[Fortaleza] Chamada Anti-Brics

Recebido no email:

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O que é quebrar um banco comparado a fundar um?

Nas Jornadas de Junho discutíamos um tema que até então somente oseconomistas tinham os conceitos adequados para fazê-lo:

– Como aquele banco quebrou? – Qual?

– O Itaú, o Bradesco… – Ah sim! Quebraram!

A questão não era exatamente sobre a queda das taxas de lucros ou sobre as flutuações do câmbio. Discutíamos os métodos mais eficientes para escapar à resistência da blindagem translúcida de algumas agências bancárias e à ferocidade doméstica do Batalhão de Choque. Bila ou Pedra? No começo ou no final da manifestação? A polêmica se estendia noite adentro. Concluímos que há duas maneiras de se quebrar um banco. A primeira, e a mais simples, é estilhaçar suas vidraças a pedradas e nesse caminho reto esperar que para cada caco de vidro quebrado se manifeste os indícios da revolta contra a economia política e o controle alienado da vida. Pois não precisamos deixar nada bem explicado. Não precisamos de um fundamento para explicar a desigualdade social, a fome, o poder das elites e o fascismo do Estado democrático. Quem ainda hoje precisa de explicações para fazer a crítica prática da economia política ainda teme por ela. Vive sob os fantasmas da abstração mercantil. Não é preciso especialistas da economia, da política ou da sociologia engajada para expor com detalhes as contradições para quem as vive. A segunda maneira é não deixar escapar a certeza de que estamos fazendo o certo. Pois os dispositivos de controle do poder mercantil nos presenteiam com cartões dourados, financiam o desenvolvimento econômico e autossustentável daquela comunidade, são benevolentes em dar crédito àquele pequeno empreendedor e assim estendem a toda esfera da vida a totalidade da não-vida econômica. As ONGs, o BID, o BNDS, os dirigentes sindicais, o assessor parlamentar nos oferecem novas alternativas sociais ao capitalismo: solidariedade, sustentabilidade, democracia participativa, alimentos orgânicos e nessas uma nova possibilidade pela sobrevivência possível aparece. Uma nova economia faz-se possível sob a mesma repetição tediosa de trabalho assalariado-sobrevivência-trabalho assalariado. E acompanhando assiduamente o crescimento do PIB nos telejornais, rapidamente nos tornamos participantes daquilo que nos é mais estranho: a economia que só obedece às suas próprias leis. Assim, deve ser sem culpa ou dúvida a pedra lançada sobre a transparência dos vidros, na esperança de fazer ver a mais sólida e obscura gestão do poder de classe que existe na benevolência dos “projetos sociais”.

Em Julho de 2014, Fortaleza será sede para a fundação de um novo banco. O BDB, Banco de Desenvolvimento do BRICS, será pauta da 6ª reunião da cúpula do BRICS. Os dirigentes desse novo grupo político de cooperação que reúne os ascendentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul encenarão mais uma vez as suas fantasias de controle sobre o caos da reprodução autônoma do capital mercantil. O grau de entretenimento desse encontro pode ser medido pela comemoração que fez o Secretário de Turismo do Estado do Ceará chamando o encontro de “O negócio da China”. Além do alinhamento burocrático para a institucionalização do banco, o encontro pretende aprovar a criação imediata de um Arranjo Contingente de Reservas (ACR) de 100 bilhões de dólares. Um fundo de emergência para fins de combater a crise nos países do bloco e prover segurança ao investidor internacional. Inicialmente o Brasil deve contribuir com 18 bilhões de dólares. Estima-se que todos os gastos com a Copa do Mundo de 2014 (incluindo aeroportos, projetos de (i)mobilidade urbana, estádios) chegarão a 25 bilhões de reais. Isso é pouco mais da metade do que pretende dar inicialmente o governo Dilma em subsídios aos grandes monopólios capitalistas com a criação desse A configuração de um estado de exceção econômicopolítico objetivo e a inconsistência das ações dos governos tanto sob a ideologia do livre mercado quanto subsidiando setores específicos da produção de mercadorias, formam uma combinação eficiente para o crescimento da exploração da força de trabalho, assim como para o aumento da população excluída nesse processo, e o necessário controle político e policial de ambas. O Fantasma da crise mobiliza trabalhadores do mundo inteiro em favor de uma nova economia, mais benevolente, em que capitalistas e governos populares unem-se na luta contra a fome e a exclusão social. A Declaração de E-Thekwini, documento aprovado pela V cúpula do BRICS em Durban, diz: “ressaltamos que a agenda de desenvolvimento para além de 2015 deve basear-se no marco dos ODMs, mantendo o foco na erradicação da pobreza e no desenvolvimento humano, ao mesmo tempo em que enfrenta os desafios emergentes do desenvolvimento e leva em conta as circunstâncias nacionais individuais de países em desenvolvimento. Nesse sentido, a questão fundamental da mobilização de recursos para implementação da assistência aos países em desenvolvimento deve ser um objetivo abrangente.” Nesse encontro discutia-se os planos para a África miserável. Sabemos que frente à recessão mundial, a produção de mercadorias deve ser equivalente às possibilidades de acesso a esses bens de consumo. Resumindo, os miseráveis do mundo devem integrar a esfera do consumo em massa. Assim, a forma dos Auxílios, das Bolsas, do assalariamento globalizado cumprem com duas faces da mesma cédula: participamos politicamente da nossa exploração enquanto exploram toda participação como dispositivo de controle social. Toda a atividade mortífera do poder consiste em gerar tal ruína de um lado enquanto dispõe no outro as bases de uma nova economia.

É deste modo que BRICS, BNDS, BID, apoiam os mais diversos tipos de experimentações coletivas de governança pseudo-democráticas tipo bancos populares e moedas sociais, orçamentos participativos e todas as ilhas de diferença que pretendem evitar a crise do humanismo e depois rebater a culpa andando de bicicleta ou adotando o vegetarianismo político. Porque essa negação interna ao próprio sistema são distúrbios acidentais necessários à manutenção da própria heteronomia do sistema (re)produtor de mercadorias. Capturados, embotam o caráter subversivo da resistência à totalidade do mundo mercantil, assim como fizeram os meios de comunicação de massa domesticando a transmissão da experiência insurreta das Jornadas de Junho com pautas sociais tipo Fim da PEC-69, abaixo os 0,20 centavos e etc. Desde a resistência à ditadura militar não víamos brotar tão rapidamente tantas teorias sobre os movimentos sociais como vimos sobre as Jornadas de Junho. Mas nestas, poucos se arriscaram a dizer o mais simples e também o mais comprometedor com a tarefa vindoura: éramos jovens insurretos, assalariados, numa contestação proletária contra a copa, em solidariedade aos trabalhadores da educação no Rio de Janeiro, em apoio à resistência turca na praça Tahrir, na lembrança à rebeldia dos estudantes franceses em maio de 68, em memória aos communards de 1871, sendo algo como as grandes mobilizações de Seattle, de Gênova nos fins dos anos 90, na manutenção da transmissão revolucionária do ANTI-BID de 2001 em Fortaleza

(…)

Que vejamos a ordem questionada novamente! Em 14 de Julho de 2014, todas e todos em Fortaleza!

 

Contato: antibrics@riseup.net

 

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Grécia: Intensifica-se a luta contra a construção de prisões de máxima segurança

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Retirado de ContraInfo:

Desde 28 de Junho (6º dia de greve da fome em massa), a luta está a ser intensificada, dada a aproximação da votação do projeto de lei pela construção de prisões de máxima segurança – na próxima 5ª feira, 3 de Julho de 2014.

A 27 de Junho, a rede de lutadores presos na Grécia apelou à solidariedade com esta luta, referindo-se também ao caso de greve da fome de Nicolò Angelino, que foi preso em Itália.

Mais de 30 grevistas da fome foram transferidos já para o hospital da prisão de homens de Koridallos; durante a manhã de 28 de Junho os compasPanagiotis Argirou e Michalis Nikolopoulos (membros presos da Conspiração das Células de Fogo) tiveram de ser transferidos também, para o mesmo hospital, tal como os compas Argyris Ntalios, Yannis Michailidis e Nikos Romanos.

No entanto, no serviço de saúde da prisão assim como no hospital não existe pessoal para cuidar dos grevistas que aí são levados de urgência enquanto que a administração da prisão mostra uma total indiferença pelo seu estado de saúde, enviando-os de volta às alas prisionais. Para mais, os carcereiros têm sido postos em “interrupção laboral”, cortando assim, de fato, as visitas axs presxs (dxs advogadxs e famílias). Em resposta a estes fatos, a 27 de Junho ao fim da tarde em Koridallos, os presos permaneceram uma hora a mais fora das suas celas, após o tempo de pátio.

Salienta-se aqui que a compa Olga Ekonomidou, na prisão de mulheres, entrou em greve da fome a 25 de Junho.

Em termos numéricos, presos de mais duas prisões juntaram-se à mobilização (50 em Corinto e 60 na ilha de Kos). Por outro lado, na prisão da ilha de Corfu, mais presos entraram em greve da fome após uma forte e calorosa intervenção solidária junto aos muros deste centro de extermínio, realizada por 20 pessoas na noite de 26 de Junho.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=WFCpZjTpZRg

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[Grécia] Greve de fome de milhares de presos contra as “prisões de segurança máxima”

Retirado de CNA-RIO

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Em 23 de junho de 2014, mais de 4.000 presos em quase todas as prisões do território do Estado grego iniciaram uma greve de fome contra a criação de “prisões de segurança máxima”. Os presos exigem que a retirada do projeto de lei sobre as “prisões de segurança máxima” e as “condições de detenção especial”, as quais, segundo eles equivalem à pena de morte. O número dos presos em greve de fome aumenta diariamente.

Segundo o previsto por este projeto de lei, os presos serão classificados em três categorias (A, B e C). À categoria C pertencerão todos os presos acusados de roubo ou extorsão sendo membros de uma organização criminosa, os que tenham sido condenados com a chamada lei antiterrorista, os presos políticos, os qualificados pelo Regime como perigosos, os que tenham sido condenados a mais de dez anos de prisão (até a prisão perpétua) e os que tenham participado em motins dentro das prisões.

Os presos nestes cárceres-calabouços (categoria C) não terão direitos a solicitar permissão de saída do cárcere, nem a pedir a suspensão de sua sentença. Estarão encerrados em suas celas 23 horas por dia, sem ter nenhum contato com nenhum outro encarcerado ou outra pessoa, e sem ter direito nenhum a nenhuma atividade pessoal ou coletiva. Suas celas estarão situadas em uma seção especial da prisão, estando totalmente isoladas umas das outras. Se limitarão notavelmente as visitas que poderão receber os presos nestes cárceres e o tempo de sua duração, assim como a correspondência e as chamadas telefônicas que eles poderão fazer.

A Polícia terá o controle absoluto e direto destas novas prisões. Policiais de vários corpos da Polícia vão se instalar dentro delas, e serão eles e não os funcionários penitenciários os que se encarregarão dos presos e de suas celas, de qualquer translado, e em geral de sua vigilância constante durante as 24 horas do dia. A denominada Unidade Antiterrorista poderá irromper nelas e poderá efetuar requisições à qualquer hora, ou seja, poderá insultar, maltratar e inclusive torturar os presos.

A proposta de lei do governo já foi apresentada, e está prevista a votação neste verão. Com a criação destes verdadeiros calabouços, a que o governo chama prisão de segurança máxima, o Regime quer acabar com o “inimigo interno”, reforçando ainda mais seu arsenal repressivo e penitenciário. Este reforço está integrado na política de um Regime totalitário que ao mesmo tempo que concede privilégios aos pretorianos das forças repressivas, se vale de uma legislação fascista cada vez mais dura (o estado de emergência, a chamada lei antiterrorista, a lei antiencapuzado, etc.) para acabar com os que resistem a seus planos de converter a sociedade em um enorme quartel.

Ademais da retirada imediata deste projeto de lei, os presos em greve de fome exigem que não se eliminem as permissões para saída da prisão, e que não dependa esta permissão do Conselho Penitenciário. Segundo a legislação existente, este conselho determina se um preso terá direito a sair da prisão por uns dias, mantendo o direito a negar-lhe esta permissão se considera que há probabilidade de que o preso não faça “uso correto” desta permissão.

Também, os presos pedem que se inicie um novo processo para os condenados por posse de drogas, segundo a lei de 2013, a qual está praticamente em desuso. A Grécia é o primeiro país da Europa em número de pessoas condenadas a prisão perpétua, já que segundo uma lei de 2006, os usuários de pequenas quantidades de substâncias narcóticas podem ser condenados até a prisão perpétua.

Os presos exigem a eliminação da categoria especial dos denominados “presos hóspedes”, ou seja, dos imigrantes que tenham cumprido sua pena, mas não são colocados em liberdade, porque está pendente a questão da sua deportação. Estes presos não têm nenhum dos direitos dos demais presos (permissões, suspensões de pena, etc.).

Por fim, os presos exigem poder receber visitas de seus esposos e esposas, segundo a legislação existente, a qual, no entanto, não se cumpre.

No sábado, 28 de junho de 2014 em Atenas, se realizará uma manifestação em solidariedade com os presos em greve de fome.

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Chamado para a V Feira Anarquista de São Paulo

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A Biblioteca Terra Livre organiza a V Feira Anarquista de São Paulo, dando continuidade ao já tradicional encontro anual de anarquistas e simpatizantes do mundo inteiro. Na edição deste ano, assim como nas anteriores, acontecerá mostra editorial e venda de livros, jornais, revistas, fanzines e outros materiais libertários. A Feira de São Paulo pretende reunir editoras libertárias do país e do exterior. Paralelamente à mostra editorial haverá palestras e debates, assim como diversas atividades culturais, como exposições, poesias, apresentações teatrais, musicais e outras atividades.

Todas e todos estão convidados!

Data: Domingo – 09 de novembro de 2014 Horário: das 10h às 20h

Local: Espaço Cultural Tendal da Lapa Rua Constança, 72 – Lapa, São Paulo, SP, Brasil Próximo à estação de trem e terminal de ônibus Lapa. Entrada Gratuita.

Como Participar ou Colaborar Grupos, coletivos, editoras e publicações anarquistas interessadas em participar e, ou, expor seus materiais pessoalmente entrem em contato pelo e-mail feiraanarquista(a)gmail.com. Se você não puder comparecer, há maneiras de se envolver com a Feira:

• Grupos e coletivos: podem enviar panfletos e, ou, painéis com informações sobre suas atividades para exposição das práticas anarquistas no mundo ou então enviar um vídeo explicando o projeto que desenvolvem e o histórico do grupo.

• Editoras e publicações anarquistas: podem enviar seus materiais que nos encarregaremos da exposição e venda.

• Artistas: (amadores ou profissionais) podem criar e enviar um cartaz para a divulgação da feira.

Mais informações para o envio de cartazes em http://feiranarquistasp.wordpress.com/cartazes/ *Español: *http://feiranarquistasp.wordpress.com/es/ *English: *http://feiranarquistasp.wordpress.com/en/ *Français: *http://feiranarquistasp.wordpress.com/fr/

Organização: Biblioteca Terra Livre bibliotecaterralivre.noblogs.org Caixa Postal 195 CEP: 01031-970 São Paulo, SP – Brasil

 

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[Chile] HERMES E ALFONSO NAS RUAS!!!

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Nota de Cumplicidade:

Nos alegra saber que os compas Hermes e Alfonso saíram nas ruas. Lembramos que eles foram presos após uma tentativa de assalto ao Banco Estado em Santiago do Chile, no qual o companheiro Sebastian Oversluij Seguel morreu, a arma e o coração apontando à destruição do Estado-Capital. Desde o território controlado pelo estado brasileiro mandamos muita força também para Sol Vergara que nesses dias mostrou mais uma vez uma postura combativa e irredutivél frente à autoridade. https://contrainformateblog.wordpress.com/2014/06/22/trato-vejatorio-a-familia-vergara-toledo-sra-luisa-75anos-carcelera-que-reviso-la-hizo-desnudarse-y-hacer-sentadillas/

Recebemos no email e traduzimos:

HERMES E ALFONSO NAS RUAS!!!

“Saudações calorosas e fraternas a todxs xs companheirxs que mantêm viva a lembrança de nosso irmão Angry e se solidarizam conosco, correndo os seus próprios riscos e multiplicando a propaganda pelo fato. Um abraço apertado para cada umx de vocês, aqui no Chile ou na Argentina, Turquia, Alemanha, Indonésia e em cada canto mais longe ou mais perto. Seus gestos alimentam o fogo que levamos no nosso interior. Nossos corações estão com vocês.”

(palavras de Alfonso e Hermes desde o Módulo de Segurança Máxima, umas semanas antes de sair em liberdade).

Nessa sexta 13 de junho; gerido pela defesa de Hermes e Alfonso, a cargo da defensoria Popular, no 1° Tribunal de Garantia de Santiago; aconteceu um Juízo abreviado no qual os companheiros foram condenados a 5 anos de presídio menor, no seu grau máximo, se cumprindo com o beneficio de liberdade vigiada intensiva. Os companheiros aceitaram as acusações de porte ilegal de arma de fogo e roubo com intimidação. Nossa profunda gratidão à equipe da defensoria popular pelo trabalho realizado.

Queremos difundir e compartilhar a alegria que nos gera que nossos irmãos caminhem novamente nas ruas junto as/aos seus/suas e agradecer a todxs xs companheirxs que em cada canto do globo manifestaram que a solidariedade e o apoio mutuo é uma consigna viva. Pontualmente queremos agradecer axs companheirxs que nos ajudaram com a difusão e propagação da sua situação carcerária por diferentes meios, axs companheirxs que nos prestaram um espaço radial para nos comunicarmos e romper com o isolamento, à Biblioteca La Hiedra que serviu como centro de coleta, axs compas que levaram seus aportes, suas cartas e axs que semana a semana se encarregaram da encomenda.

Enfim, agradecer a todxs xs companheirxs e irmã/os que com suas ações de toda índole se solidarizaram ativamente com a sua prisão, expandindo a ideia de destruir a exploração e dominação, construindo no presente, um mundo sem autoridade.

Por ultimo, esses seis meses de prisão de Hermes e Alfonso, foram acompanhados do sabor mais triste e amargo da luta, a dor da morte que caiu encima de nós. Angry, tua ausência física é irreparável, mas a memória combativa te mantém presente na briga contra a autoridade. Te lembrar é a tarefa de cada companheirx no mundo que sinta e que queira fazê-lo. A ti, ao Mauri, Ao Jonny e a todxs xs companheirxs caídos se lembram com gestos e atos dispostos a destruir essa ordem de exploração.

A destruir o circo mediático que justifica a vingança do poder: Solidariedade ativa com os companheiros Freddy Fuentevilla, Marcelo Villarroel e Juan Aliste.

As malditas celas encarceram seus corpos, mas jamais seu espírito irredutível e inimigo da dominação: Sol Farias Vergara, Carlos Gutierrez Quiduleo, Hans Niemeyer, Alejandro Astorga, Rene Sanhueza, Jorge Mateluna, Francisco Solar, Monica Caballero, Nicolas Olivares e todxs xs presxs da guerra social. PRESENTES!!

SEBASTIAN “ANGRY” OVERSLUIJ SEGUEL VIVES EM CADA CORAçãO QUE SE MERGULHA NA LIBERDADE!

 

 

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Autobiografia de um Irredutível

recebido no email

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Inestimável relato auto-biografico,traduzida ao português e editada no ano passado por companheirxs do sul deste território, que conta a trajetória de vida e luta de Claudio Lavazza, companheiro anarquista sequestrado a 18 anos nas masmorras do Estado Espanhol, ativo participante das lutas nos chamados anos de chumbo na Italia , durante a década de 70, onde protagoniza inumeráveis ações de ataque e enfrentamento ao poder, passa a clandestinidade em 1982. Capturado no dia 18 de Dezembro de 1996, após uma tentativa de assalto a um banco Santander, que termina em ferrenho enfrentamento com as forças policiais, resultando duas agentes mortas, Claudio e seus companheiros feridos. Na cadeia mantém uma luta constante, participando em numerosos protestos. O livro, com a ajuda de documentos e cronologias descreve o seu itinerário, de um guerreiro , um irredutível que não se rende e nem baixa a cabeça diante de ninguém.

Disponibilizamos aqui o arquivo PDF para que mais compas tenham acesso a ele e para o caso de que o queiram re-editar, seguindo assim com a iniciativa de difundir tão estimulantes palavras….Claudio Lavazza 3 FINAL DEFINITIVO

Para o caso de que queiram a versão impressa do livro, esta sendo distribuída pelxs companheirxs da cruz negra anarquista de Porto Alegre-       cnapoa  A riseup.net

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[RJ] Sexta-feira, 20/06 – Lapa: Chegou a hora de mostrar pros turistas também qual é o problema da Copa do Mundo.

Retirado de Autogestao:

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Nesta sexta-feira, 20/06/14, três eventos de resistência se encontraram na Lapa, no centro da cidade. O primeiro, a Festa Junina “FIFA Go Home” da FIP (Frente Independente Popular); o segundo, a manifestação da greve dos professores que foi da Candelária até a Lapa; e o terceiro, a manifestação “Ditadura Carioca”, relembrando os levantes de junho, e em especial o dia 20 de junho de 2013, quando 1 milhão de pessoas foram às ruas e uma enorme violência policial tomou conta da Lapa para tentar conter a revolta popular. Um quarto evento também aconteceu da Candelária até a Prefeitura, foi a manifestação “20J: O Retorno do Gigante”, uma iniciativa nacional de pessoas indignadas, chamando a população pra relembrar o dia 20 de junho e protestar por melhoras na educação, saúde e transporte.

Os três eventos se encontraram próximo aos arcos da Lapa por volta das 19h. A manifestação “Ditadura Carioca” seguiu pela Rua Mem de Sá, na direção da “Lapa branca”, a parte onde ficam os bares mais caros da Lapa, e que hoje em dia é um reduto da classe média e dos turistas estrangeiros, que há alguns anos invadiram a área transformando o antigo bairro boêmio em atração turística. A tropa de choque também relembrou o dia 20 de junho de 2013, ela veio em peso acompanhar a manifestação com dezenas de caminhões do choque, centenas de policiais, e um helicóptero. Os manifestantes não eram muitos, mas o medo da policia de que estes se encontrassem com os turistas e atrapalhassem a diversão na “cidade maravilhosa”, fez com que ela agisse rapidamente de forma truculenta. A policia tentou impedir os manifestantes de fechar a Rua Mem de Sá com violência e com bombas de gás lagrimogêneo. Uma fumaça de gás lacrimogêneo se espalhou pela rua atingindo também as pessoas que estavam bebendo nos bares. No meio dessa confusão, muitos bares da rua fecharam as portas com pressa. Os turistas gritavam coisas em inglês, sem entender o que estava acontecendo. Um deles me perguntou:“What’s the problem?” (Qual é o problema?). Respondi que o problema era a Copa do Mundo. Ele reagiu assustado, dizendo: “então o problema sou eu?!”. O problema não é só você, são todas as pessoas e tudo o que colabora com a Copa do Mundo da miséria, da violência e da exploração.

A manifestação teve que retornar aos Arcos da Lapa, escoltada pela tropa de choque. Apesar de 7 pessoas terem sido detidas, maioria por porte de máscaras (segundo a mídia burguesa), um grupo de manifestantes ainda conseguiu continuar a passeata pelas ruas dos arredores da Lapa durante algumas horas. Enquanto isso, a Festa Junina da FIP rolava debaixo dos Arcos da Lapa. Uma faixa escrito “FIFA Go Home” foi estendida nos Arcos, que estavam incrivelmente brancos e limpos, como nunca se viu no Rio de Janeiro. Essa deve ser a limpeza urbana e o cuidado com o patrimônio histórico “padrão FIFA”. E uma pena que os hospitais, as escolas e todos os outros serviços básicos, não entraram para a lista de “agrados” à FIFA.

Um enorme contingente da “Lapa presente”, uma divisão de polícia criada este ano especialmente para proteger os turistas na Lapa, se pôs em torno da Festa Junina de rua da FIP. As tradicionais Festas Juninas de rua foram proibidas em cidades como Salvador, por exemplo, durante a Copa do Mundo, por isso a FIP decidiu fazê-la em solidariedade à essas cidades, e contra as regras impostas pela FIFA, exercendo o direito à livre expressão da cultura popular. Diversos artistas de rua e artistas populares se apresentaram durante a festa. O microfone também ficou aberto para qualquer pessoa que quisesse se expressar. Apesar do cordão com centenas de policiais da divisão “Lapa presente” e do helicóptero que não parou de girar em torno da festa durante a noite, a Festa Junina aconteceu como prevista. Foi uma ótima noite ocupando as ruas e o espaços tomados pelos turistas e pela polícia. Seguimos pulando a fogueira, até que o circo pegue fogo de verdade.

FIFA GO HOME!!!

 

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[BH] Solidariedade com Igor

Retirado de CNA-POA

MANDRIL

No sábado, dia 14 de junho de 2014, em Belo Horizonte, havia uma concentração para um protesto contra a copa do mundo no centro da cidade. A policia organizou uma operação repressiva nos arredores do lugar, identificando e revistando a todas as pessoas que se aproximavam, foram detidas 15 pessoas, entre os detidxs estava Igor Daniel de Aguiar Borges, que após a voz de prisão teve uma atitude corajosa frente à polícia e o circo midiático, contestando olho no olho e com a cabeça erguida às acusações dxs gambés. Foi uma atitude digna e ousada pela qual nos solidarizamos com ele, porque é preciso não demonstrar medo frente aos aparatos repressivos. Agora ele se encontra no CERESP (centro de remanejamento de presxs gameleira) aguardando pelo seguimento do espetáculo jurídico democrático.

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