[Cuba] ANARCO-CAPITALISMO? NÃO, OBRIGADO! A Oficina Libertária Alfredo López se pronuncia sobre o Anarco-Capitalismo e os Institutos Mises.

Retirado de ANA

A Oficina Libertária Alfredo López (“Taller Libertario Alfredo López”) é uma coletividade que tem por propósito promover a auto-organização libertária da sociedade sobre a base da autonomia, da equidade, e da eliminação da exploração econômica.

Consideramos que a liberdade social plena só poderá fundar-se no trabalho comum, no acordo explícito, e no apoio mútuo, e não é compatível com nenhuma variante de monopólio sobre a tomada de decisões sociais ou sobre as fontes de bem estar coletivo, o qual inclui claro a incompatibilidade da liberdade social com a apropriação privada do trabalho alheio sob a forma salarial, seja em sua variante de negócio privado, ou bem a das corporações anônimas, ou inclusive a de qualquer tipo de “Estado bem feitor”.

Isso significa nosso rechaço explícito ao capitalismo sob qualquer de suas formas, ao sistema salarial, e à mais valia.

Do mesmo modo, rechaçamos e rechaçaremos o desamparo dos que trabalham nas empresas privadas atualmente existentes em Cuba – que emerge no seio da atual transição ao capitalismo privado, promovida desde a oficialidade -, a explicitação das diversas discriminações lesivas à dignidade humana, e a ausência de garantias sócio-políticas para o exercício do protesto e da greve por quem trabalha em qualquer setor da economia.

Não é o capitalismo privado o remédio para os problemas de Cuba e os do mundo de hoje, como nenhuma outra variante de capitalismo o é tampouco.

Estas posturas foram explicitadas por nossa Oficina em numerosas ocasiões, nos mais diversos meios e espaços.

Ademais, nossa Oficina Libertária Alfredo López se orgulha de ter sido um dos coletivos fundadores da Federação Anarquista da América Central e do Caribe, à qual nos honramos em pertencer e no seio da qual atuamos de conjunto com outras coletividades e pessoas livres, igualmente anti-capitalistas e anti-autoritárias, de muitos rincões de nosso Continente.

Nossos conceitos de anarquismo e de anti-autoritarismo incluem o respeito a quaisquer opiniões filosóficas, políticas e econômicas, e defendemos firmemente o direito à liberdade de expressão.

Mas o exercício de tal direito implica o dever da transparência, e nos corresponde aclarar que os que integramos esta Oficina temos o consenso sobre o antes exposto, o qual nos faz completamente alheios a qualquer propostas anarco-capitalistas, quer dizer, aquelas que presumem a compatibilidade entre a possibilidade de uma sociedade sem Estado e a permanência do regime econômico da apropriação privada do trabalho coletivo, sob a forma da mais valia. Não cremos na fatibilidade de tal “empresa”, e colocamos bem claro nossa distância a respeito do anarco-capitalismo em qualquer de suas formas, em especial as promovidas pelos Institutos Ludwig von Mises e – em Cuba – pelo auto-denominado Partido Libertário Cubano José Martí, do qual não fazemos parte.

O mais radical anti-capitalismo é e será um dos pilares críticos e construtivos de nosso coletivo e de suas propostas para Cuba, as Américas e o planeta.

POR CUBA LIVRE E LIBERTÁRIA!

Oficina Libertária Alfredo López

Fonte: https://observatoriocriticocuba.org/2017/08/10/anarco-capitalismo-no-gracias-el-taller-libertario-alfredo-lopez-se-pronuncia-sobre-el-anarco-capital-ismo-y-los-institutos-mises/

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[Argentina] “Somos bons índios quando estamos quietinhos, se lutamos somos maus e violentos”

Retirado de ANA:

Após a repressão da comunidade mapuche em Lof Cushamen, há uma pessoa desaparecida. Trata-se de Santiago Maldonado. Várias testemunhas indicam que na fuga, Santiago não atravessou o rio para o qual os outros escaparam, e foi capturado pela Gendarmeria [Polícia Nacional]. No entanto, não há nenhuma informação sobre o seu paradeiro. Enquanto isso, Lonko Facundo Jones Huala ainda está na prisão e em greve de fome. Isabel Huala, sua mãe, pediu o aparecimento de Maldonado e a liberdade de seu filho. Ela contou como foram as repressões desta semana, se referiu à demonização da mídia tradicional e descreveu o que aconteceu como Terrorismo de Estado.

Por La Retaguardia

Isabel Huala, falou com Fernando Tebele no programa de rádio “La Retaguardia” e não hesitou em qualificar severamente a contínua repressão do Estado que os mapuches têm sofrido há muito tempo. Também analisou a história dos sofrimentos de sua comunidade: “Isso se chama de violência política, institucional e Terrorismo de Estado. Não tem outro nome. Nesta área, há mais de 130 anos que sofremos o Terrorismo de Estado, com a Conquista do Deserto e depois, eventualmente, com a Operação Condor. Isto não é novo. Que foi deixado um pouco esquecido ou oculto, não significa que não farão as mesmas coisas novamente. Temos a certeza de que é uma perseguição política para com Facundo. Quando atacam Facundo, atingem a família e o povo mapuche”, advertiu.

Em seguida deu sua sensação sobre a liberação de sua família e companheiros: “Agora um pouco mais tranquila porque já liberaram os 9 detidos da repressão de segunda-feira. Meu filho Fausto, que foi ferido em janeiro, esteve preso esses dias. Também meu sobrinho Emilio e minha sobrinha Romina, que são irmãos. Meu outro sobrinho, Santiago, os lamien e outros companheiros que também foram detidos por pedir a liberdade de Lonko Facundo Jones Huala, meu filho mais velho”, contou.

Entre os fatos, o Clarín [principal jornal argentino] denunciou um incêndio em La Trochita, Esquel, responsabilizando os mapuches, mas Isabel disse ter sérias dúvidas sobre a responsabilidade atribuída aos membros de sua comunidade: “Eu vi as fotos em vários jornais e em vários meios de comunicação do que se queimou. Se foram os mapuches eu tenho minhas dúvidas. Tem havido muitos incêndios e eles culparam Facundo ou os mapuches. Em muitos dos incêndios aparecem os panfletos ou os papéis todos organizados que supostamente deixam os mapuches, inclusive onde houve chuva, neve e geada. Eles aparecem intactos, sem estarem molhados, no meio de um pampa. Onde houve grandes incêndios aparecem sem sequer queimar. Onde os bombeiros foram jogando água para apagar os incêndios, o papel aparece sem ter queimado e sem os bombeiros os terem atingido com a água. Tenho minhas dúvidas”, ratificou a mãe de Jonas Huala.

Santiago Maldonado está desaparecido

O desaparecimento de Santiago Maldonado, após a repressão em Lof Cushamen, é o mais preocupante nesta onda de violência e perseguição contra a comunidade mapuche. Isabel apontou as relações políticas do grupo Benetton com a Ministra da Segurança Interna, Patricia Bullrich, e confirmou que eles não têm nenhuma informação sobre o paradeiro do jovem: “Não pode saber ainda. A última coisa que se sabe é que a polícia o levou. Eles o viram. As pessoas que estavam fugindo das balas 9 milímetros e das balas de borracha, viram que a polícia agarrou-o e levou-o. Ninguém sabe nada sobre ele. Parentes dele viajaram para Bariloche para poder fazer a denúncia. Apresentações foram feitas em Esquel. Está sendo procurado em Esquel, em Bolsón, em Bariloche, em Maitén e em todos os lugares possíveis das dependências da Benetton ou de serviços da Benetton. Hoje estão todos sob as ordens da Benetton, tanto a Gendarmeria como todas as forças de segurança. Parece que estão de mãos dadas com a (Patricia) Bullrich, porque a Benetton manda”, explicou.

E acrescentou: “Estamos muito preocupados por isso, mais até do que a liberação dos nove detidos. O nome dele é Santiago Maldonado. É de La Plata. Ele veio morar em El Bolsón. Quando soube da detenção de Lonko, veio ajudar a comunidade. Agora também é responsabilidade da Lof encontrá-lo porque o levaram da comunidade”.

A repressão

Isabel relatou o que as forças repressivas significaram, mais uma vez, entre tantas outras. Ela também denunciou a perseguição contra todos os povos nativos, como com os wichí em Formosa e deixou um pedido específico: “Eles queimaram tudo. Queimaram barracas, casas, móveis, cadeiras, colchões, cobertores e roupas. Todas as sementes que estavam prontas para semear nesta temporada foram queimadas. Levaram todas as ferramentas e motosserras. Os colchões novos que tinham sido doados recentemente foram carregados nos caminhões e levados embora. Na terça-feira, na detenção dos lamien, de um dos meus sobrinhos aqui em Bariloche, a polícia de Río Negro roubou o salário que tinha sido cobrado por seu dia de trabalho. Tiraram de sua mochila, além de lhes bater, insultá-lo e machucá-lo”.

Esclareceu ela que “somos índios folclóricos e bons quando estamos quietinhos. Quando não levantamos as nossas vozes, quando não lutamos pelos nossos direitos ou pelo nosso território. Quando começamos a lutar, a gritar e a levantar a voz, nos tornamos os violentos, os maus e os não argentinos. Eu não sou argentina nem chilena. Sou mapuche. Sou preexistente aos dois Estados. Não quero construir outra nação. Quero que reconheçam minha identidade e me devolvam a dignidade como mapuche”, afirmou convencida.

A situação de Facundo Jones Huala e o papel da mídia

Facundo ainda está em greve de fome e está na Unidade 14. “Esta ditadura devolveu a verdade que produz muito medo. Muito medo de que apareça sem vida. Muito medo de que não só comecem a faze em Lof, mas que também façam com pessoas oprimidas. Com o trabalhador que está sem o seu salário e sem o seu modo de vida. Que comecem a fazê-lo também com todas as pessoas”, explicou a mãe de Jones Huala.

Ela também se referiu à mídia, “a coisa mais assustadora é as pessoas adormecidas. As pessoas acreditam no Clarín, no diário de Río Negro, no diário Jornada, na Red 43. Há tantos meios de in-comunicação que saem para dizer atrocidades, como a TN também, que agora se retratava e veio querendo tomar uma nota ao Lonko e queria também que me manifestasse, aqui no meu território. Eu não a dei”.

Isabel se encarregou de apontar para os líderes políticos responsáveis desta situação e pediu-lhes para anular o julgamento contra seu filho: “Tudo o que está acontecendo, além da mídia, há muito poucas pessoas que podem remediá-lo. Uma é a Corte Suprema que tem de manifestar-se no caso de Facundo. Eles não podem fazer um julgamento duplo quando houve um julgamento no ano passado e foi anulado. Exijo que a Corte Suprema diga alguma coisa e anule este novo julgamento que o juiz quer fazer (Gustavo) Villanueva. É ilegal. Ele está sendo sequestrado na prisão de Esquel. Eles o levaram daqui, de Bariloche, para Esquel, quando duas semanas antes não havia aviões para trazer comida para os animais e nosso povo atingido pela cheia do rio, em Maitén e Cushamen. Toda esta área foi isolada pela neve. Eles fizeram este grande teatro para que descobríssemos pelos meios de in-comunicação e nem sequer dar um telefonema para chamar a família e dizer que eles tinham atrasado no (Posto) Villegas ou dizer-nos que ia ser transferido para Esquel tal dia. Eles não puderam fazer isso, e eles não puderam ajudar as pessoas que realmente precisavam”.

“É claro para mim que a Corte Suprema, o presidente (Mauricio) Macri, a Ministra Bullrich, (Mario) das Neves, Weretilneck e todos os idiotas de plantão que estão neste momento eleitos pelo povo, que está adormecido e continua a reproduzir as grandes mentiras que trazem a mídia e os meios de in-comunicação, são os únicos responsáveis. Da saúde do meu filho por estar em greve de fome. Do que chegue a acontecer com Santiago Maldonado. Desses dias que estiveram presos todos esses meninos, meus sobrinhos, meus mapuches e meus lamien, que perderam dias de trabalho, perderam dias de estar com seus filhos. As únicas pessoas responsáveis são os idiotas de plantão. Também a presidente Bachelet porque se junta para fazer acordos com Macri e as preocupações que menos têm é com as crianças mapuche, com o povo mapuche e seguem a matar mapuches em Gulumapu”, denunciou.

Para terminar, Isabel Huala deixou uma reflexão sobre as injustiças que existem com os povos nativos e a enorme discriminação contra eles. Assegurou que eles não estão com medo e que eles vão continuar a lutar para restaurar a dignidade. “É muito triste que isso esteja acontecendo. É muito triste ver nas redes sociais a quantidade de absurdos racistas que as pessoas dizem. Todos pensam que são europeus. Todos eles desceram dos barcos, mas eles não devem esquecer que quando eles saíram dos barcos foi porque lá estavam famintos, porque lá estavam em guerra. É por isso que tiveram que vir para esta região. Eles não vieram aqui com bolsos cheios. Eles vieram para tirar a terra de nós, em cumplicidade com o Estado argentino e o Estado chileno”.

Ela deixou claro que hoje eles pedem justiça e dignidade e que isso lhes serão devolvidos, reconhecendo o genocídio que fizeram com todos os povos nativos. “Eles mataram-nos, massacraram-nos. Hoje vamos levantar-nos e vamos continuar a levantar. Não estamos mais com medo. Não temos mais medo da repressão. Não temos medo das balas. Não temos medo de todo esse aparato. Não temos medo de sua justiça, porque sabemos que foi feita sobre o sangue de nossos antepassados”, advertiu a mãe de Facundo.

Isabel Huala enviou força para todos aqueles e aquelas que lutam, para os povos nativos do Norte, para Santillán – que também está em greve de fome como meu filho -, “um grande abraço e muito newen”, concluiu.

O discurso de Isabel é duro. É difícil de ouvir para boa parte da população. São tantos anos de pilhagem e perseguição que talvez os mapuche que tentam se levantar não podem medir se estão ante um governo mais repressivo do que os anteriores, ou se são expostos para que o governo possa usá-los e dar uma mensagem exemplar. Pesam os anos. E não parece que exista algo mais para acalmá-los que respeitar os seus direitos, que lhes devolvam parte de suas terras arrancadas a sangue e fogo, para serem capazes de viver em harmonia com a natureza de acordo com sua visão de mundo. O Estado parece ter respondido com o pior das repressões. Com uma pessoa desaparecida. Novamente, com uma pessoa desaparecida.

Fonte: https://latinta.com.ar/2017/08/indios-buenos-calladitos-peleamos-violentos/

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[POA] Nova publicação: Crônica Subversiva

Recebido no email:

Com a intenção de difundir os impulsos de rejeição contra a dominação, surge uma nova publicação que procura disseminar aquelas ações que conseguem atingir a materialidade do estado capital civilizador.  Ao mesmo tempo, esta nova publicação espalha a solidariedade anarquista que não reconhece fronteiras nem distancias, publicando também o numero 4 da revista Kataklisma da CNA Porto Alegre.

Buscamos divulgar ações que, com e sem reivindicação, inconfundivelmente dão um golpe contra todo que busca nos oprimir e devastar a terra. Por isso reproduzimos algumas notas da mídia, por que nos permitem tatear a efetividade destas ações, já que para a sociedade, para o poder, trata-se de vandalismo, acidente, dos outros partidos. Suas interpretações apontam ao crime ou a uma competição pelo poder. Mas, o
ataque contra a dominação não procura ganhos ou outro poder alternativo.
O ataque ácrata é a vontade de destruir todo o que arremete contra a vida livre. .

Esperamos que provoque e inspire. na saída do inverno….
Conteúdo da publicação:
– OKUPAÇÕES E ESPAÇOS EM CONFLITO
– UM POUCO DE FLAMEJANTE CLAREZA.
– O DEDO QUE APONTA À LUA.
– TEXTOS
O Acampamento Terra Livre 2017. Do confronto com os porcos à “festa” na
esplanada.
Entrevista da Biblioteca Kaos com Rodolfo Montes de Oca sobre a situação
na Venezuela
– PROVOCAÇÕES
– KATAKLISMX
Solidariedade Combativa pela condenação do Rafael Braga Vieira
Atualização das compas sequestrados
Uma resposta ao chamado para a solidariedade com os detidos em Hamburgo
no G20 de Panagiotis Argyrou, membro da CCF

Links para baixar a publicação:

https://mega.nz/#!HRIwATpI!lXdaRtg_-BwiL8CjvUwjuMZWDUafTqRqiGzT_zIkIYg

https://mega.nz/#!aQwEQZjK!uhMDqI3jfWzFKiZ9SWjebgE75e1XJlfJp5Oiot2JLSQ

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[POA] Chamada e convite para a 8ª Feira do Livro Anarquista de Porto Alegre, 28 e 29 de outubro de 2017.

Recebido no email:

Convidamos a todas e todos que compartilham, vivenciam ou gostariam de conhecer mais das ideias e práticas anarquistas para construir a 8ª Feira do Livro Anarquista de Porto Alegre, que acontecerá nos dias 28 e 29 de outubro de 2017.

Você ama a liberdade e quer se ver livre das amarras desse sistema? Participe! Traga sua banca, suas publicações e ideias, organize uma roda de conversa, uma exibição de vídeo uma oficina ou outra atividade!

As Feiras do Livro Anarquistas acontecem ao redor do mundo e são tradicionais pontos de encontro, confraternização, reflexão, debates e organização. Elas reúnem pessoas de diversas tendências que buscam a anarquia e novas formas de viver e se relacionar, livres de opressão e hierarquias. A Feira do Livro Anarquista de Porto Alegre, junto com a de São Paulo, é das mais antigas nos territórios ocupados pelo Estado Brasileiro e ocorre desde 2010. Esse é um movimento que tem se expandido
por todo o continente, de Santiago a Salvador, na Bahia, de Montevidéo a Curitiba, de Medellín a Belo Horizonte.

Esta sociedade que valoriza a incessante busca por dinheiro e poder está nos matando. Matando literal e diretamente a população marginalizada, com os genocídios do povo negro e dos indígenas pela polícia e pelas milícias. Matando nossos corações e sonhos com o isolamento e depressão causados por um modo de vida que não nos traz nenhuma realização como seres humanos.

Ela não só está nos matando, mas tudo o que é vivo e o planeta em si. Temos que parar os motores de dominação e destruição da Terra, coordenados por governos e corporações sedentos de poder. Querem nos fazer acreditar que esse é o único e melhor modo de vida possível, acabando com qualquer sonho ou perspectiva de uma vida melhor.

A Feira do Livro Anarquista é uma brecha que se abre no coração do sistema, gritando anarquia – dando fôlego aos valores de apoio mútuo, autonomia e solidariedade. É um espaço para expandir essas idéias e ideais, através de encontros ou publicações, para encontrar novas estratégias e táticas de confronto, construindo possibilidades reais de transformação do mundo em que vivemos. Pois a anarquia só existe na prática. Essa prática nos une às companheiras e companheiros que o
Estado seqüestrou e mantém em seus cativeiros ou que tombaram por ousar desafiar o poder.

Acreditar na anarquia é acreditar na capacidade que temos de transformar a realidade.

Participe da Feira do Livro Anarquista de Porto Alegre!
Traga suas ideias, livros, sementes pra trocar, artes, materiais que você produz. Cadastre sua banca ou atividade em nosso site ou pelo e-mail flapoa@libertar.se.

Se você não puder comparecer à 8ª FLAPOA mas gostaria de mandar algum material que você produziu (livros, artes, cartazes) entre em contato com flapoa@libertar.se e envie o material para o endereço:
Juçara da Mata
Caixa Postal 22237
CEP 90050-972
Porto Alegre – RS.

Hospedagem solidária
Se você não é de Porto Alegre, ao invés de dar dinheiro para a indústria hoteleira, você se pode se hospedar em nossa rede de hospedagem solidária. Preencha o formulário em nosso site ou mande-nos um e-mail se apresentando e dizendo quais são as suas necessidades.

Se você é de Porto Alegre, pratique o apoio mútuo e ofereça hospedagem para as pessoas de fora que vierem para a 8ª FLAPOA. Preencha o formulário em nosso site ou mande-nos um e-mail contando o que você tem para oferecer e quantas pessoas pode hospedar.
http://flapoa.libertar.se/

Llamada e invitación para la 8ª Feira del libro Anarquista de Porto Alegre,  28 y 29 de outubre de 2017.

Invitamos a todas y todos que comparten, viven o quieren conocer más las ideas y prácticas anarquista a construir la 8ª Feira do Livro Anarquista de Porto Alegre, a acontecer los dias 28 y 29 de octubre de 2017

Amas la libertad y quieres verte libre de las ataduras de este sistema?
Participa! trae tu banca, publicaciones e ideas, organiza un debate o conversa, una proyección de videos, un taller o otra actividad!

Las Ferias del Libro Anarquista ocurren alrededor del mundo y son tradicionales puntos de encuentro, confraternización, reflexión, debates y organización. Ellas reúnen a personas de diversas tendencias que buscan la anarquía y nuevas formas de vivir y relacionarse, libres de opresión y jerarquías. La Feria del Libro Anarquista de Porto Alegre, junto a la de São Paulo, son de las más antiguas en los territorios ocupados por el Estado brasileño y tienen lugar desde 2010. Este es un movimiento que se ha expandido por todo el continente, desde Santiago a
Salvador, Bahía, desde Montevideo a Curitiba, de Medellín a Belo Horizonte.

Esta sociedad que valora la incesante búsqueda de dinero y poder nos está matando. Matando literal y directamente a la población marginada, con los genocidios del pueblo negro y de los indígenas por la policía y las milicias. Matando nuestros corazones y sueños con el aislamiento y la depresión causados por un modo de vida que no nos trae ninguna realización como seres humanos.

No sólo nos está matando, sino a todo lo que es vivo y al planeta en sí. Tenemos que parar los motores de dominación y destrucción de la Tierra, coordinados por gobiernos y corporaciones sedientas de poder. Quieren hacernos creer que ese es el único y mejor modo de vida posible, acabando con cualquier sueño o perspectiva de una vida mejor.

La Feria del Libro Anarquista es una brecha que se abre en el corazón del sistema, gritando anarquía, dando aliento a los valores de apoyo mutuo, autonomía y solidaridad. Es un espacio para expandir esas ideas e ideales, a través de encuentros o publicaciones, para encontrar nuevas estrategias y tácticas de confrontación, construyendo posibilidades reales de transformación del mundo en que vivimos. La anarquía sólo
existe en la práctica. Esta práctica nos une a las compañeras y
compañeros que el Estado secuestró y mantiene en sus cautiverios y nos une también a quienes cayeron por atreverse a desafiar el poder.
Creer en la anarquía es creer en la capacidad que tenemos de transformar la realidad.

¡Participa en la Feria del Libro Anarquista de Porto Alegre!
Trae sus ideas, libros, semillas para intercambiar, artes, materiales que haces. Suscríbe tu banca o actividad en nuestro sitio o por el e-mail flapoa@libertar.se.

Si no puedes asistir a la 8ª FLAPOA pero te gustaría mandar algún material (libros, artes, carteles) entra en contacto con
flapoa@libertar.se y envía el material a la dirección:

Juçara da Mata
Caixa Postal 22237
CEP 90050-972
Porto Alegre – RS. Brasil

Alojamiento solidario Si no eres de Porto Alegre, en lugar de dar dinero a la industria hotelera, puedes alojarte en nuestra red de hospedaje solidario. Llena el formulario en nuestro sitio o envíanos un e-mail presentándote y diciendo cuáles son tus necesidades.

Si eres de Porto Alegre, practica el apoyo mutuo y ofrece hospedaje para las personas de fuera que vengan a la 8ª FLAPOA. Llena el formulario en nuestro sitio o envíanos un e-mail contando lo que puedes ofrecer y a cuántas personas puedes alojar.

http://flapoa.libertar.se/

Call and invitation for 8th Anarchist Book Fair of Porto Alegre, october 28th and 29th.

We invite all who share, live or want to know more anarchist ideas and practices to build the 8th Anarchist Book Fair of Porto Alegre, to be held on October 28th and 29th. 2017

Do you love freedom and want to be free of the bonds of this system? Participates! Bring your banking, publications and ideas, organize a debate or talk, a video projection, a workshop or other activity!

Anarchist Book Fairs occur around the world and are traditional meeting places, fraternization, reflection, debate and organization. They bring together people of diverse tendencies who seek anarchy and new ways of living and relating, free of oppression and hierarchies. The Anarchist Book Fair of Porto Alegre, along with that of São Paulo, are the oldest in the territories occupied by the Brazilian State and have taken place
since 2010. This is a movement that has expanded throughout the continent, from Santiago To Salvador, Bahia, from Montevideo to Curitiba, from Medellin to Belo Horizonte.

This society that values the relentless pursuit of money and power is killing us. By literally and directly killing the marginalized population, with the genocides of black people and indigenous people by the police and the militias. Killing our hearts and dreams with isolation and depression caused by a way of life that brings us no realization as human beings.

It is not only killing us, but everything that is alive and the planet
itself. We must stop the engines of domination and destruction of the Earth, coordinated by governments and power-hungry corporations. They want us to believe that that is the only and best way of life possible, ending any dream or perspective of a better life.

The Anarchist Book Fair is a breach opened at the heart of the system, shouting anarchy, giving encouragement to the values of mutual support, autonomy and solidarity. It is a space to expand these ideas and ideals,through meetings or publications, to find  new strategies and tactics of confrontation, building real possibilities of transformation of the world in which we live. Anarchy exists only in practice. This practice unites us to the comrades that the State has kidnapped and kept in their
captivity and also unites us to those who fell for daring to challenge the power.

To believe in anarchy is to believe in our ability to transform reality.

Participate in the Anarchist Book Fair of Porto Alegre!
Bring your ideas, books, seeds to exchange, arts, materials you do. Subscribe your banking or activity on our site or by e-mail
flapoa@libertar.se.

If you can not attend the 8th FLAPOA but would like to send some material (books, arts, posters) contact flapoa@libertar.se and send the material to:

Juçara da Mata
Caixa Postal 22237
CEP 90050-972
Porto Alegre – RS. Brazil

Solidarity accommodation If you are not from Porto Alegre, instead of giving money to the hotel industry, you can stay in our hosting solidarity net. Fill out the form on our site or send us an e-mail introducing yourself and saying what your needs are.

If you are from Porto Alegre, practice mutual support and offer
accommodation for outsiders who come to the 8th FLAPOA. Fill out the form on our site or send us an e-mail telling you what you can offer and how many people you can host.

http://flapoa.libertar.se/

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[SP] FAIXA PELA APARIÇÃO COM VIDA DE SANTIAGO MALDONADO

Recebido no email:

Solidariedade apátrida desde o território dominado pelo estado
brasileiro.

Respondemos ao chamado de solidariedade com o anarquista Santiago Maldonado desaparecido há mais de dez dias.

Na noite de 12/08 penduramos uma faixa num movimentado viaduto localizado no centro da cidade de São Paulo.

Lechuga, como é chamado foi raptado pelas gendarmeria no começo do mês de agosto. Lechuga é companheiro do meio anárquico e apoiava a vivência no território em toma por mapuches.

Ele está desaparecido desde a invasão e repressão ao território mapuche na província de Chubut, em Cushamen dia 1/08/2017. A última vez que ele foi visto, estava nas garras da gendarmeria após sofrer brutal violência. Mais uma vez, a repressão contra a luta mapuche faz suas vítimas. Enquanto isso a greve de fome de Facundo Jones Huala continua…

O estado argentino é culpado. Os esquadrões 34, 35 e 36 da gendarmeria* são responsáveis pela chuva de balas na comunidade mapuche e sequestro do nosso companheiro.

O estado brasileiro é conivente pois aqui fazem o mesmo. Todo apoio a toma da sede da FEPAGRO, terra retomada pelos guaraní myaba em Maquiné.

“AMULEPETAYINWEICAN”!
A LUTA CONTINUA!

SOMOS APÁTRIDAS E INGOVERNÁVEIS E ESTAMOS EM QUALQUER LUGAR!!!

EXIGIMOS APARIÇÃO COM VIDA DE LECHUGA JÁ!!!

SEGUIREMOS CONSPIRANDO!!!

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[Argentina] Atualização sobre o caso Santiago Maldonado

Marimari! A seguir, informações sobre o caso Santiago Maldonado que chegaram esta noite (09/08 – 22h15) desde Esquel, Chubut.

Cortiñas recebeu testemunhos de Mapuche que asseguram que Santiago Maldonado foi detido pela Gendarmeria

A presidenta de “Madres de Plaza de Mayo Línea Fundadora”, Nora Cortiñas, visitou esta quarta-feira a comunidade Lof Resistência Cushamen, em Chubut, onde seus integrantes lhe mostraram o lugar e o modo em que segundo denunciaram, efetivos da Gendarmeria detiveram e subiram a um veículo ao jovem Santiago Maldonado em primeiro de agosto, desde quando está desaparecido.

Junto a Cortiñas percorreram o prédio Roberto Cipriano e Sandra Raggio, da “Comisión de la Memoria” da província de Buenos Aires, que apresentaram um habeas corpus pouco depois da desaparição, além de Télam [agência de notícias] e meios de imprensa locais.

Os mapuches – a maioria com seus rostos cobertos – descreveram o operativo da Gendarmeria desse dia, no qual acusaram a força de queimar-lhes uma casa e diversos elementos, fazer disparos de balas de borracha e de chumbo, e sequestrar Maldonado.

Indicaram que esse fato ocorreu pela manhã à altura do primeiro acesso à comunidade, em uma borda que baixa ao rio Chubut, em um setor no qual a costa está muito fechada por árvores e ramas, por onde escaparam os homens para não serem detidos.

Indicaram que todos conseguiram cruzar o rio e correr pela estepe, menos Maldonado, que ao ver a cena pegou sua mochila de um posto da entrada e correu atrás dos mapuches, mas não se atreveu a cruzar o caudaloso curso de água e se escondeu entre as ramas.

Acrescentaram que os gendarmes o descobriram e o arrastaram acima da borda, onde o pegaram e o subiram a um unimog [caminhão off-road], o que três deles conseguiram ver desde a costa oposta, com boa visão.

Logo assinalaram que o veículo saiu à rota nacional 40 para transitar uns dois quilômetros ao norte, onde está a segunda entrada ao Lof, para transferir Maldonado a uma camionete oficial da força, cena que taparam com uma dupla fila de gendarmes, que se foi do lugar rumo a Esquel, até o sul.

Segundo este relato, desmentido pelo juiz federal Guido Otranto, que ordenou o operativo, no dia seguinte chegou a polícia de Chubut com um cachorro rastreador, que marcou “exatamente” o caminho percorrido pelos gendarmes e Maldonado, entre o rio e a parte alta da borda, e detectou uma viseira e um “cachecol” que pertenciam, como o confirmaram ao irmão da vítima, Sergio.

“Os senhores devem agregar estes testemunhos, são muito valiosos, e Otranto deve constituir-se no lugar para levar a sério a investigação, porque até agora olhou para o outro lado”, afirmou Cortiñas, que também questionou o trabalho da promotora Silvina Ávila.

A dirigente insistiu na sugestão ante as dúvidas dos mapuches, que expressaram não confiar na justiça nem nas forças de segurança: “quantas testemunhas desapareceram ou morreram? Que garantia há se a comunidade decide apresentar estes testemunhos?”, expressou um deles.

Cortiñas lhes explicou que as entidades geraram uma rede de comunicação nacional e internacional para denunciar o “desaparecimento forçado” de Maldonado, o que “dará todas as garantias que se necessitam”.

Cipriano agregou que tentam que se retire a Gendarmeria do lugar, presente com um coletivo, dois móveis e mais de 15 gendarmes, cuja presença “resulta intimidante e dissuade aos que poderiam prestar seu testemunho, além de obstaculizar a investigação”.

Sergio Maldonado e sua esposa Sandra Antico também viajaram hoje a Esquel para acompanhar as gestões dos dirigentes ante autoridades judiciais, e anteciparam a Télam que irão amanhã à comunidade.

Por sua parte Cortiñas e Cipriano tem previsto esta quinta-feira ir ao cárcere federal de Esquel para visitar a Facundo Jones Huala, lonko (autoridade máxima) do Lof en Resistência do Departamento de Cushamen.

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[Argentina] Comunicado público do Lonko Facundo Jones Huala, Mapuche em greve de fome

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[Uruguai] 6ª Feira do livro anarquista de Montevidéu, 16 e 17 de setembro

Recibido no email:

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No Centro Social Cordon Nordon, J. Requena 1758, esquina Daniel Munoz, Montevidéu.

O Capital em sua voracidade infinita, vem se reestruturando, buscando se proteger num mundo que já não pode mais suportar sua exploração. Como nunca na história das comunidades, os seres humanos se enfrentam a um possível extermínio massivo. A destruição da natureza à serviço da ganância capitalista será o resultado final se a grande empresa domesticadora não for detida.

As diferentes lutas deverão passar, nos anos que virão, de um descontentamento mais ou menos visceral e consuetudinário, a projetar-se realmente se queremos sequer sobreviver. Se antes a opção dos donos do mundo era a perpetuação de uma vida sem sentido, a cultura das hierarquias e a exploração, hoje o risco é muito mais grave. Os sistemas “naturais” caem.

Nossa opção e responsabilidade, é a transformação de nossas vidas, a transformação dos indivíduos e das comunidades. Nossa opção e responsabilidade é desencadear a revolução social. A destruição da cultura do aproveitamento e da exploração, não virá de novo maquiavelismo, um novo salvador ou outro partido que nos venda suas bondades altruístas.

A única opção é confiar na capacidade humana de transformar a realidade, de construir novos modos de relacionarmos com o que nos rodeia e acabar com os carcereiros. A vida, baseada no apoio mútuo, na solidariedade e na liberdade, não apenas é um sonho realizável e pelo qual vale a pena lutar, mas sim, é uma necessidade vital.

Na tarefa de criar formas de convivência sustentável ecológica e socialmente, deveremos pôr muita vontade, os financistas, banqueiros, políticos e militares não abandonarão seus privilégios assim sem mais nem menos. As anarquistas, as refractarias, as revolucionárias, sabemos que não bastam as boas intenções, mas sim que terá que lutar. O mundo da exploração não apenas se baseia em grandes mentiras e criação de necessidades estúpidas, mas também em corpos armados que defendem a quem se beneficiam dele. Nossa responsabilidade, então, é anular seu poder contagiando novas possibilidades mais desejáveis.

Devemos impulsionar a ação, as propostas, a experimentação social e criar os momentos para pôr em questão realmente a existência do mundo defendido pelo Estado. As feiras do livro anarquista são apenas partes desses momentos que buscam a reflexão e a criação coletiva de sentidos. São uma parte mais para potencializar as experiências da criação de liberdade aqui e agora.

Frente a um continente cada vez mais militarizado e estratificado, frente a um território cada vez mais controlado, contaminado e encerrado no serviço, devemos responder firmemente. Apenas a auto-organização das pessoas, baseando-se em formas de relacionamento livres, prazerosos, recíprocos e respeitosos, poderá se opor às forças cada vez mais centralizadas do capital financeiro. Apenas a coragem de lutar nos dá a capacidade de escrever nosso destino.

Grupo organizador da sexta feira do livro Anarquista de Montevidéu.

feriaanarquistamvd.wordpress.com

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