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Hackers divulgam endereços de 50 mil PMs no Rio Dados como telefones, endereços, e-mails e CPFs de 50 mil agentes foram disponibilizados na rede. Crime foi registrado.
Publicação: 16/09/2013 00:12 Atualização: 16/09/2013 08:42
Dados pessoais de 50 mil policiais foram publicados numa página do Facebook por um grupo de hackers que invadiu o site oficial da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ). O arquivo de 8.900 páginas, contendo telefones, endereços, CPFs e e-mails, foi disponibilizado para download na quinta-feira. No sábado, a PMERJ conseguiu retirar a lista do ar. No mesmo dia, o grupo intitulado de Anoncyber & Cyb3rgh0sts afirmou que pode colocar as informações novamente no ar. “A polícia não aguentou a pressão? Infelizmente, a PM tirou o nosso download do ar.”
A página da rede social, com mais de 5 mil curtidas, faz várias críticas ao trabalho da polícia fluminense, principalmente durante os protestos de rua. “Vocês acharam que poderiam vender nossa segurança para os traficantes e sair impunes? Vocês realmente acharam que poderiam sair matando pessoas inocentes e sair impunes? Boa sorte!”, afirmam os hackers em uma das postagens. Vários usuários da rede criticaram a ação do grupo nos comentários.
Policiais civis da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática investigam quem são os responsáveis pela divulgação da lista. Invasões semelhantes também foram registradas recentemente nos sites do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, da Assembleia Legislativa, da Câmara e do Departamento Estadual de Trânsito do Rio (Detran-RJ). Vários grupos ligados aos Black Blocs reivindicaram a autoria da invasão. Por meio de nota, a Polícia Civil informou apenas que os procedimentos estão sendo tomados.
Protesto
No sábado, um grupo de manifestantes realizou um protesto no Centro do Rio de Janeiro. Foi o primeiro ato após a aprovação da lei que proíbe a utilização de máscaras nos atos públicos. Não houve confronto com policiais. O projeto de lei foi proposto pelos deputados Domingos Brazão e Paulo Melo. A nova legislação foi aprovada depois que jovens com rostos cobertos cometeram atos de vandalismo contra lojas e o patrimônio público.