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Setembro Negro, uma tempestade de insubmissão e festas anti-sistema nas ruas.
Na manhã de sábado 7 de setembro de 2013 uma tempestade de insubmissão assolou a paz e os bons costumes tão desejados para esta data patriótica, de louvação ao militarismo e ao estado brasileiro. Em todas as regiões controladas pelo estado brasileiro, insubmissos se agitaram perturbando, ofendendo e atacando o poder e suas expressões. É crescente esta tempestade de insubmissão trazendo novos traços a realidade das ruas, aos horizontes. O ano vindouro de copa do mundo e eleições agravará estas tormentas.
A iniciativa deste material foi o de compilar informações da mídia e de outros grupos publicados na internet sobre os acontecimentos dos protestos de 7 de setembro. Trazendo um conjunto de impressões, relatos, noticias que nos dão uma fotografia imaginativa dos desdobramentos em distintas cidades. Nada é neutro, assim que estas informações compiladas estão cobertas com o verniz, quase transparente, da intencionalidade. O intuito não é fazer eco a estas intencionalidades simplesmente traficamos as informações e procuramos resignificá-las em seu conjunto valorizando a cultura combativa e subversiva destas jornadas. Somos incapazes dentro do turbilhão da vida de elaborar uma análise\reflexão de jornadas as quais não vivemos assim sendo nos valemos destas informações e por mais distorcidas que sejam nos debruçamos a pensar um pouco e decidimos compartilhar este material na viva intenção de provocar e animar todxs rebeladxs espalhadxs nesta colcha de retalhos aparentemente desconexos, para que saibam que não estão sós e que verdadeiramente temos uma potencialidade, há de experimentar maneiras de nos fortalecermos, solidarizarmos e melhor golpear o sistema de dominação que nos rodeia e que também carregamos dentro nós.
Muitxs criticam que estes protestos massivos tem somente atacado a superficialidade do sistema e suas vidraças. Concordamos que muitxs se mantenham nas superficialidades, não indo com sua crítica\luta na raiz da mazela, na infinidade de expressões da autoridade em si, direcionando a luta para reformas, direitos, cidadania. Sabemos que muitxs que estão nas ruas hoje dão seus primeiros passos nestes campos de batalha. Para mergulhar em águas profundas há primeiro que perder o medo da água e então partir de um ponto da beira mar, ou seja não nascemos prontxs para nada, tudo é um processo para chegarmos as nossas conclusões, capacidades. Porém acreditamos que a realização destas jornadas de rua tem criado uma sintonia\confiança\cumplicidade entre seus animadores elementos que quando enraizados se tornam laços de difícil rompimento para a repressão. Se tornam também caminhos para seguir lutando, criando autonomia para todos os aspectos da vida.
O fenômeno do Bloco Negro (black bloc) está brotando com força como inço e em algumas aparições também pela superficialidade na crítica\luta contra o sistema de dominação. Muitxs se alegram, outrxs se espantam com o Bloco Negro … e o pólen da insubmissão se espalha. O Bloco Negro é uma tática de luta nas ruas adotada pelos autônomos da Alemanha intimamente ligados a movimentação okupa isto nos anos 80, posteriormente se difundiu pela Europa e mais atualmente apareceu combatendo ferrenhamente os encontros da OMC como em Seatle e do G8 em Gênova (Carlo Giuliani Presente!). A tática consistia em possibilitar a situação onde as pessoas envolvidas pudessem garantir sua defesa frente aos aparatos repressivos e grupos fascistas, destroçar a materialidade do poder e atacar a policia sem serem individualizadxs e identificadxs. Todxs se vestem de negro, encapuzadxs. Os modernos sistemas de controle social são capazes de monitorar através das câmeras das ruas e dos infiltrados (P2) os passos daqueles que não obedecem sua cartilha de direitos e deveres pré estabelecidos, somos tantxs, e se intensificam as técnicas da repressão.
A cultura combativa tem se sobressaído dentro do campo de batalha das ruas abandonando o diálogo com o poder, a mediação por militantes qualificados com as instituições do estado, enfim a ruptura com a cidadania e com a luta por direitos. Não queremos mais direitos queremos a liberação total da terra e dos seres e ela não será escrita nas legislações nem garantida por leis e exércitos, será afirmada na tumba de toda autoridade, de toda dominação, um processo sem fim e caótico o que desespera todos os bons moços da ordem de todas as tendências.
É um grande salto qualitativo para a luta abandonar pautas reformistas ampliando os olhares do que se passa. O sistema de dominação dá passos acelerados na cobiça de controlar tudo, transformar tudo em produto, mercadoria, lucro. São as vidas de tudo que é vivo e cada centímetro de terra, rios e mares que estão em jogo. É muito além de uma “questão social”. O progresso devasta tudo, os povos nativos de todas as regiões estão em guerra permanente na defesa das terras que habitam e fazem parte. Hidroelétricas, estradas, termoelétricas, eucalipto, fabricas de celulose, mineração, extração de areia, cimento, polos petroquímicos, desmatamento, campos de soja, gado, plataformas de extração de petróleo, capitalismo verde, desenvolvimento sustentável. As tecnologias abarcam todos parâmetros da vida domesticando em alta velocidade nossas vidas, transformando-nos em números. Nanotecnologia, biometria, robótica, transgenia, clonagem, computação, chips, tudo disfarçado de avanços para saúde, entretenimento, soluções … ficção científica? Domínio e controle de ti e de tudo … vamos lutar por 0,20 centavos? Estão matando a terra.
Estes escritos com noticias de diferentes locais tem também o intuito de provocar uma possibilidade de aprendermos com as experiencias de outras regiões. Do acionar dxs revoltosxs, dos processos repressivos, procedimentos policiais e suas táticas de atuação, das “novas” leis que em estados como Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará se adiantam em reprimir xs “vândalxs mascaradxs”, enfim cada jornada nos traz um conjunto de lições que tratemos de tirar o melhor disto tudo afiando o punhal de nossas lutas.
* Após confrontos realizados durante protestos em 11 capitais brasileiras: Salvador, Fortaleza, Brasília, Vitória, Belo Horizonte, Belém, Recife, Rio de Janeiro, Natal, Porto Alegre e São Paulo, no sábado (7), Dia da Independência, foram registrado ao menos 525 manifestantes detidos, 23 pessoas continuavam presas, até o início da tarde de domingo 8 setembro.
* As manifestações do dia 7 de Setembro reuniram 17 mil pessoas em todo o país, segundo estimativas.
* Manifestantes, parte deles encapuzados, depredaram prédios, ônibus, queimaram bandeiras e apedrejaram policiais. A polícia também usou gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral
Brasília (DF)
A segurança da Esplanada dos Ministérios foi reforçada, com efetivo superior a 4 mil homens da Polícia Militar. Alguns manifestantes se concentraram no Museu da República, próximo do local do evento cívico, mas não houve confronto durante o desfile. Após o termino da parada, os cerca de mil manifestantes se dirigiram ao Congresso, onde houve atrito com a polícia. Policiais militares lançaram jatos de água contra manifestantes.
Mascarados, jovens agitaram manifestações em Brasília sábado, 7 de setembro. Um grupo de manifestantes tentou invadir a sede da TV Globo, localizada na região central de Brasília, por volta das 13h. Eles participavam de um protesto que teve início na Esplanada dos Ministérios, passou pela rodoviária central e seguia em direção ao estádio Mané Garrincha.
Os manifestantes atiraram pedras contra o prédio da emissora, atingindo carros que estavam no estacionamento, e tentaram arrombar a porta que dá acesso ao prédio. Os poucos seguranças que estavam no local conseguiram evitar a invasão. Com a chegada do batalhão de Choque, os manisfestantes correram e passaram a quebrar vitrines de estabelecimentos comerciais de um prédio vizinho à Globo.
Em seguida, o Choque disparou bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral contra o grupo, que revidou atirando pedras. Um manifestante, que ficou para trás, foi agredido e detido pela PM.
Após o confronto, a manifestação se dispersou. Um dos grupos atirou pedras contra a vitrine de uma loja da JAC Motors e quebrou vidros de um carro que estava em frente à concessionária. Minutos depois, a Rotam e o batalhão de Choque voltaram a jogar bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes. No tumulto, policiais da Rotam ameaçaram jogar os carros em que estavam em direção a um grupo que atravessava a rua.
Por volta de 14h30, cerca de 300 manifestantes tentaram se aproximar do estádio Mané Garrincha palco do duelo entre as seleções do Brasil e da Austrália a partir de 16h, mas foram reprimidos pela polícia, que usou grande efetivo para contê-los. Além do batalhão de choque, que disparou dezenas de bombas de gás e efeito moral, foram mobilizados a cavalaria, helicópteros e dezenas de carros e blindados.
Depois de afastar os manifestantes próximo ao Estádio Nacional de Brasília, policiais com cães agrediram dois fotógrafos.
Em Brasília, foram detidas 50 pessoas durante confrontos com a polícia no sábado. Todas já foram liberadas, de acordo com a Secretaria de Segurança do Governo do Distrito Federal.
Rio de Janeiro (RJ)
Manifestantes armados com pedras e fogos de artifício tentaram invadir o desfile do 7 de Setembro no centro do Rio , dando início a um conflito com policiais, informaram autoridades policiais.
Os confrontos começaram quando um grupo de aproximadamente 500 manifestantes invadiu a área reservada ao público na avenida Presidente Vargas. Pessoas que assistiam à parada civico-militar correram para fugir da violência e buscaram refúgio em bares e estações do metro.
A Polícia Militar usou bombas de efeito moral, spray de pimenta e armas de choque elétrico para conter os manifestantes. Apesar da confusão, o desfile não foi interrompido. De acordo com o Comando Militar do Leste, cerca 4 mil pessoas assistiram ao desfile no centro do Rio.
Manifestantes ligados ao movimento Black Block perseguiram e agrediram um jornalista da Rede Globo. O repórter cinematográfico filmava a manifestação no Monumento Zumbi quando foi apontado por alguns integrantes do movimento como sendo funcionário da Rede Globo.
Parte dos manifestantes começou a persegui-lo, ameaçando-o com empurrões e palavrões. Ele foi atingido na cabeça por algum objeto contendo tinta vermelha.
Nos mastros das bandeira do Brasil e do estado do Rio de Janeiro foram postas bandeiras negras substitindo as anteriores.
À noite, um grupo tentou furar o bloqueio policial e chegar à sede do governo do Rio. Impedidos por bombas de gás lacrimongêneo, os manifestantes deixaram um rastro de destruição na região. Barricadas pegam fogo durante protesto nas proximidades do Palácio da Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro. Policiais do Esquadrão Antibombas da Polícia Civil do Rio de Janeiro recolheram quatro artefatos caseiros que foram lançados. Como as bombas não explodiram, os agentes tiveram que utilizar uma roupa especial de proteção.
Os quatro artefatos serão periciados por técnicos do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli). Polícias Civil e Militar não informaram se as pessoas que lançaram as bombas foram ou não identificadas, tampouco se uma investigação seria aberta para apurar tais crimes
No Rio de Janeiro, 77 pessoas foram detidas até a noite de sábado para averiguações, identificação de mascarados e autuações de crimes como porte de artefato explosivo, desacato e lesão corporal. Os dados são da Polícia Civil. As manifestações e os confrontos com a polícia durante o Dia da Independência no Rio deixaram um saldo de 21 detidos em flagrante, apenas um se mantém encarcerado por porte ilegal de arma. Outros 20 vão responder em liberdade. Os confrontos durante as manifestações de sábado deixaram 14 feridos no centro da cidade e em Laranjeiras, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.
Este 7 de setembro não foi dos militares desfilando na avenida sendo aplaudidos por civis imbecis, nem o d@s excluídos que somente agitam bandeiras em patéticas demonstrações de civismo e jogo democrático.
Este foi o Setembro Negro, d@s guerreir@s na rua, que mudaram o nome da Av Presidente Vargas para Amarildo de Souza (ajudante de pedreiro morador da favela da Rocinha, desaparecido há quase 3 meses após ter sido levado por policiais da UPP – Unidade de Polícia Pacificadora – para dar um passeio.., seu desaparecimento vem sendo lembrado e cobrado em cada ato/rebelião), d@s guerreir@s que tentaram impedir a ridícula e ultrajante marcha dos asquerosos defensores da pátria e suas alegorias bélicas.
Foi mais um dia de rebeldia, cortando a monotonia dos grandes centros com pedras, rojões e tinta (e recebendo de volta balas e bombas..). Faltou fogo…
Foi mais um dia que é mais um passo no acirramento do conflito que devemos começar a chamar por aqui também de guerra social.
Se “proíbem” as máscaras, cada vez mais agiremos na calada da noite..
Arriba rebelião!!!!
Notas: Seguem acontecendo assembléias para discutir formas de apoio às/aos detid@d, que já são muitos, inclusive aos 6 administradores da página do feicebuk “Black Bloc Rio”, acusados de serem os “líderes” do black bloc…
Quanto às máscaras, foram “proibidas”, em votação na Alerj (Assembléia Legisltiva do RJ), na última terça-feira (3/9). Qualquer pessoa pode ser abordada e levada para a delegacia por estar encapuchada em manifestações. Bem, a idéia sempre foi não ser peg@, encapuchad@ ou não…
A tentativa de parar o desfile aconteceu por volta das 9 da manhã,e a polícia respondeu lançando bombas e balas inclusive pra cima das arquibancadas, onde estavam @s civis patétic@s espectador@s, e para onde correram @s rebeldes inocentemente achando que teriam um arrego..infelizmente, as crianças que estavam junto, para assistir ao “desfile”, também foram atingidas pelo gás..
Parece que foram 12 ´pessoas detidas e 6 ferid@s, entre eles uma criança com ferimentos leves na cabeça.
São Paulo (SP)
Os manifestantes mascarados e a Polícia Militar entraram em confronto em frente à Câmara Municipal de São Paulo já no fim do trajeto que teve início na avenida Paulista na tarde deste sábado. A região virou praça de guerra com o grupo jogando pedras e esferas de chumbo contra os PMs, que atiravam bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Houve tentativa de invadir o prédio da Câmara, que foi apedrejada. Um jovem de 19 anos foi ferido no olho atingido por uma bomba. Três pessoas foram atropeladas. Uma delas caiu após subir numa viatura da PM. Cerca de dez pessoas foram detidas.
Ainda segundo a polícia, cinco policiais ficaram feridos e quatro viaturas foram danificadas durante os atos. A PM divulgou também um balanço dos danos causados pelos manifestantes na cidade. A maioria deles é de lixeira quebradas e incendiadas, mas lojas, bancos, um carro e a universidade FMU também foram vandalizados, de acordo com a corporação.
08 Setembro de 2013 Domingo: Na cidade de São Paulo foram 46 detidos nas manifestações e sete ainda continuam presos neste domingo. Destes, cinco são suspeitos de tentativa de homicídio a policiais e dano ao patrimônio público, dois são adolescentes que foram encaminhados para a Fundação Casa. De acordo com informações da Polícia Civil, eles aguardam pagamento de fiança para serem liberados. Com eles foram apreendidos 16 artefatos explosivos, um bastão de ferro, uma faca, roupas pretas, capuz e uma garrafa de gasolina, informou a PM.
Curitiba (PR)
Protesto foi barrado pela Polícia Militar, com o apoio da Tropa de Choque, que impediu que os cerca de 1,2 mil manifestantes, segundo a coordenação – 500 conforme a PM – se aproximassem da Avenida Cândido de Abreu, onde acontecia o desfile militar.
O grupo, já bastante reduzido após três horas de negociações com a PM, entrou na avenida depois que o desfile havia acabado. Não houve confronto direto e até o início da tarde deste sábado, 26 pessoas haviam sido levadas para o Centro de Triagem, todos já foram liberados. Entre eles, oito eram menores de idade. Eles vão responder por desacato e porte de arma branca.. Seis delas foram detidas antes da passeata, por portarem, segundo a polícia, artefatos explosivos, martelos e pregos. Durante o trajeto foram vistos poucos black blocs, que se misturavam às outras pessoas. (!!!)
Fortaleza (CE)
A Polícia Militar informou que mais de 50 pessoas foram detidas em Fortaleza. Todos já foram liberados após prestarem depoimento. Foram 30 pela manhã durante o desfile cívico militar na Avenida Beira Mar e 20 no início da noite na Praça Portugal e Praia de Iracema. Pessoas que estavam de roupa preta foram revistadas. A manifestação mais violenta aconteceu na Praça Portugal, quando cerca de duas mil pessoas, segundo a Polícia, quebraram carros e vidros de lojas e de bancos. Pelo menos seis estabelecimentos foram depredados e diversos monumentos foram pichados. A Polícia lançou bombas de gás e atirou balas de borracha para tentar dispersar os protestos. Pelo menos 15 manifestantes foram feridos nas costas e no rosto.
De acordo com o comandante da operação, Túlio Studart, os encaminhamentos à delegacia foram feitos em cumprimento a uma medida cautelar que autoriza policiais a abordarem manifestantes mascarados. A medida também permite a detenção das pessoas sem identificação para que isso seja feito. 30 pessoas foram levadas a delegacias para serem identificadas por se negarem a retirar máscaras ou objetos que escondiam o rosto.
Um efetivo de 900 PMs foi distribuído nos possíveis locais de manifestações, como no Dragão do Mar, na Assembleia Legislativa, no Palácio de Iracema e na Praça da Abolição.
Maceió (AL)
Um protesto realizado por movimentos sem-terra, sindicatos e estudantes acabou com o desfile de Sete de Setembro em Maceió, Alagoas, na manhã de sábado (7). Segundo a PM (Polícia Militar), cerca de 300 pessoas se infiltraram na concentração do evento e conseguiram entrar na Avenida da Paz, localizada na Praia da Avenida, no Bairro de Jaraguá, onde ocorriam as festividades alusivas ao Dia da Independência.
Os manifestantes fizeram uma barreira humana e bloquearam a passagem do restante das tropas da polícia, que estavam se organizando para desfilar para o público. O Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) foi acionado para conter o protesto, mas os manifestantes conseguiram avançar e entrar no meio do desfile.
Apesar do tumulto, a polícia ainda tentou negociar com os manifestantes e chamou o presidente da CUT, mas o protesto continuou e a organização do desfile suspendeu as apresentações restantes. O governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), precisou sair às pressas escoltado pela guarda do Palácio. O desfile terminou uma hora antes do previsto e a organização estimou que cerca de mil pessoas deixaram de se apresentar.
Recife (PE)
Um total de onze detenções foram feitas pela polícia de Pernambuco nas manifestações de 7 de setembro. Um pela manhã depois do desfile militar e dez à tarde, na saída de uma passeata. A polícia, além de deter estudantes, usou bomba de efeito moral, balas de borracha e spray de pimenta, o que revoltou os manifestantes. Estudantes mostraram indignação com o governador Eduardo Campos, e gritaram: ” Polícia terrorista, Eduardo fascista”. Em Recife, todos os detidos foram soltos até às 2h da manhã do domingo, de acordo com a polícia.
Apesar da ação truculenta de orientação totalitária da Policia Militar de Pernambuco a resistência popular se impôs nas ruas de Recife. A manifestação não deu nem os primeiros passos e a polícia começou a fazer prisões arbitrárias, atirar balas de borracha e bombas de efeito moral nas pessoas, ainda no Derby. Durante esse corre-corre forçado pela polícia um banco foi quebrado e a manifestação ficou mais dispersa. A partir de então o destino era a delegacia para pedir liberdade pras irmãs e pros irmãos.
Durante todo percurso a polícia fez prisões sem nenhuma acusação, em uma delas a polícia alegou que o suspeito era procurado e teve ordens superiores para efetuar a prisão. O efetivo policial empregado foi enorme, várias viaturas e motos da polícia, três ônibus da tropa de choque, tropa de choque do CORE, helicóptero e soldados do exército nas calçadas.
Com o apoio da comunidade xs manifestantes fizeram uma vigília em frente a delegacia de Santo Amaro aguardando até que todas pessoas presas fossem liberadas. 3 menores foram encaminhados ao GPCA e até o final da vigília um manifestante ainda não havia sido liberado. Até durante a vigília em frente a delegacia alguns policiais prenderam dois manifestantes que estavam em um restaurante.
A Frente independente popular está chamando um protesto pelo passe livre para o dia 18 de setembro. Nos vemos nas ruas!
Belo Horizonte (MG)
A população foi proibida de participar do desfile. Segundo o tenente coronel da PM Alberto Luiz o setor de inteligência da corporação identificou “possíveis atos de grupos de bandidos” durante o desfile e optou por deixar o público fora do evento.
A Polícia Militar ocupou a praça da Liberdade, centro histórico de Belo Horizonte, em Minas Gerais, na tarde do sabado (7), após tentativa de depredação do relógio da Copa. Cerca de 30 manifestantes avançavam para o local. O relógio fica a cerca de 300 metros do quartel da PM
O bunda-lelê de um jovem para um policialfoi o estopim de um confronto que terminou com vários detidos. Segundo o tenente-coronel Antônio de Carvalho, da Polícia Militar, em princípio somente o homem que fez bunda-lelê seria detido, mas outros 11 reagiram com pedras e balões de tinta, por isso, também foram conduzidos à delegacia
Com a prisão de 21 pessoas nos protestos da tarde deste sábado, em Belo Horizonte, os manifestantes se dirigiram para a delegacia onde eles estavam detidos, no Barro Preto, região Central, e houve novos confrontos com a polícia. Uma mulher também foi ferida por estilhaços de bomba. Na porta da Área Integrada de Segurança Pública (1ª AISP), cerca de 50 pessoas pediam sua liberação. A PM usou balas de borracha para dispersar o grupo, bombas de gás lacrimogênio e spray de pimenta.
A advogada voluntária dos manifestantes, Desirêe Marchetti, afirmou que viu cerca de 15 pessoas em uma sala da delegacia, dois com algemas. Segundo ela, as algemas eram desnecessárias porque eles já estavam rendidos. A PM não se manifestou ainda sobre as prisões.
08 Setembro de 2013 Domingo: Os protestos registrados no sábado em Belo Horizonte tiveram 56 pessoas detidas pela polícia – 11 eram adolescentes – e ao todo 15 continuam presas neste domingo (8). Elas são suspeitas de desacato e crime contra o patrimônio.
Protesto por presos no 7 de setembro causa tumulto em BH
Agência Estado
Um protesto em solidariedade às 15 pessoas que permanecem presas desde o feriado da Independência, em Belo Horizonte, levou a Polícia Civil mineira a cancelar a apresentação dos manifestantes detidos prevista para a manhã desta segunda-feira, 09.
Cerca de cem pessoas cercaram o prédio da 1ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), no Centro da capital mineira, onde as autoridades mostrariam os acusados e explicariam as prisões à imprensa. Não houve confrontos, mas o clima ficou tenso. Segundo o chefe do 1º Departamento da Polícia Civil, delegado Anderson Alcântara, a apresentação foi cancelada por questões de segurança.
O delegado informou que as 15 pessoas presas em flagrante serão enquadradas em crimes como formação de quadrilha, corrupção de menores, dano ao patrimônio e incitação à prática criminosa, além da constituição de milícia privada, que prevê reclusão de 4 a 8 anos. Segundo levantamento apresentado pela Polícia Civil nesta segunda-feira, parte deles tem passagem pela polícia por furto e porte de drogas. A corporação informou que um dos detidos, que se declarou integrante do grupo “Black Bloc”, teria admitido que o objetivo nos protestos de sábado seria “quebrar toda a Praça da Liberdade”.
No total, 37 adultos foram presos e 11 adolescentes apreendidos nos protestos do sábado. Ao lado do delegado Hugo e Silva, que coordenou os trabalhos de polícia judiciária no feriado, Alcântara explicou que, além dos 15 presos em flagrante, os demais foram devidamente identificados e respondem por crimes de menor poder ofensivo, embora tenham sido liberados.
O chefe de polícia disse ainda que outras pessoas registradas por vídeo e fotografias em atitudes suspeitas estão sendo investigadas.
“As prisões foram feitas com base em crimes previstos pelo Código Penal, e o nosso trabalho não termina aqui. As investigações continuam, e se verificarmos vínculos entre aqueles que foram liberados e os que tiveram o flagrante ratificado, novas prisões poderão ocorrer”, afirmou o delegado Anderson Alcântara.
No protesto desta manhã, os manifestantes pediam a libertação dos detidos e acusaram exageros da polícia mineira. Um dos organizadores da ação de sábado, que pediu para não ter o nome divulgado, diz que um amigo teria sido preso por formação de quadrilha e porte de produto químico. Produto que, segundo ele, era para neutralizar o efeito do gás lacrimogêneo.
Justiça manda soltar 13 manifestantes presos em protesto de 7 de Setembro na Capital
10 de setembro de 2013 por Redação
A Justiça mineira mandou soltar 13 dos 15 jovens que foram presos no último sábado (7), durante as manifestações de 7 de Setembro, em vários pontos de Belo Horizonte. Os detidos tiveram a liberdade provisória concedida na tarde desta terça-feira (10). Dois já estão em casa e os outros aguardam alvarás de soltura no Ceresp Gameleira.
A juíza Maria Luiza de Andrade Rangel Pires concedeu a liberdade, mas com ressalvas à alguns dos jovens. Sete deles estão proibidos de participar pessoalmente ou por meio das redes sociais de manifestações .
Os detidos ainda terão que comparecer mensalmente perante a um juiz para informar suas atividades enquanto o processo estiver aberto. Eles também estão proibidos de sair de Belo Horizonte.
Dois jovens presos por serem reincidentes. Um dele já cumpriu pena por roubo e furto e o outro, segundo a Justiça, tem condenações por uso de drogas e desacato.
LIBERTAÇÃO IMEDIATA PARA AMEBA E RODRIGO PRESOS NAS MANIFESTAÇÕES DO DIA 07 DE SETEMBRO
AMEBA – AUTÔNOMO, MARCENEIRO, ANARQUISTA E VOCALISTA, DA BANDA PUNK ATACK EPILÉPTICO – FOI AGREDIDO BRUTALMENTE PELA POLÍCIA, PRESO E TORTURADO POR SE ENCONTRAR NAS MANIFESTAÇÕES DO DIA 07/09/2013, EM BH.
AMEBA JÁ HAVIA SIDO PRESO E TORTURADO NAS MANIFESTAÇÕES OCORRIDAS NO MÊS DE JUNHO DE 2013 – A POLÍCIA (P2) HAVIA LHE DADO CONRONHADAS E VÁRIOS OUTROS POLICIAIS O TORTURARAM.
* Ninguém segue detido em BH, muitxs são xs processadxs.
Vitória (ES)
A polícia civil montou uma central de flagrantes na sede do Corpo de Bombeiros, na Enseada do Suá, em Vitória. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (Sesp), até o final da tarde de sábado (7) duas mulheres foram detidas por desacato e um menor apreendido por carregar rojões na mochila.
Um manifestante foi atropelado por uma motorista que trafegava pela Avenida Fernando Ferrari. A condutora do veículo ainda quis prestar socorro à vítima, mas foi recebida com pedradas por outros integrantes do movimento. O manifestante atropelado não recebeu socorro do Estado porque foi levado para dentro da universidade por outros integrantes do grupo.
Manifestantes enfrentaram a policia de choque.
Natal (RN)
Em Natal, o desfile ocorreu sem a presença da governadora Rosalba Ciarlini. A decisão foi tomada pela própria governadora para evitar embate direto com manifestantes nas proximidades da praça Pedro Velho.
Os dois homens presos em Natal durante as manifestações, suspeitos de dano ao patrimônio público e privado, foram liberados após assinarem um termo circunstanciado. Não há presos por conta dos protestos no estado. Em Natal, não houve registro de depredação de monumentos públicos ou pessoas feridas.
Goiânia (GO)
Após incertezas sobre a realização do desfile cívico-militar de 7 de Setembro em Goiânia, a Polícia Militar confirma a realização do evento. Para garantir a segurança de todos os eventos, a PM mobilizará 1,6 mil policiais. De acordo com o coronel Divino Alves, que integra a organização da comemoração, os agentes estarão autorizados a abordar e, se necessário, prender quem estiver usando máscaras ou qualquer tipo de objeto que promova o anonimato dos manifestantes. “Esperamos que as pessoas estejam revertidas de espírito cívico e não travestidos de baderneiros”, afirma.
O dia 7 de setembro em Goiânia foi marcado por uma manifestação popular e combativa, contando com aproximadamente 700 pessoas. Apesar da tentativa da pm de intimidar os manifestantes ocupando o local de encontro e revistando todos que apareciam, o protesto que acabou sendo realizado mesmo com o cerco de uma quantidade absurda de policiais, inclusive da tropa de choque que em certo momento tentou isolar os Black Blocks, além de tentarem identificar a força quem estava de máscara.
Haviam cartazes estampados com os rostos de militantes torturados e assassinados por esse mesmo Estado e seu exército no regime militar, mantendo viva a memória. A policia mostrou caixa com uma dezena de molotovs que segundo eles foi encontrada nas imediações do protesto.
09:00 – Aproximadamente 400 pessoas estão presentes no desfile cívico que acontece na Av.Goiás no Setor Central durante a manhã de sábado (7). Cerca de 70 manifestantes, todos sem máscara estão presentes na Av. Tocantins com a Av. Paranaíba. Aparentemente a movimentação por parte dos manifestantes está pacífica.
09:26 – Prefeito Paulo Garcia, vice governador e autoridades militares estão presentes no desfile cívico.
09:30 – População goianiense acompanha o desfile cívico.
09:46 – Encerrado o desfile cívico. Neste momento policiais sobem a Av. Araguaia no Setor Central. Manifestantes estão presentes no local e não há principio de tumultos.
09:59 – Manifestantes protestam na Av. Tocantins.
10:10 – Após 3 bombas caseiras disparadas por manifestantes o protesto continua. Helicóptero do Grupo de Radiopatrulha Aérea (GRAER/PMGO) acompanha o protesto.
10:25 – Uma mochila foi encontrada debaixo do palanque das autoridades que estão no desfile do 7 de setembro em Goiânia. O Esquadrão Antibomba usou uma outra bomba para detonar o suposto explosivo. Os policiais encontraram o artefato em frente a Acieg.
11:22 – Manifestantes descem a Av. Araguaia no Setor Central em Goiânia. Polícia Militar (PM) tenta acordo com os manifestantes.
11:39 – Manifestantes e Polícia Militar se deslocam para a Av. Anhanguera.
13:00 – Manifestantes se dispersam pelas ruas do Centro de Goiânia. Cerca de 300 pessoas participaram da manifestação nas ruas do Centro da capital, segundo a Polícia Militar. Ato foi pacífico, sem prisões, feridos e depredação de prédios até o momento.
Salvador (BA)
O desfile foi antecedido pelo hasteamento da bandeira pelo governador Jaques Wagner (PT) e pelo prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Após a cerimônia, Wagner falou sobre a data e comentou sobre a expectativa dos protestos. “Claro que todo mundo se preocupou para que o 7 de Setembro pudesse ser a data maior do Brasil e para que corresse tudo bem, mas acho até que tem um tempero de democracia. As manifestações de rua, ressalvadas a truculência, o vandalismo, são uma forma do povo se manifestar. Eu insisto que as pessoas têm que buscar formas criativas de manifestação, não tem que ser atrapalhando a vida das pessoas.”
O cortejo oficial seguiu pela Avenida Sete de Setembro e contou com a participação de militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, além de homens da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Rodoviária Federal e da Guarda Municipal. Mais de dois mil homens foram escalados para dar segurança ao evento.
Confronto entre manifestantes e policiais marcam o 7 de Setembro chuvoso em Salvador. Assim como aconteceu em outras capitais brasileiras, a polícia entrou em confronto com os manifestantes na tarde deste sábado. A Polícia Militar dispersou e prendeu alguns manifestantes após confronto no Centro de Salvador, Piedade. Os presos foram encaminhados à Delegacia dos Barris, mas a PM não divulgou mais detalhes.
Ao longo da caminhada, até a avenida Joana Angélica, um coro gritava “mídia fascista, polícia terrorista” ou “TV bahia, mentira todo dia”. A passeata seguia pacífica até a avenida Joana Angélica, em frente ao Colégio Central da Bahia, quando, às 15h25, cerca de 30 homens da Tropa de Choque da Polícia Militar bloquearam a passagem dos manifestantes, que reagiram com uma chuva de pedras e pedaços de madeira.
A polícia avançou com bombas de efeito moral e o público se dispersou para ruas vizinhas. Prédios públicos, bancos e estabelecimentos comerciais foram depredados e pichados. Dois ônibus foram apedrejados e um foi incendiado, dois pontos de ônibus foram danificados, assim como a fachada do Banco do Brasil na região, que ficou totalmente destruída. Banheiros químicos também foram quebrados pelos manifestantes, alguns deles com os rostos cobertos.
Foram mais de cinquenta detenções, inclusive menores de idade e pessoas que sequer participavam das mobilizações, no geral garotos negros e da periferia de Salvador. Muitos foram agredidos fisicamente, sofreram todo tipo de pressão psicológica e não tiveram o direito de saber qual o motivo das suas prisões. Após um dia inteiro de negociações, todos foram liberados. Porém, a exemplo do que ocorreu em junho, podem se juntar aos outros setenta que correm o risco de serem indiciados, caso o Ministério Público resolva realizar a denúncia.
O crescimento da violência policial e a seletividade das suas ações, com público-alvo bem definido, expressa todo o racismo e opção de classe das forças repressoras baianas. A situação assusta porque estas forças são dirigidas agora por um governo dito progressista, eleito com promessas diametralmente opostas às que vem cumprindo. Porém, mais aterrorizante ainda é perceber, no dia seguinte, o silêncio e a falta de solidariedade que tomou conta dos movimentos sociais.
Belém (Pará)
Confronto entre a Tropa de Choque e manifestantes encapuzadxs. Bandeiras do Brasil e do Estado do Pará são queimadas.
Porto Alegre (RS)
* Retirado do blog de contra informação Cumplicidade
Porto Alegre 7 de setembro de 2013: festa do patriotismo e exaltação ao militarismo não sai ilesa em sua aparente paz.
Das memórias de passados desfiles militares do 7 de setembro nada se equiparou com o contingente repressivo presente neste 2013 é certo são outros ventos que fácil virão furacões. A Brigada Militar pouco participou do desfile pondo seu contingente para a contenção de qualquer possível revolta. No esquema repressivo a policia de choque espalhou grupos por diferentes acessos na avenida do desfile, assim como a cavalaria. A policia de choque do exercito (PE) apareceu com sofisticados e novos equipamentos, roupas e acessórios antidistúrbio. As tecnologias repressivas se ampliam, outro lançamento nas ruas usado na identificação das pessoas foi a viatura da Brigada Militar com equipamento de câmeras acoplado no teto do veiculo e computadores de bordo. Estava “discretamente” um enxame de P2 além de militares S2 (serviço reservado do exército). A fotografia que montaram queria dizer: Não se aproximem. Mas não funcionou e como diz a pixação na rua: Já não temos mais medo.
Petardos em lixeiras gritaram panfletos que se lia:
Não estamos enganados, todos esses anos de exploração domínio e militarização dos seres nossa revolta acorda e aponta, os massacres dos povos originários por parte do exército militar, o patriotismo como farsa de algo digno dizimando culturas, não podemos esquecer também no massacre do Haiti, o quanto as forças do exército brasileiro vem abrindo caminho para os empresários, como parte deste plano para explorar essa terra e esses seres, por que tanto exército e policia estão para matar, reprimir e garantir o privilégio dos ricos e a exploração dos pobres: a paz social, então nem exército nem policia, civil ou militar, não esquecemos o sangue derramado, nossa solidariedade não dorme, nossa memória é viva.
Na praça da Argentina concentração reuniu grupo diverso de gente. Desceram em direção ao desfile, pixando paredes, aos gritos (tortura, assassinato, não acabou 64), rompendo o isolamento da avenida e interrompendo o desfile. Após um inicio de confronto o bloco volta ao centro, dois bancos Itaú (patrocinador da Copa) e Banco do Brasil (pelo que é, um banco) são resignificados a pedradas e pauladas se ouvia em alto tom: A policia é violenta, o Estado é violento, um vidro não sente então não pode ser violentado, quebremos tudo. Grande grupo policial de motoqueiros, cavalaria e tropa de choque chegam para saudar o Black Bloc. Sem debandar viram lixeiras, enfrentam com insultos e pedras dispersando o bloco negro e se reagrupando pouco tempo depois. Ainda em caravana de rua o bloco negro se deslocou até o parque da Redenção patrocinando mais alguns desaforos aos militares junto ao monumento aos veteranos de guerra. Todo patriota é um idiota.
Ao fim do dia se lia nas paredes: Marcha de sangue, de morte; Sabote o estado, Se não agora quando?; Milico e merda a mesma coisa; Exercito brasileiro feitor do povo haitiano; e tinha mais.
É crescente a construção de uma cultura de protesto combativo na contra mão do pacifismo cidadão. Os agentes da repressão não estão dormindo foi intenso o monitoramento do bloco negro com grande quantidade de policiais a paisana inclusive com bandana na cabeça, totalmente descarados, com destacado trabalho de fotografia e filmagem para identificação dos “vândalos mascarados”. É necessário que todxs envolvidxs, sem medos ou paranoias, levem em conta um aprimoramento na cultura de segurança.
Ouvimos em um rádio patrulha policial que um grupo de skinheads se dirigia ao desfile vindo da Azenha. Na avenida João Pessoa foram abordados e segundo a mídia carregavam facas e soco inglês, três foram detidxs e se são skinheads não os dedicamos nossa solidariedade.
Por todas regiões do Brasil a cobra fumou a festa do patriotismo não se manteve imaculada. Recordamos a todxs detidxs nestas jornadas. A luta não acaba aqui (como diz outra pixação). É vital a solidariedade com todxs presxs e processadxs do 7 de setembro, das jornadas do inverno e de tantas batalhas que virão. Frisamos que: Na guerra social ninguém está só.
Saúde & Anarkia.
* Ainda nas cidades de Criciúma, Florianópolis e Teresina, Sorocaba, Campinas, Manaus, … e quem sabe onde mais? … bandeiras negras se agitaram pelas ruas.
Campinas (SP):