[Prisões espanholas] Atualização da situação de Gabriel Pombo Da Silva – Agosto de 2014

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Retirado de ContraInfo:

Na quarta-feira, 6 de Agosto de 2014, o companheiro Gabriel Pombo da Silva saiu, por fim, do isolamento provisório (no qual foi colocado em A Lama, a 17 de Junho) para ser transferido para a prisão de Topas (Salamanca). Chegou lá na sexta-feira, 8 de Agosto, agora encontrando-se numa cela individual.

No entanto, à entrada, foi mais uma vez notificado da intervenção em todas as comunicações (escritas, telefónicas e visitas). A administração penitenciária dispõe ainda de um arsenal de medidas e vexações para punir e se vingar daquelxs que, como Gabriel, Francis, Mónica e muitos outrxs se recusam a baixar a cabeça e a submeter-se. Citemos, entre outras, as tentativas repetitivas de romper as relações do companheiro, dificultando – e para alguns impossibilitando – os contactos com o exterior ou separando-o das suas amizades com transferências de módulos, como agora aconteceu, passados apenas três dias da sua chegada a Topas.

Estes mesquinhos jogos sujos, característicos do Poder e da Autoridade, nada têm de surpreendente, fazem mesmo parte da abominável rotina carcerária e da chantagem ao “bom comportamento”, da cenoura e do pau.

Precisamente porque sabemos desta situação, e não estando dispostxs a aceitá-la, que vamos continuar atentxs à situação dxs companheirxs e, especialmente, continuar a lutar contra a maquinaria trituradora que nos pretende esmagar.

Tanto dum lado como do outro do muro, destruir o que nos destrói!

Pela liberdade,
Alguns/algumas anarquistas
A 16 de Agosto de 2014

Para escrever ao compa:

Gabriel Pombo Da Silva
Centro Penitenciario de Topas – Salamanca
Ctra. N-630, km. 314
37799 Topas (Salamanca)
España – Espanha

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[Uruguai] Saiu a programação da “3ª Feira do Livro Anarquista de Montevidéu”

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• Sábado, dia 30:

14h – Abertura.

16h – Palestra: “Experiência libertária no meio Universitário 1955-1973”.  A cargo de Silvestre Peciar.

16h30 – Apresentação do livro “Sem Deus nem patrões: história, diversidade e conflitos do anarquismo na região chilena (1890-1990)”. A cargo do autor, Victor Muñoz.

18h – Palestra: “É possível a autogestão do conhecimento histórico? A história além do Estado”. A cargo de Enrique Córdoba.

18h – Apresentação do livro “Contragovernar”, de Richard Viscardi. A cargo do autor.

19h – Apresentação do livro “Século e Meio de Anarquismo. Da Comuna de Paris as Insurreições Anti-globalização”, de Osvaldo Escribano. A cargo do autor e outros companheiros.

20h – Palestra-debate: “Violência revolucionária, guerrilha e insurreição (1960-1970)”. A cargo de Irma Leites e amigos da Tierra Purpúrea.

22h – Música ao vivo: “Os vilões de Garcia”.

• Domingo, dia 31:

12h – Abertura.

12h30 – Almoço coletivo.

13h30 – Palestra: “A Rede da Dominação: Análise das estruturas de dominação para ser discutido, desenvolvido e utilizado na prática”. A cargo das editoras Flogisto e Anomia (Buenos Aires).

15h – Palestra: “Subjetividades e luta no Oeste de Montevidéu”. A cargo de um companheiro da região.

16h- Apresentação da revista “Rebellion” (Buenos Aires). A cargo dos editores.

16h – Programa radiofônico especial de “Incêndio”, com transmissão ao vivo da Feira.

17h – Palestra: “Resistência contra a Monsanto 2013-2014 em Córdoba-Argentina”. A cargo de Leo.

17h30 – Apresentação e palestra: “Publicação “Kaclismx. Contexto repressivo no Rio de Janeiro antes, durante e depois da Copa do Mundo”. A cargo da Cruz Negra Anarquista Porto Alegre.

La Solidaria: Fernandez Crespo 1813, quase Cerro Largo, Montevidéu.

Mais infos: feriaanarquistamvd.wordpress.com.

 

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[SP] Semana Internacional de Solidariedade a Presxs Anarquistas

Retirado de tattoocircussp

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Em 23 de agosto de 1927 foram executado pelo Estado dos EUA os anarquistas imigrantes Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti, por um crime que não cometeram.

Por isso o mês de agosto é um marco internacional da luta anti-cárcere anarquista, e entre os dias 23 a 30 de Agosto acontecerá em várias cidades do Brasil e do mundo a Semana Internacional de Solidariedade e Apoio a Presxs Anarquistas.

Mais informações sobre o chamado internacional e as atividades que ocorrerão na Semana no Brasil e no mundo podem ser conferidas aqui: Chamado Internacional,Cruz Negra Anarquista Rio, Cruz Negra Anarquista Porto Alegre

Como uma forma de pensarmos e agirmos coletivamente sobre o encarceramento e as prisões – toda prisão é política! – chamamos a todxs a participar das atividades em São Paulo:

23 de Agosto – Sábado – 10h as 18h
1ª Feira Anarquista da Baixada Santista
24 de Agosto – Domingo – 15h
Cine-debate “Se uma árvore cai: Uma história da Frente de Libertação da Terra”

+ Escrita de cartas para presxs políticxs anarquistas em todo mundo.

Local: CICAS Av. do Poeta, 740 – Vila Sabrina – Ponto Final do ônibus Praça do Correio – Vila Sabrina.

30 de Agosto – Sábado
15h às 17h: Oficina de auto- defesa para mulheres, lésbicas, pessoas trans*, homossexuais e expressões de gênero não dominantes.

18h às 20h- Roda de conversa sobre Cultura de Segurança.

Local: CDC City Lapa – Rua Sepetiba, 660 – Lapa – Próximo à estação de trem Lapa e Metrô Vila Madalena

Contato: tattoocircussp@riseup.net

Até que todxs estejamos livres!

Agressores machistas, lesbo-homo-transfóbicos, racistas, fascistas e skinheads de qualquer espécie não estão convidadxs e não serão bem vindos.

Mais info aca: http://tattoocircus.noblogs.org/post/2014/08/19/semana-de-solidariedade-a-presxs-anarquistas/

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“Balaklava: Um Chamado à Guerra Nômade”

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“O perfil dos black blocs não muda. É quase sempre o mesmo: desempregado e jovem, acha que a única maneira de resolver seu problema é quebrando tudo. Já está se tornando uma diversão para eles, como se fosse sair numa sexta-feira à noite” Wagner Giudice, delegado do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais)

“Em uma sociedade que aboliu toda forma de aventura, a única aventura restante é abolir tal sociedade” Internacional Situacionista

A publicação “Balaklava: Um Chamado à Guerra Nômade” foi lançada no outono de 2014 e teve algumas centenas de cópias distribuídas gratuitamente por nossas células em várias das cidades onde ocorreram os atos do 15 de maio, o 15M, dia internacional de luta contra contra a Copa do Mundo de Futebol. Vemos a essa luta contra a Copa como uma continuação das ondas de lutas libertárias e radicais que surpreendentemente emergiram e se fizeram visíveis – junto a outras não tão libertárias assim – durante o último semestre de 2013. Setores e grupelhos com uma disposição radical para a luta conseguiram se encontrar e disseminar seu teor crítico e ações anárquicas, mas também atraíram a atenção do Estado e seu poder repressivo que promete, e vem sendo, implacável no ano de 2014.

Os mega eventos e seu legado de leis de exceção, repressão a movimentos sociais e ameaça aos direitos básicos de diversas comunidades são exemplos de como o Capitalismo mundial precisa de pontos de ruptura para adaptar e tornar ainda mais brutais os aparatos através do qual suas classes dominantes mantêm o poder e o controle sobre nós. É nesse cenário que nos levantamos para continuar compartilhando experiências e conhecimento crítico, além de fazer novos chamados e buscar melhores encontros. O texto está dividido em 13 capítulos, com 80 páginas, que analisam as lutas no Brasil desde junho de 2013, mas também sua relação e conexão com outros levantes como os que simultaneamente tomaram lugar na Turquia e também o que varreu a Grécia em 2008 e a Primavera Árabe de 2010 e 2011. Além disso, conta com um apêndice sobre cultura de segurança e reflexões sobre o controle imposto a todas nós na era conhecida como auge da comunicação digital.

Cópias estão sendo enviadas anonimamente para diferentes editoras e distros que pensamos poder ser um ponto de difusão para esses debates. Todo o

texto, assim como outros materiais libertários e relacionados à segurança e munição para a resistência anti-capitalista pode ser encontrada para download no site do projeto balaklava.noblogs.org/o-texto.

 

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Santos (SP): 1ª Feira Anarquista da Baixada Santista acontece em 23 de agosto, das 10h às 18h

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Informamos que no dia *23 de agosto de 2014* (na mesma data onde se recorda os 87 anos do assassinato legalizado dos anarquistas Nicola Sacco & Bartolomeo Vanzetti), será realizada a 1ª Feira Anarquista da Baixada Santista, na Vila do Teatro, na Praça dos Andradas, 95 (ao lado da rodoviária), Centro, Santos (SP), das 10h às 18h.

O evento pretende reunir várias editoras e coletivos para exporem suas publicações (livros, jornais, revistas, zines e outros materiais libertários), promovendo uma experiência associativa entre os grupos e as pessoas envolvidas, difundindo as ideias libertárias através de sua prática. Haverá venda, troca e distribuição gratuita de diversos materiais libertários. Até o momento, temos as seguintes presenças confirmadas: Im/prensa Marginal (São Paulo), Ativismo Abc (Santo André-SP), Coletiva Marana (São Paulo), Biblioteca Terra Livre (São Paulo), Centro de Cultura Social (São Paulo), Editora Faísca (São Paulo), Editora Imaginário (São Paulo), Movimento Anarco-Punk (São Paulo), Laboratório de Educação Anarquista (São Paulo), De Bike No Velô Distro (São Paulo), Estrella Negra (Santiago/Chile), No Gods, No Masters (Itanhaém-SP), Hângü Cozinha Livre (Ilhabela-SP), 100% Vegetal (Guarujá-SP), Mães de Maio (Santos-SP), Santa Rosa Breakers (Guarujá-SP), Marcha da Maconha Santos (Santos-SP), Rádio da Juventude (São Vicente-SP), Núcleo de Estudos Libertários Carlo Aldegheri (Guarujá-SP).

Editoras de localidades distantes, que não poderão participar presencialmente da Feira, vão enviar suas publicações para a exposição. Paralelamente à mostra editorial haverá palestras e debates, assim como diversas atividades culturais, como exposições (murais), oficinas, apresentações teatrais, espaço recreativo para crianças, musicais, poesias e outras atividades. O cronograma de atividades para a 1ª Feira Anarquista da Baixada Santista até o momento está assim:

10h – Exibição do documentário “Libertários”;

11h – Debate: “Editoras Anarquistas”;

12h – Oficina de Produção de Livros (Marina Knup – Imprensa Marginal);

13h – Contador de História para Crianças (Laboratório de Educação Anarquista);

13h – Roda de Conversa Sobre Gênero;

14h – Teatro: “Uma Palhaçada Federal” com Os Panthanas;

15h – Debate: “As Eleições Numa Perspectiva Anarquista”;

16h30 – Debate: “Presos Políticos no Chile” (Coletivo Estrella Negra) & “Terrorismo de Estado”, por Débora (Mães de Maio);

18h – Encerramento com os grupos musicais: Mano Shabba, Ktarse, Revolta Popular, Pânico Brutal, entre outros à confirmar.

A 1º Feira Anarquista da Baixada Santista está sendo organizada num esforço conjunto entre grupos e indivíduos envolvidos com o Movimento Libertário da Baixada Santista.

 

Todxs estão convidadxs!

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Piauí: Baixe o primeiro número da Revista Mandu Ladino

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É com imenso prazer e alegria que lançamos nosso periódico informativo, chamado Mandu Ladino, órgão de propaganda do GEAPI – Grupo de Estudos Anarquistas do Piauí. Sua proposta é divulgar nossas atividades, ideias, documentos importantes e apoiar os grupos, associações, bibliotecas, coletivos e coordenações anarquistas no Brasil e no Mundo. Para ler, basta baixar a mesma pelo link: http://zip.net/bvpjGp.

O anarquismo no Piauí vive e prospera!

O povo vencerá!

A p r e s e n t a ç ã o:

É com prazer que o GEAPI – Grupo de Estudos Anarquistas do Piauí abre espaço para mais um meio de informação e comunicação da ideologia ácrata em solo piauiense, através do Jornal Mandu Ladino. Seu nome é uma homenagem ao indígena Arani que liderou a Revolta de Mandu Ladino, movimento de resistência desenvolvido após inúmeras brutalidades contra os nativos piauienses por parte dos colonizadores portugueses, entre os anos de 1712-1719. Mandu Ladino articulou o levante com outras aldeias, queimando fazendas de gado, as mesmas que se apossaram das terras de grande parte da população originária da região. O movimento alcançou a província do Ceará e Maranhão, e foi sufocado após a morte de Mandu por ferimento e afogamento no Rio Parnaíba. Mandu Ladino deve ser reconhecido como símbolo de mudança e rebeldia, de resistência ao sistema que domina e explora, pois assim atuou e lutou em seu tempo, e por conta disso reivindicamos a memória combativa deste indígena para nomear nossa nova via de comunicação externa. O jornal será editado mensalmente, trazendo notícias, das lutas piauienses, nordestinas, brasileiras, e mundiais, assim como indicações de leituras e indicações de nossas atividades durante determinado mês. Esperamos, através dele, promover mais ainda o debate e construção do anarquismo no Piauí, considerando o espírito internacionalista e cooperativo arraigado no anarquismo desde as suas iniciais formulações durante os primeiros embates do forjar da luta de classe na Europa do século XIX.

Mandu Ladino

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[Reino Unido] O britânico que quis assassinar Franco

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Em 1964 um jovem anarquista, Stuart Christie, foi preso em Madri por participar de um plano para assassinar o general Francisco Franco e por fim a quase três décadas de regime militar. Meio século depois Christie relatou a Mike Lanchin, do programa Witness, “Testemunhos”, da BBC, por quê acabou participando no complô que mudou sua vida.

Stuart Christie, de 18 anos, havia chegado à capital espanhola com uma mochila cheia de explosivos, procedente de Londres. Haviam-lhe dito que devia ir às oficinas da American Express para receber instruções. “Cheguei em Madri, fui tomar um café na “Puerta del Sol”, e logo caminhei para as oficinas da American Express. Quando entrei vi ao menos quatro ou cinco homens com óculos escuros e lembro que pensei que devia ter cuidado”, recorda Christie. “Fui à oficina e apresentei meu passaporte à moça no balcão e quando ia pegar o documento, foi detida pelos seus superiores que interceptaram a carta com instruções. Nesse momento soube que havia caído em uma armadilha”. Christie saiu à rua e tentou fugir. “De repente eu me vi contra uma parede e algemado. Disse: ‘sou um cidadão britânico, sou turista’, mas eles responderam ‘és um terrorista e virá conosco’. A boca secou, toda a saliva desapareceu e me senti com um papagaio em uma jaula”.

“Tínhamos entre 16 e 22 anos”

Como Christie havia chegado a participar no plano? Meses antes, em Londres, o jovem havia entrado em contato com membros de um grupo clandestino de anarquistas, formado por exilados espanhóis que se opunham implacavelmente a Franco. “Havia muita camaradagem no grupo. Discutíamos sobre política, bebíamos, cantávamos, como se pode esperar de jovens. Todos tínhamos entre 16 e 22 anos”. Os exilados seguiam ávidamente os eventos no território espanhol, onde o regime respondia com crescente repressão a seus opositores. “Me pediram que fosse à casa de um dos membros do grupo. Ali fomos a um quarto na parte traseira da casa e me disseram: ‘algo sucede, estarias disposto a viajar no final do mês?'”. “Não perguntei que devia fazer especificamente, mas sabia que seria algum trabalho de mensageiro. Supus que se trataria de armas ou explosivos. Me senti entusiasmado de passar à ação finalmente, em lugar de simplesmente esperar”. Christie disse a seus amigos que ia trabalhar em vinhas no sul da França durante o verão e viajou de Londres a Paris. Ali um contato lhe deu vários pacotes com explosivos e afirmou que devia entregá-los a um indivíduo na “Me disse que quando encontrasse o contato na Espanha devia usar um lenço como se tivesse uma atadura na mão. Alguém se aproximaria para dizer-me ‘como está, dói?”. “Eu deveria dizer ‘não dói’. E se me falassem deveria responder ‘sou alemão’, entregar os pacotes e regressar à França.

“Banhado em suor”

Antes de chegar a Espanha Christie decidiu tirar os explosivos de sua mochila e escondê-los. Prendeu-os em seu corpo com fita adesiva e em pleno verão colocou por cima um suéter grosso de lã que lhe havia tecido sua avó. “Estava banhado em suor e além disso o carro parou várias vezes, por isso tive que descer e empurrá-lo. Com o suor a fita adesiva afrouxou e eu sentia como os explosivos me deslizavam. Havia agentes de trânsito na rua e temi que o pacote acabasse nos pés de um policial e me descobrissem”. Não foram os explosivos os que delataram Christie. A polícia secreta de Franco havia se infiltrado nos grupos de exilados em Paris e Londres e estavam sabendo do complô. “Após me prenderem, levaram o carro para a sede do organismo de segurança. Começaram a interrogar-me e não encontraram nada ao princípio, mas quando inspecionaram meu saco de dormir viram os explosivos. Sabiam exatamente o quê buscavam e ademais já tinham a carta com instruções em seu poder”.

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 “Ainda sou anarquista”

Christie foi declarado culpado de terrorismo e condenado a 20 anos de prisão, mas foi liberado após três anos e meio, em setembro de 1967. Vive no sul da Inglaterra, onde tem uma imprensa e ainda participa em política. Quê sente 50 anos depois? “Ainda sou um anarquista e não vejo como isto possa mudar no futuro. No mais, o tempo que passei na prisão fortaleceram e consolidaram minhas ideias”. “Minha avó me disse, não podes ir pela vida sendo um espectador, deves ser responsável por tuas ações. Esse sentido de responsabilidade foi o que me levou a envolver-me na resistência antifranquista”.

“Senti que não tinha alternativa”.

 

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[POA] Semana internacional de agitação e solidariedade axs presxs anarquistas

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