Relatos de um 7 de setembro negro: Porto Alegre.

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Porto Alegre 7 de setembro de 2013: festa do patriotismo e exaltação ao militarismo não sai ilesa em sua aparente paz.

Das memórias de passados desfiles militares do 7 de setembro nada se equiparou com o contingente repressivo presente neste 2013 é certo são outros ventos que fácil virão furacões. A Brigada Militar pouco participou do desfile pondo seu contingente para a contenção de qualquer possível revolta. No esquema repressivo a policia de choque espalhou grupos por diferentes acessos na avenida do desfile, assim como a cavalaria. A policia de choque do exercito (PE) apareceu com sofisticados e novos equipamentos, roupas e acessórios antidistúrbio. As tecnologias repressivas se ampliam, outro lançamento nas ruas usado na identificação das pessoas foi a viatura da Brigada Militar com equipamento de câmeras acoplado no teto do veiculo e computadores de bordo. Estava “discretamente” um enxame de P2 além de militares S2 (serviço reservado do exército). A fotografia que montaram queria dizer: Não se aproximem. Mas não funcionou e como diz a pixação na rua: Já não temos mais medo.

Petardos em lixeiras gritaram panfletos que se lia:

Não estamos enganados, todos esses anos de exploração domínio e militarização dos seres nossa revolta acorda e aponta, os massacres dos povos originários por parte do exército militar, o patriotismo como farsa de algo digno dizimando culturas, não podemos esquecer também no massacre do Haiti, o quanto as forças do exército brasileiro vem abrindo caminho para os empresários, como parte deste plano para explorar essa terra e esses seres, por que tanto exército e policia estão para matar, reprimir e garantir o privilégio dos ricos e a exploração dos pobres: a paz social, então nem exército nem policia, civil ou militar, não esquecemos o sangue derramado, nossa solidariedade não dorme, nossa memória é viva.

Na praça da Argentina concentração reuniu grupo diverso de gente. Desceram em direção ao desfile, pixando paredes, aos gritos (tortura, assassinato, não acabou 64), rompendo o isolamento da avenida e interrompendo o desfile. Após um inicio de confronto o bloco volta ao centro, dois bancos Itaú (patrocinador da Copa) e Banco do Brasil (pelo que é, um banco) são resignificados a pedradas e pauladas se ouvia em alto tom: A policia é violenta, o Estado é violento, um vidro não sente então não pode ser violentado, quebremos tudo. Grande grupo policial de motoqueiros, cavalaria e tropa de choque chegam para saudar o Black Bloc. Sem debandar viram lixeiras, enfrentam com insultos e pedras dispersando o bloco negro e se reagrupando pouco tempo depois. Ainda em caravana de rua o bloco negro se deslocou até o parque da Redenção patrocinando mais alguns desaforos aos militares junto ao monumento aos veteranos de guerra. Todo patriota é um idiota.

Ao fim do dia se lia nas paredes: Marcha de sangue é morte; Sabote o estado, Se não agora quando?; Milico e merda a mesma coisa; Exercito brasileiro feitor do povo haitiano; e tinha mais.

É crescente a construção de uma cultura de protesto combativo na contra mão do pacifismo cidadão. Os agentes da repressão não estão dormindo foi intenso o monitoramento do bloco negro com grande quantidade de policiais a paisana inclusive com bandana na cabeça, totalmente descarados, com destacado trabalho de fotografia e filmagem para identificação dos “vândalos mascarados”. É necessário que todxs envolvidxs, sem medos ou paranoias, levem em conta um aprimoramento na cultura de segurança.

Por todas regiões do Brasil a cobra fumou a festa do patriotismo não se manteve imaculada. Recordamos a todxs detidxs nestas jornadas. A luta não acaba aqui (como diz outra pixação). É vital a solidariedade com todxs presxs e processadxs do 7 de setembro, das jornadas do inverno e de tantas batalhas que virão. Frisamos que: Na guerra social ninguém está só.

Saúde & Anarkia.

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