurrecional Mateo Morral. Os/as compas, depois de os terem enviado de Barcelona a Madrid, passaram 5 días incomunicáveis até que ficaram à disposição judicial a 17 de Novembro, por fim. Depois disso Rocío, Valeria e Gerardo saíram en liberdade com cargos e retirada de passaporte, enquanto se declarou prisão preventiva sem fiança a Mónica e Francisco. A faixa diz: “Liberdade para os/as 5 compas detidos/as a 13/11 em Barcelona. Solidariedade e ação para além das fronteiras”. Da nossa trincheira contra-informativa enviamos toda a nossa força aos 5 compas perseguidos/as e fazemos uma chamada a que se multipliquem os gestos de solidariedade de facto.

Perante a repressão policial, inter-estatal e mediática, não estamos dispostos a dar nem um passo atrás.

Chile:

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Em frente à embaixada espanhola no Chile, às 13:00 horas de sábado, reunimo-nos cerca de 20 compas com faixas e gritos pela libertação de Mónica e Francisco, aprisionados pelo Estado espanhol. Antes, tinham-nos feito um controle de identidade e revistado os nossos pertences. Fomos recebidos, também, por um contingente que nos triplicava,  um carro blindado-lança gás lacrimogénico, um tanque lança-água, com  3 grupos móveis além de policiais em motos. Quando íamos embora, chegou a polícia de choque, para nos tirar as faixas e depois de uma ordem, se lançaram contra nós, tentando deter-nos. Foram 14 os detidos, levados primeiro à 19ª esquadra policiais e em seguida transferidos, de imediato, para a 33ªde Nuñoa “porque têm celas”. Foram violentamente espancados  3 dos companheiros e outro foi atropelado, por um policial de moto, afortunadamente ferido sem gravidade. Ás 7 da tarde foram postos em liberdade com uma notificação de multa por infração à lei de trânsito todos exceto um dos companheiros – ficou detido por ter um antecedente sendo levado no domingo, ao centro de justiça. Estaremos atentos/as, o mais provável é que na 2ª feira, seja posto em liberdade. Toda esta demonstração de poder e de desproporcional repressão só confirma que tudo não passa de espetáculo como também fica provado como os perturba a nossa cumplicidade na rua, o nosso boicote à manipulação dos media que nos pretendem impor. Mas saiu-lhes o tiro pela culatra, visto só terem conseguido que fortalecêssemos ainda mais os laços fraternos.

Porque a solidariedade é a nossa natureza, expressada de mil formas. Porque a solidariedade é a nossa arma e está na rua.

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