Retirado de Kataklysma:
“Seja fora ou dentro da prisão a luta para nós é uma questão de honra e dignidade e continuará. A luta revolucionária segue.” – Nikos Maziotis
A ordem foi restaurada. Os credores, a UE, o BCE, o FMI, os EUA, a elite econômica internacional, as fileiras das “instituições” podem estar tranquilas de que seus fantoches, xs juízes/juízas gregxs, usam-me com uma eterna sentença exemplificadora porque mandei pelos ares o edifício do Banco da Grécia -uma filial do Banco Central Europeu- onde também está o escritório do FMI. O governo de esquerda do Syriza, que é tão sensível em matéria de “terrorismo”, também pode ficar tranquilo porque fez garantias aos credores de que os programas de ordem podem continuar sendo aplicados sem problemas quando o inimigo interno está sendo oprimido com o “rigor necessário”.
Como anarquista, quando fiz a escolha da ação revolucionária armada, sabia que o preço por esta opção poderia ser uma dura sentença ou mesmo a morte em um confronto com a polícia que quase ocorreu em Monastiraki em julho de 2014, ou como ocorreu em Dafni em 10 de março de 2010, quando o membro da Luta Revolucionária, o companheiro Lambros Foundas, foi assassinado. Mas o preço da luta e minhas escolhas nunca me assustaram, nem mesmo agora com a decisão dxs juízes/juízas no segundo julgamento sobre a Luta Revolucionária, que me condenam a uma sentença perpétua de mais de 129 anos.
Era algo que eu esperava como uma possibilidade quando os juízes mostraram sua intenção desde o início. Quando o inimigo mostra tal fúria fico especialmente honrado porque demonstra a justeza de minhas opções, a correção da opção de luta usando armas contra o regime criminoso que rouba e deixou hecatombes de pessoas mortas.
A sentença de prisão perpétua pelo atentado contra o Departamento de Supervisão do Banco da Grécia, uma ação com uma chamada de alerta, mas sem feridos, somente danos materiais, demonstra a fúria dxs servidorxs do Estado e xs fantoches da elite transnacional porque não nos rendemos, não retornamos para a prisão depois de nossa detenção em 2010 e nossa liberação após um período de 18 meses de detenção, porque escolhemos a clandestinidade com o fim de continuar a luta armada, porque continuamos a ação da Luta Revolucionária.
Esta sentença não tem a intenção de aterrorizar-me -porque sabem que nunca me romperão- mas sim a quem escolha a luta armada, xs companheirxs anarquistas-antiautoritárixs e os grupos sociais militantes. Esta decisão mostra o desequilíbrio com respeito ao primeiro julgamento da Luta Revolucionária onde, por 16 ações da organização, Pola Roupa e eu fomos sentenciadxs à 50 anos, enquanto que o segundo por um ataque a bomba com uma chamada de alerta e sem lesões, fui condenado pelas atividades e pelos casos de duas expropriações de bancos e o enfrentamento armado com um policial em Monastiraki a uma sentença total de 129 anos.
A fúria dxs juízes/juízas no segundo julgamento se torna mais evidente considerando que condenam-me arbitrariamente com a acusação de “administrador”, algo que foi rejeitado no primeiro julgamento. Esta sentença não vai me assustar de nenhuma maneira. Sou um militante eterno da luta pela Revolução, a subversão do Capital e o Estado. Voluntariamente dou minha vida por esta luta.
Companheirxs, não os tema e contra-ataque-os!
A luta continua até o último suspiro.
VIDA LONGA À LUTA REVOLUCIONÁRIA.