[RJ] Sobre a situação dxs presxs

Infos retiradas de CNA-RIO

“Muitos madados ainda serão compridos e a perseguição a todxs xs que lutam vai continuar, porém esse não é o momento de tremermos ou recuarmos, mas sim de deixarmos nosso ódio fervilhar, de nos agigantarmos em raiva e atacar, para deixarmos claro axs nossxs irmãs e irmãos sequestradxs pelo Estado que não serão esquecidxs e que não perdoaremos seus carrascos”

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Sábado, 12/06/14, na véspera da final da Copa do Mundo, a Polícia Civil do Rio de Janeiro (cujo brasão é um Fascio) sequestrou dezenas de ativistas. No total cerca de 60 mandados de busca e apreensão e de prisão temporária foram expedidos contra pessoas acusadas de participar de movimentos sociais.

Xs ativistas foram levados à Cidade da Policia no Rio de Janeiro, um grande complexo de delegacias construído para dar conta da repressão àquelxs que contestam os mega-eventos e a lógica da cidade mercado. Nesse grande complexo se encontra a DRCI, Delegacia de Repressão aos crimes de Informática, que desempenha atualmente o papel da histórica Delegacia de Ordem Política e Social, a famigerada DOPS criada em 1924 para reprimir xs anarquistas, utilizada principalmente durante o Estado Novo e mais tarde no Regime Militar de 1964, com o objetivo de controlar e reprimir movimentos políticos e sociais contrários ao regime no poder.

Terça-feira dia 15 de Julho, foram concedidos habeas corpus para 12 presxs, e para xs 2 menores apreendidos (eufemismo hipócrita que o Estado usa pra não dizer que prende menores). Cinco presxs na operação seguem sem liberdade concedida. Outros nove ativistas investigadxs estão foragidxs.

Na sexta-feira (18), o juíz da 27ª Vara Criminal da Capital recebeu denúncia do Ministério Público e decretou a prisão preventiva de 23 ativistas acusados de formação de quadrilha armada. Segundo esse juiz a intenção da operação é desarticular a Frente Independente Popular (FIP) cuja periculosidade “põe em risco a ordem pública, deve-se proteger, por conseguinte, o meio social”.

Além das pessoas que já haviam sido denunciadas, inclui-se desta vez na lista também Fábio Raposo e Caio Silva, já presos acusados da morte do cinegrafista da Band.  A inclusão de duas pessoas que nunca sequer participaram de uma plenária da FIP tem o intuito unicamente midiático, para apimentar a trama desse espetáculo da democradura.

Os 23 denunciados pelo MP-RJ são:

- Elisa de Quadros Pinto Sanzi
- Luiz Carlos Rendeiro Junior
- Gabriel da Silva Marinho
- Karlayne Moraes da Silva Pinheiro
- Eloisa Samy Santiago
- Igor Mendes da Silva
- Camila Aparecida Rodrigues Jourdan
- Igor Pereira D’Iicarahy
- Drean Moraes de Moura Corrêa
- Shirlene Feitoza da Fonseca
- Leonardo Fortini Baroni Pereira
- Emerson Raphael Oliveira da Fonseca
- Rafael Rêgo Barros Caruso
- Filipe Proença de Carvalho Moraes
- Pedro Guilherme Mascarenhas Freire
- Felipe Frieb de Carvalho
- Pedro Brandão Maia
- Bruno de Sousa Vieira Machado
- André de Castro Sanchez Basseres
- Joseane Maria Araujo de Freitas
- Rebeca Martins de Souza
- Fabio Raposo Barbosa
- Caio Silva Rangel.

A lista com os nomes das pessoas envolvidas inicialmente no processo é a seguinte:

Presxs em Bangu (5):
Elisa de Quadros Pinto Sanzi 
Eduarda Oliveira Castro de Souza 
Tiago Teixeira Neves da Rocha 
Camila Aparecida Rodrigues Jourdan 
Igor Pereira D'Icarahy

Liberdade Provisória (14):
Gerusa Lopes Diniz 
Gabriel da Silva Marinho 
Kartayne Moraes da Silvia Pinheiro 
Eloisa Samy Santiago 
Emerson Raphael Oliveira da Fonseca 
Rafael Rêgo Barros Caruso 
Filipe Proênça de Carvalho Moraes 
Felipe Frieb de Carvalho 
Pedro Brandão Maia 
Bruno Souza Vieira Machado 
Rebeca Martins de Souza 
Joseane Maria Araujo de Freitas 
Outros dois menores

Foragidxs (9):

Luiz Carlos Rendeiro Junior 
Luiza Dreyer de Souza Rodrigues 
Ricardo Egoavil Calderon 
Igor Mendes da Silva 
Drean Moraes de Moura Correa 
Shirlene Feitoza da Fonseca 
Leonardo Fortini Baroni Pereira 
Pedro Guilherme Mascarenhas Freire 
André de Castro Sanchez Basseres

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