“Ativista” assassinada no Rio

Nota de Cumplicidade:

“Que com sangue e fogo caia o que a sangue e fogo se mantém”. Ricardo Flores Magon

Mais uma pessoa assassinada covardemente. Nesse território dominado pelo Estado brasileiro, parece que criticar publicamente ao poder, mesmo usando a “justiça” acaba com morte… Mais uma razão para não confiar no sistema judicial, mais uma razão para procurar as nossas formas de resolver “problemas” de maneira autônoma… Mais uma razão para deixar o medo de lado e atuar, se enfrentar,fazer da memória uma arma carregada… A policia, corrupta ou não é uma ferramenta do Estado/Capital que procura apagar qualquer iniciativa de rebeldia querendo  manter uma ilusão de “paz social”  nesse pais. Talvez ainda mais agora, com a chegada da copa do mundo,  a limpeza social, étnica e política esta se encaminhando com mais intensidade, utilizar-se da informalidade como mecanismo de organizar-se e afiar nossa cultura de segurança se faz cada minuto mais necessário. Recordamos também ao anarquista Samuel Eggers assassinado no Rio Grande do Sul!

Que a memória seja a nossa arma! Que o sangue dxs mortos ferva em cada gesto de ataque ao poder!!!

Retirado de https://rizoma.milharal.org/2013/11/24/nota-de-falecimento/

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A ativista Gleise Nana, 33 anos, que havia denunciado o sargento Emerson Veiga, do 15 BPM de Duque de Caxias, faleceu na madrugada dessa segunda-feira, 20 de novembro, após um incêndio suspeito no apartamento da ativista.

A poetisa e diretora teatral havia denunciado o sargento após ele ter postado insultos no inbox da ativista. Em um deles o PM a chamava de “maconheira,vagabunda e anarquista de merda, responsável pela desordem no Rio de Janeiro.” Com medo, Nana repassou as mensagens para os amigos. Passou, desde então, a receber telefonemas estranhos.

Com a ativista também havia muitas filmagens dos conflitos desde o começo, em junho. Nana tinha um vasto material com denuncia sobre abuso de PMs. Em um deles, o tenente-coronel Mauro Andrade admite que a PMERJ se excedeu.

Em um incêndio suspeito, no dia 18 de outubro, a ativista teve 35% do seu corpo queimado. O misterioso incêndio em seu apartamento também afetou os órgãos internos de Nana. Após quase 40 dias de coma, a ativista não resistiu e faleceu.

Cabe frisar que, num primeiro instante, a Polícia Civil trabalhou apenas com a hipótese de incêndio acidental. Mas após insistência de amigos e o trabalho dos advogados da Comissão dos Direitos Humanos da OAB, a própria Polícia Civil admitiu que o incêndio pode ter sido criminoso.

Resta agora um empenho de todos para que a apuração ocorra da maneira mais transparente possível, pois sabemos que existem jogos de interesse escondidos por trás desse misterioso acidente.

Nossos sinceros sentimentos…

Pedimos aos nossos leitores que compartilhem essa nota de falecimento para que mais pessoas saibam a verdade.

 

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